Reencontrando-se no Amor I Livro 03 - Série Obscuros

CAP - 05

CAPÍTULO 05
Sophia

Eu estava esperando Nadine chegar do trabalho para contar a novidade, ela iria enlouquecer ao saber que eu estava esperando um menininho, meu anjinho. Quando voltei da consulta eu comprei diversas roupinhas para meu pequeno Leonel.

- Cheguei! – Ouço Nadine gritar e corro até a sala animada para dar a notícia.

Nadine está cheia de sacolas e posso sentir o cheiro bom de comida que sai de uma delas. Ela me olha entusiasmada e eu já sabia que ela estava esperando eu dar a notícia.

- Vamos, fale logo. – Ela parecia até mais animada que eu... impossível. – Eu já quero dar uma de tia louca e comprar várias coisas.

- É... – Enrolo fazendo suspense e vejo ela revirar os olhos. – Um anjinho, meu pequeno Leonel. – Suspiro sentindo meu peito de encher de alegria.

- AHHHH! – Nadine grita e me abraça. – Parabéns, Sara.

Estranho, Nadine não é muito de contato físico e eu nunca me acostumava com suas demonstrações de carinho.

- Leonel? – Ela me pergunta intrigada. – Você já tinha os nomes e não me contou?

- É algo... que não escolhi sozinha. – Falo tímida.

- E quem escolheu esse... – Ela arregala os olhos para mim. – Ah! – Nadine exclama e franze o cenho. – Sara eu não te entendo, você diz que nunca mais quer ver a cara do filho da puta que te engravidou por que ele é um... – Ela tenta achar a palavra que eu sempre me refiro a Giacomo.

- Stronzo. – Completo.

- Isso... dizendo que ele é um stronzo e coloca um nome que ele escolheu em seu filho? – Ela se enrola pra falar e joga as mãos para o alto.

- É complicado. – Murmuro.

- Não... você que é complicada. – Nadine senta no sofá e coloca as comidas na mesinha de centro. – Eu na verdade nunca entendi sua relação com essa tal cara misterioso.

- Nadine... – Bufo. – Eu já disse, ele me traiu, me humilhou e me usou.

- E você vai e coloca um nome que ele escolheu no seu filho. – Ela enfatiza.

Bufo irritada.

- Eu estou me sentindo mal, tá legal! – Surto.

- E eu posso saber porque? – Nadine me olha com as sobrancelhas arqueadas.

- Porque por minha causa meu filho irá crescer sem um pai. – Sinto um nó em minha garganta. – Sinto-me menos culpada pondo um pouco do pai dele... hm sei lá... nele sabe. – Falei toda enrolada.

- Você é complicada demais, Sara. – Nadine suspira. – Enfim, eu parei de tentar de entender a muito tempo.

- Para... eu não sou tão ruim assim... – Me sento ao seu lado e começo a me servir do frango frito.

- Claro que é! – Ela aponta. – Você veio morar comigo e nunca me disse nada da sua vida na Itália, até hoje eu não sei se você tem família, amigos... eu não sei de nada.

- Por que não é...

- Importante... você já disse isso várias vezes.

- Acredite em mim, Nadine. – Olho em seus olhos. – Eu não te contar nada sobre mim, será melhor para você.

- Tá legal... – Ela dá de ombros. – Apareceu um cara te procurando hoje lá no café.

Eu congelo.