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Acordei com uma grande vontade de comer. É raro acordar cheia de fome, mas hoje estou mesmo. Hoje o dia promete.

Eu, Summer Grey, trabalho na maior organização secreta do país. A organização porta os melhores assassinos de Inglaterra e arredores, sendo eu a mais recente premiada como a melhor da organização. Basicamente, as pessoas encomendam a morte de alguém e o que nós temos que fazer é mata-la sem sermos apanhados pela policia. Nos mais de cem anos que a organização tem, nenhuma única vez fomos descobertos. A organização tem o cuidado de treinar bem os recrutas para não deixarem pistas e conseguirem fugir à policia em casos de emergência.

Saltei da cama e desci para a minha luxuosa cozinha. Com o dinheiro que ganhamos nas missões, em pouco tempo conseguimos fazer vida de milionários. Como sou sempre bem sucedida nas missões, a organização dá me sempre mais um dinheiro extra, não que seja necessário, porque o só o dinheiro normal de cada missão é suficiente.

Fiz os meus cereais e comecei a come-los. Enquanto isso, lembrei-me que me tinham dado dois dias de folga. Comecei a pensar no que poderia fazer. Sair com amigos não me apetecia, sair sozinha, muito menos e compras também não. Optei por ficar em casa a ver televisão.

Acabei de comer os cereais e depois sentei-me no meu confortável sofá e liguei a televisão. Comecei a fazer zapping na esperança de encontrar algum programa ou filme de jeito, mas sem sucesso. Estava aborrecida de tal maneira que não parava de dar voltas no sofá. Preciso de fazer alguma coisa.

Como se alguém lá em cima tivesse ouvido os meus pedidos, o meu telemóvel começou a tocar.  Era o Peter, o meu "chefe" na organização. Soltei um sorriso ao ver que era ele. Atendi:

- Peter? - chamei-o tentando não parecer entusiasmada demais.

- Estás outra vez aborrecida - riu-se.

- Apanhaste-me - ri-me com ele.

-Então vem à organização, temos uma... missão para ti - disse hesitando.

Achei estranho ele ter hesitado e fiquei desconfiada.

- Que tipo de missão? - perguntei num tom desconfiado.

- Vem cá ter que já ficas a saber. Até já, beijinhos!

Desligou antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Já deu para perceber que a missão não me vai agradar nem um pouco.

Peter é o filho do homem que comanda a organização, logo conseguiu arranjar aquele cargo sem ter que sujar as mão uma única vez. Na organização ele apenas faz de porta-voz do seu pai, dizendo-nos as missões, verificar se as coisas estão a funcionar como devem e esse tipo de coisas. Apesar de nao estar a favor do cargo que ele ocupa, gosto imenso dele. Somos muito amigos mas, claro, na organização tentamos não mostrar qualquer tipo de afeição. Apesar disso, as pessoas falam imenso sobre nós os dois nos corredores. Há quem diga que temos um relacionamento secreto. Não é segredo para ninguém que nós sempre tivemos uma "coisa". Que coisa é essa? Nem eu sem bem. Mas não passa disso. O Peter não faz muito o meu género. Quero um homem que faça e tenhas as coisas por mérito próprio. Já o Peter sempre teve tudo o que queria sem mexer uma palha. Para mim ele é apenas um rapaz mimado e já lho disse varias vezes. 

Subi para a casa de banho e tomei um duche rápido . Depois disso entrei no meu quarto e vesti umas jeggins pretas, uma t-shirt branca e uma camisa de ganga por cima com as mangas dobradas até ao cotovelo. Para finalizar uma sapatilhas All Star brancas. Apanhei o meu longo cabelo negro liso num rabo de cavalo e desci. Peguei nas minha chaves e na carteira e saí.

Passei das estradas mais movimentadas da cidade para uma estrada desconhecida pela maioria das pessoas. Uns quilómetros mais à frente, finalmente cheguei à organização. Entrar lá não é fácil. Tinha uma grande vedação, rodeada por inúmeras câmaras de segurança em volta do edifício. A única maneira de entrar era pelo portão que estava cercado de seguranças a toda a hora. E além de termos que passar pelos seguranças, a quem temos que mostrar o nosso cartão de identificação para podermos passar, temos que passar o mesmo cartão numa maquina que só activa a passagem se o cartão coincidir com a nossa impressão digital. Ao pormos o cartão na maquina e a nossa mão numa plataforma que lá está, o portão abre-se e entramos para dentro da organização. 

Ao fazer tudo isso estacionei o jipe. Passei pelos seguranças da entrada do edifício, que me saudaram, e entrei. Dirigi-me ao elevador e subi até finalmente chegar ao andar do gabinete do Peter. 

O gabinete dele era grande e espaçoso, com paredes brancas e de móveis cinzentos e modernos. Tinha também alguns quadros simples pendurados nas paredes. Estava sempre incrivelmente arrumado e limpo.

Andei um pouco até chegar à porta do seu gabinete e bati à porta e logo me disse para entrar. Entrei e, para meu espanto, não estava sozinho como de costume. Sentados à frente da secretária dele estavam cinco rapazes que nunca tinha visto por cá. Assim que abri a porta os cinco rapazes pousaram os olhares em mim. Reparei que atrás de cada um deles estavam duas ou três malas de viagem. 


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