A Entrevista

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Os dias aqui na coreia são bem frios, e muito solitários também. Para mim que sempre estou a procura de emprego e ou estudando. Quase nunca saio ou vou aos bares, que sempre estão lotados de jovens lindos e como eu loucos por uma folga entre os dias de sufoco nesse mundo de adultos super arrogantes e cheios de si.

Sim, já sou adulta a alguns anos. Mais do que importa, se ainda me sinto uma jovem e inocente criança.

Tenho 26 anos, e estou terminando minha pós em educação aqui na coreia. Acho que é um ótimo lugar para se aprender como educar as crianças, já que eles são os melhores em muitas coisas, né!?

Escuto meu despertador. - É, tenho que acordar. Vou fazer uma entrevista para ser staff de uma empresa.

Na verdade ainda não sei se isso dará certo, sou bem introvertida e não saberia lidar com esses famosinhos chatos.

Mas, preciso pagar meu aluguel e também me manter.

Não posso ficar recebendo o dinheiro da minha mãe para sempre.

As roupas para as entrevistas aqui na Coreia são as mesmas. Temos que está bem vestidos e elegantes. Os sapatos têm que ser sempre os mesmos, pretos e de uma loja chique ''para dar sorte''. As roupas com um estilo de secretária. Sempre mantenho uma ou duas roupas para essas ocasiões.

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_ Annyeonghaseyo... vim para entrevista, você pode me dizer o andar ? - Pergunto a uma recepcionista bem vestida que está em pé próximo ao elevador.

_ Sim, é por aqui. - Respondeu sorridente.

Ao entrar no elevador​, me vem um súbito pensamento do que me espera nessa entrevista de emprego

Engraçado, como o caminhar pesa ao chegarmos no lugar onde menos esperamos estar. Sinto-me como se estivesse entrando em um ambiente hostil, passei quase toda a minha adolescência vendo nos dramas como são as entrevistas aqui, e sei que não são nada fáceis.

Essa não é minha primeira vez, não deveria está tão nervosa como estou agora... mas se imaginar entrando em uma empresa enorme como está não estava nos meu planos. Penso em voz alta

Na verdade não sei se foi uma boa ideia tentar essa vaga de assessor, mas tenho que arriscar, passar anos estudando e não tentar não seria eu mesmo.

Os nomes começam a ser chamados.

_ Ji Ha-Neul, agasshi _ Escuto o meu nome ser chamado, sou a próxima. O nervosismo quase ultrapassa minha pele, sinto-me trêmula.

Levanto e percebo que todos os outros concorrentes aparentam estar nervosos também.

Outros dois levantam-se quase no mesmo instante que eu.

Não ouvi seus nomes sendo chamados, procuro não encará-los.

Tento trazer a memória todos os testes e respostas que treinei, espero que tudo aquilo seja o suficiente.

Ao caminhar até a sala, me deparo com o pensamento de que não estou mais no Brasil, não posso ser tão sorridente e calorosa e sim séria e firme.

Tento erguer o queixo e me manter em postura, passando segurança e certeza de que posso ser mais profissional do que meu minúsculo currículo diz.

Entro na sala, vejo uma bancada com quatro senhores e uma senhora bem vestida.

_ Anyounghashimnikka _ Cumprimento-os.

Quase sorrio ... a formalidade brasileira quase nunca me serviu aqui na coreia.

Tomo assento. Minha cadeira é a segunda entre as três. - Meu nome estava escrito em um papel colado na cadeira.

Espero as perguntas serem destinadas a mim e as respondo com cuidado e perspicaz, e assim se passaram quarenta minutos.

Somos dispensados da sala e ao sairmos, os outros dois candidatos e eu somos aguardados pela secretaria que nos indica a saída e nos diz que os selecionados serão contactados por email.

Me despeço deles e trocamos nossos números e ids do Kakao.

A imagem é de um k-drama chamado

"Radiant Office".

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