Pacify Her

1.1K 147 29
                                    

Alguém me disse: Fique longe

De coisas que não são suas

Mas ele era de fato seu, se me queria tanto?

— Melanie Martinez

Lá estávamos eu e meus amigos entrando no estádio lotado. Meu braço envolvia a cintura da ruiva de forma firme a diferença de altura entre nós é bem considerável, o que a impedia de ficar se esfregando e me beijando e dizendo coisas sem sentido em meu ouvido, provavelmente devia ter aprendido em um pornô ou algo do tipo. Em partes eu gostei disso, toda aquela melação estava me dando nos nervos. Finalmente ter 1,88m serviu para algo além de esportes. James, Mark e as garotas que estavam com eles foram segurar um lugar na arquibancada. A ruiva e eu fomos comprar cerveja. Reparei que ela só gostava de me exibir, andar com o filho do futuro senador, o maior desgraçado da faculdade era bom pra sua imagem, deixava ela na moda e quando eu terminasse esse lance casual, estaria tão valorizada quanto o euro.

Por hora parecia que eu havia conseguido não pensar em você, de repente estava de volta no controle. Por hora...

A garota até era legal, ela me falou que o nome dela é... não me lembro, vamos chamar de Bree, disse que já havia me visto em umas festas e que queria sair comigo. Ela é irmã da garota que estava com Mark.

Bree me ajudou a levar as cervejas até a arquibancada. Nós distribuímos as bebidas e eu me sentei ao lado de James. O jogo estava prestes a começar e já estava de saco cheio, varri com os olhos toda a arquibancada em busca de uma distração...

Então... você apareceu, Hazel, você estava caminhando com uma garota oriental segurando uma pipoca. Você estava incrível como sempre. Naquele dia usava brincos grandes no formato de cruz, uma calça meio larga e uma blusa curta que me dava uma visão incrível da sua barriga e de um pinta bem sugestiva que você tem abaixo do umbigo, do lado esquerdo. Porra, eu poderia mapear cada milímetro do seu corpo. Por alguma estúpida razão meu coração acelerou, achei que todos podiam ouvi-lo de tão forte ele batia.

Você me viu

Sorriu

Começou a se aproximar

Eu desejei estar sozinho, mas a garota sentou no meu colo e dessa vez meu coração parou por um segundo. Eu abri a boca como se devesse pedir desculpa. Você sorriu com deboche. Sabia que eu te queria. Dava para ver em meus olhos que eu odiei o fato de ter se afastado, o meu desespero por você estar vendo aquela cena patética, não dava? Vocês começaram a se afastar e caminharam para o mais longe possível de mim.

Hazel, se você já me achava um grande cafajeste idiota antes de ao menos falar comigo, naquele momento você teve certeza. E eu nem ao pude me defender, estava claro como a água.

Você não tinha razão para ficar incomodada, mas ficou, eu sei que ficou porque eu também fiquei. Talvez você apenas fosse caprichosa e não gostou do fato de eu me interessar por outra garota, era seu novo brinquedinho.

Não consegui parar de olhar para o local onde você estava recostada, no canto com sua amiga, fumando e conversando sobre algo que você parecia não dar a mínima. Também olhava para mim, disfarçadamente.

— Algum problema? — A tal "Bree" me perguntou, ela parecia irritada.

Então eu me lembrei de que ela estava no meu colo.

— Eu preciso me levantar — disse distraído.

Desci depressa a arquibancada sem dar atenção para os disparates da ruiva. Caminhei até o lugar onde você estava parada perto do enorme placar eletrônico. Você tentou se afastar com sua amiga, mas eu segurei sua mão.

— Tive a impressão de que vocês iriam se sentar por perto.

— Não, já tem uma quantidade significativa de idiotas gritando por aqui, não me aproximaria de mais um.

— Com certeza, linda, sua presença tão agradável e gentil me faria dar gritos e pulos de alegria — ironizei, um sorriso cresceu em seus lábios e nos meus também.

— A gente ia... — a menina parou de falar quando você deu uma cotovelada nela e se soltou da minha mão.

— Eu nem queria ter vindo, Audrey que me arrastou para essa droga. — você revirou os olhos sua amiga riu.

— Se quiser ir pra um lugar melhor... — sugeri, você me mostrou o dedo do meio, eu ri.

— Vou deixar os dois sozinhos — sua amiga se retirou e eu agradeci ela por isso.

— Você está acompanhado, o que faz aqui? — suas palavras eram ácidas, linda, você sabia exatamente onde acertar.

— Deus do céu eu odeio esses jogos — eu fui sincero, geralmente eu só ia para beber e me distrair. Mas não era isso o que você queria saber, também não insistiu no assunto.

Você deu de ombros e jogou seu cigarro na lixeira.

— Você pode parar de me encarar? — ergueu o cenho autoritária.

Então me dei conta de que desde que você chegou eu não havia tirado os olhos de você, sempre gostei de te olhar, você sempre foi um mistério pra mim. Principalmente quando deixava aquela pinta negra em seu ombro magro a mostra, eu poderia me perder desejando beijar cada parte do seu maldito corpo lindo.

— Você ta linda pra caralho — falei sorrindo, você corou levemente. Tive uma imensa vontade de te beijar, seus lábios tão cheios e bonitos com aquele batom vermelho. Deus deve me perdoar por todas as coisas impróprias que eu imaginei você fazendo com eles.

— Tchau, Reeve.

Sempre achei divertido como pronunciava meu nome com um 'q' de desafio e ironia. Caramba como desejei te ouvir geme-lo.

— Posso te acompanhar? — pedi, sabia a resposta.

— Nem nos seus melhores sonhos — você respondeu rindo com indignação.

— Ah, Linda, não queira nem saber o que se passa nos meus melhores sonhos — retruquei de forma maliciosa. Você revirou os olhos e foi embora.

Nota: Eu tive medo de que você fosse embora ao me ver com aquela garota, com medo de que você visse que eu não era boa coisa, mas você ficou. Você me fez acreditar que ficaria para sempre e então se mandou tão facilmente quanto entrou na minha vida.

Onde Está Você, Hazel? (Degustação - Completo e grátis na Dreame)Where stories live. Discover now