Capítulo 8 - O motivo não importa

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Não seja leitores fantasmas! Comentem, favoritem, digam o que acham e como acham que a história deve seguir! Isso é importante para eu saber que vocês estão gostando. Boa leitura

- Travis e Cece? – Nancy sentou e tentou processar a informação. – Como você chegou a essa conclusão Amy?
- Bem – Amy puxou a cadeira da mesa do computador e se sentou, começando a explicar. – Eu vi uma pessoa encapuzada seguindo até as arquibancadas do campo. Eu segui, pois achei estranho e aquele casaco era muito parecido com o do Catface. E então essa pessoa, que no caso era a Cece, se encontrou com o Travis embaixo das arquibancadas. – Amy se levantou e começou a andar de um lado para o outro. – E ai é que chega a parte em que eu fico confusa, o Travis deu um pacote para a Cece, um envelope, o mesmo envelope que acharam no armário dela quando ela foi para a reabilitação.
- E que tinha cigarros de maconha dentro. – Concluiu Taylor. – Então o Travis está vendendo drogas para a Cece?
- Sim, e não. Era esse envelope, mas não era uma venda. A Cece está fazendo um trabalho para o Travis em troca deles. E quando ela reclamou por que não tinha a quantidade prometida, ele disse que o trabalho ainda não estava completo. Que o jogo ainda estava rolando.
- Jogo? – Nancy estranhou a nomenclatura – Quer dizer, os assassinatos?
- Sim. – Amy respondeu balançando a cabeça.
- E o que a gente faz agora? Entregamos eles para a polícia? – Sugeriu Chris.
- Não. Não temos nenhuma prova concreta, vamos investigar mais, seguir-los, acompanhar a rotina deles. Precisamos de certeza antes de entregar-los.

***

No outro dia, na escola, as meninas passaram o dia acompanhando Travis e Cece. Nada de suspeito tinha acontecido. Na última aula, de Literatura, única aula onde as meninas, Travis e Cece assistiam juntos, Amy não conseguia tirar o olho dos dois. Ela sabia que havia algo por trás.

- Com licença? – Disse um homem alto e sardento, usando um terno azul marinho entrando na sala e diretamente seguindo a Sra. Hass, professora de Literatura. Ele a cumprimentou a mulher e começou a falar. Nancy tentava escutar o que eles conversaram, mas ele sussurrava. Eles pararam e o homem se virou para a  turma, Quando Amy conseguiu ver uma arma guardada na calça dele. Era da polícia.

– Travis Armstrong e Casey Drew? – Disse o homem bem alto, Travis se levantou e Cece logo em seguida. – Me acompanhem.

As meninas se olharam, estavam ser  entender o que estava acontecendo.
O Homem saiu da sala junto com Travis e Cece e velozmente Amy se levantou e pediu para ir ao banheiro, a Sra. Hass relutou em deixar, mas acabou cedendo.

Amy saiu da sala de aula a tempo de escutar o homem que havia acabado de sair estava falando para os meninos:
- Vocês estão presos pelo assassinato de Jill Roberts, e possivelmente pelo assassinato de Zachary e Donna, uma agente. Vocês têm o direito de permanecerem calados.

Amy arregalou os olhos ao ver dois policiais pondo algemas nos meninos enquanto eles se debatiam e berravam jurando inocência. Será que alguma das meninas havia contado? Várias perguntas ecoavam na cabeça de Amy.

Ela se virou para seguir de volta à sala de aula e bateu de frente com o detetive que havia a interrogado um dia antes.

- Você viu? – Perguntou ele observando os policiais levarem Travis e Cece.
- Foram eles?
- Isso é informação confidencial, senhorita Piper.
- Detetive, por favor. Eu preciso saber, foram eles que mataram o Zac?
- Amy... – O detetive tirou a boina que usava e passou a mão na careca, respirando fundo. – Preciso que você não fale isso para ninguém.
- Prometo. – Respondeu arregalando os olhos.
- Foram encontradas provas na cena do crime, da morte da Jill. As pistas levam ao senhor Armstrong e a senhorita Drew.
- Quais eram as provas?
- Um fio de cabelo pertencente a Casey foi encontrado no corpo da Jill, junto com a digital do senhor Armstrong em uma faca encontrada no local, a mesma faca usada pra assassina-la.
- Meu Deus... Então, acabou?
- Creio que sim, tudo indica que eles foram responsáveis pelo assassinato do seu amigo também. Agora volta para a sala. Não queremos que você perca aula.
- Tudo bem. – Respondeu e seguiu em direção a Sala 32.

Ao final do dia, as 4 meninas se juntaram no carro de Amy e ela explicou o que havia acontecido. As outras ficaram boquiabertas, e várias dúvidas vieram em suas cabeças.

- Por qual motivo ele fez isso? – Perguntou Taylor.
- O motivo não importa. – Respondeu Nancy, cheia de si.
- Que?
- Ah esquece, foi só algo que o Meeks me disse.
- O Travis estava bem insistente esses dias. – Amy olhava fixamente para o volante do carro enquanto falava. – Fez de tudo pra tentar conseguir meu perdão. É isso, logo após a morte do Zac, ele tentou se aproveitar para me conseguir de volta.
- Ele estava se aproveitando do momento, fez tudo isso pra te deixar frágil e te conseguir de volta. – Concluiu Chris.
- E ele estava dando drogas pra Cece pra ela o ajudar. Tanto no "papo motivacional" de que ele estava arrependido, quanto nos assassinatos.
- É incrível como o ser humano consegue se superar na insanidade. – Disse Taylor, fazendo uma cara de nojo.
Nancy começou a sorrir:
- Gente... Acabou. Finalmente. Estamos livres disso!
As outras sorriram alegremente.
- Sabe o que eu vou fazer? – Amy olhou para as outras com um sorriso imenso estampado no rosto – Uma festa, amanhã é sábado e meus pais não estarão em casa. Vamos comemorar o fim desse inferno!

***

A sala era muito pequena, Cece se sentia um pouco desconfortável. Um homem alto adentrou no cômodo e se sentou na cadeira que estava na sua frente.
- Olá Casey. – Disse forçando um sorriso.
- Me chame de Cece. Olha, eu não sei o que vocês encontraram, mas estão cometendo um erro muito grande. Meu pai chega em poucos minutos e vai meter um processo no rab...
- Olhas as palavras mocinha, se não te prendo agora mesmo por desacato! – Berrou o homem. – Agora se me permite, Sou o detetive Riley. Preciso fazer algumas perguntas.
- Não preciso da presença de um adulto para isso?
- Creio que não, já que você tem 18 anos. Posso começar?
- Eu não matei ninguém!
- Então por que um fio de cabelo pertencente a você estava no corpo de uma das vítimas?
- Eu sei lá!
- Casey... Podemos fazer isso do jeito certo.
- Ou o que? Vai me botar na prisão feminina? Na segurança máxima? Seria uma pena se eu fosse inocente! Eu só respondo agora com a presença do meu advogado.

O Detetive fixou o olhar nos olhos da menina, manteram um contato visual por alguns segundos, até que ele se levantou.

- Você não tem muitas opções agora. Ou você fala por bem, ou vai ser por mal. – Disse se retirando da sala.

Chase - Nunca brinque com estranhos (FINALIZADA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora