Ventos que devoram sonhos

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Não sinto a solidão chamar à minha porta

Pois estou trancado no túmulo de meus medos

Cujo epitáfio me serve de escudo

Enquanto os lamentos desviam de meus olhos.


Sinto a crueza férrea em seus lábios tristes

Numa boca sem voz que emudece minhas dores

Enquanto o vento destrói minha juventude

Espero enquanto aprecio o fim do mundo.


Sinto a pétala da flor de minhas vidas

Se despedaçar diante dos nossos olhos

Olhos sem ternura, sem cor e sem desejo

Que infelizmente vertem lágrimas de pena.


Não guardo rancor dentro de meu corpo oco

Apenas uma dor essencialmente existencialista

Existencialmente intimista

Absolutamente derrotista.

Um vazio entre outros vaziosWhere stories live. Discover now