CAP - 04

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CAPÍTULO 04

Giacomo

Juneau é extremamente frio, eu nunca moraria em um lugar como este, tudo é sem cor demais, frio demais, triste demais. Logo que cheguei fui direto para ela, passei então no lugar onde Sophia estava trabalhando.

La Passione Coffe.

O ambiente era muito bonito e acolhedor, me fazia lembrar de casa o que me fez querer ficar ali por um tempo.

- Boa Tarde. – Uma mulher morena fala e vejo que ela está entediada. – O que vai pedir?

Observo a mulher dos olhos negros, cabelos marrons presos em um coque e um avental cafona escrito o nome do local.

- Sara. – Respondo e ela faz uma careta engraçada.

- Sorry, ela não está no cardápio. -Ela sorri sarcástica para mim. – Alias como a conhece? Sara nunca mencionou nenhum parente aqui em Juneau. – Ela parecia desconfiada.

- Sou um amigo... hmm... próximo. – Digo pensativo.

- legal... – Ela ainda me olha desconfiada. – Sara não está... Va pedir alguma coisa?

- Aonde ela está? – Pergunto.

- Não te interessa! – Ela rosna. A morena morde.

Sorrio com sua atitude e penso em fazer um comentário para deixa-la ainda mais brava, mas alguém a chama.

- Nadine! – A voz rompe o silêncio do local.

Vejo um homem alto andar rápido até ela com uma carranca memorável, olho para morena que revira os olhos como se isso acontecesse com frequência.

- Já conversamos sobre seu comportamento. – Ele fala discreto para ela e me olha pedindo desculpas.

- Eu não o tratei mal, ele que é curioso demais... – Ela bufa.

- Desculpe, senhor... – O homem fala. – O que vai pedir?

- Um café está ótimo. – Sorrio e a tal Nadine me olha incrédula.

Ela sai pisando duro até o balcão e o homem volta a me encarar e pede desculpas pelo comportamento de sua funcionária.

- O local é muito bonito. – Falo sentindo como esse local conseguia me transportar para meu país. – Você é Italiano?

- Sim, nasci em Turim. – Ela diz e sorrio. – Pelo sotaque posso ver que você também.

- Sim, Florença. – Digo e ele levanta uma sobrancelha.

- Tem aparecido muitos italianos nessa região ultimamente.

Rio e ignoro seu comentário.

- Prazer, Dante. – Ele se apresenta e estende a mão em minha direção.

- Giacomo. – Falo.

- Seu café já vai chegar, sinta-se à vontade. – Dante diz e saí.

Nadine trás meu café e me olha feio. Tomo meu café tranquilamente e deixo o dinheiro em cima da mesa. Chegando do lado de fora sou recebido por ventos gelados e cortantes. Ouço meu celular tocar mas hesito em atende-lo.

- Fala. – Atendo sério.

- Está de mau humor? – Escuto Giovanni rosnar do outro lado da linha.

Reencontrando-se no Amor I Livro 03 -  Série ObscurosOnde histórias criam vida. Descubra agora