Capítulo 7

101K 2.5K 181
                                    

  Gostaria muito de transar com ele, neste momento de preferência. Mas por mais excitante que a proposta dele seja, não é uma coisa que eu posso aceitar assim, de imediato, por mais que esteja muito excitada e a proximidade em que estamos só piore a situação.

  — Preciso de algumas respostas.  — digo, fazendo um esforço enorme para me levantar e me afastar de suas mãos.

  Ele me olha intrigado. — Que tipo de respostas? — pergunta.

  — Sobre... essa proposta ... e sobre o Ano Novo. — digo, andando até perto da porta, onde estou a uma distância um pouco mais segura.

  — Fique a vontade. — diz, encostando na cadeira e cruzando os braços.

  Cacete. Como ele consegue ser sexy em um gesto simples como esse? Ele não vai tirar a minha concentração por causa disso. Respiro fundo e mentalizo a principal pergunta que quero fazer a ele.

  — O que aconteceu no Ano Novo? — coloco em palavras o que estava mentalizando.

  Ele dá um sorriso de canto. — Em que momento? — pergunta. — No que estávamos no banheiro e você... — diz, olhando para baixo e levantando o olhar em seguida. — Ou em outro momento?

  — Quando você ajudou a me levar para casa. — explico e viro, cruzando os braços e encarando-o. — Como você sabe da... — balanço a cabeça. — Como você sabe da tatuagem de borboleta?

  Se ele não me responder, juto que voo no pescoço dele e afundo minhas unhas lá. Não aguento mais a angústia que estou sentindo por não saber de nada que aconteceu naquela noite depois da ligação da minha mãe, a não ser pelo que a Nat me contou. Mas o que aconteceu no quarto, só ele pode me contar, porque Nat — felizmente, ou infelizmente, ainda não sei — não estava presente.

  Ele levanta uma das sobrancelhas. — Você não se lembra? — pergunta.

  Se eu me lembrasse não estaria perguntando.

  — Não. — respondo. — Como você sabe? — repito.

  — Você me mostrou. — conta.

  O que???? Eu mostrei?

  Minha tatuagem é na virilha, mas em um ponto que dá para ver apenas um pedaço da asa quando estou de calcinha. Tentei fazer o mais perto da, bem, o menos visível possível, porque minha mãe iria me matar se soubesse que minha borboleta — a tatuagem — ficaria a mostra quando fosse à praia.

  Neguei com a cabeça. — Eu não mostrei. — afirmei. — Mostrei? — perguntei já não sabendo de mais nada.

  — Mostrou sim. — fala, afirmando com a cabeça. — Enquanto a sua amiga foi à cozinha, você perguntou se eu gostava de animais. — conta, com uma expressão divertida. — Quando eu respondi que sim, você... — ele respira fundo — Levantou a saia e puxou a calcinha para o lado, mostrando a sua borboleta.

  De acordo com o modo que a expressão divertida se tornou um pouco maliciosa quando ele falou sobre a borboleta, percebi que essa palavra é ambígua não apenas para mim. Pena que a ambiguidade seja tão tosca.

  Peraí. Eu mostrei a tatuagem para ele? Eu simplesmente cheguei a calcinha pro lado e mostrei? Então ele me viu... Ele viu a... Ai, droga.

  — Não acredito que fiz isso. — falo incrédula.

  — Acredite. — diz em um tom mais firme. — E você estava tão molhada.... Foi difícil me controlar e não foder você naquele instante. — fala, me olhando com olhos que mostram que não sou a única a querer uma foda aqui.

Meu chefe dominador (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora