Capítulo 35

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Chegamos na casa da minha mãe vadia e quando entro vejo Alice no computador na sala, ela nota que a gente entrou, sorri e corre pra mim abraçar.

Alice: que bom que você vai morar aqui. Fala me soltando, abro um sorriso forçado e falo:

Eu: pois é vai ser ótimo. Ela sorri e fala pra Sarah:

Alice: vocês vão pra onde? Me viro e vejo eles já saindo.

Robson: te  interessa? Olho pra ele e falo:

Eu: fala direito com ela, a menina só te fez uma pergunta. 

Robson: foda-se eu mando nela,  e fica quieta pra depois não se arrepender. Eu ia responder mas ele se virou e saiu com Sarah sem falar mais nada, Alice fica na minha frente e fala:

Alice: você é louca, quer morrer garota, não pense em desafiar ele. A olho com raiva e falo:

Eu: por quê, ele não é meu pai. Falo indignada.

Alice: não seja burra, ele bate em mulheres sem dó e piedade. Que cara louco temos que ir pra delegacia, olho pra Alice quase que desesperada.

Eu: vamos na delegacia. Ela segura os meus braços e fala desesperada.

Alice: não faça isso por favor, ele iria nos matar e outra já tentei fazer isso, e pode ter certeza que acabou em morte. Diz com os olhos cheios de lágrimas.

Eu: o que aconteceu Alice? 

Alice: eu tinha um irmão gêmeo, ele inventou de denunciar o nosso pai, mas não tínhamos provas e outra tínhamos  só treze anos, e o que aconteceu,ele o matou, ninguém sabe como foi, os vizinhos com certeza escutaram os gritos, mas não disseram a ninguém, por que tem medo do meu pai, eu ouvi tudo e na maioria das vezes tenho pesadelos com isso, frequento um psicologo de merda, e tomo remédios anti depressivos só pra não pensar em me matar. A esse ponto ela já estava chorando muito, eu abracei forte e esperei se acalmar , quando isso aconteceu, me afasto e falo:

Eu: e a sua mãe?

Alice: não resistiu no parto. Fala enxugando as lágrimas.

Eu: nós não temos saida? Falo mais afirmando do que perguntando.

Alice: sim, nós não temos saída. Diz e sai da sala indo pro quarto.

Nesse mesmo dia Heitor levou as minhas coisas e apesar de eu ter pedido muito pra eu não ficar na casa da Sarah, não adiantou nada eu estou nesse inferno, eles decidiram que iam pagar o colégio, eu tentei arrumar um emprego escondido mas foi em vão, nas próximas semanas eu botei as roupas do meu pai pra doação, os móveis tentei vender mais não deu, pois o povo só quer trocar pois ninguém tem dinheiro, terminei colocando tudinho pra reciclagem, depois que isso tudo aconteceu, a casa está a venda mas ninguém se interessou ainda.

Começo a ouvir uma gritaria vindo da sala, saio do quarto e vou correndo pra sala e vejo Robson batendo em Alice, corro pra cima dele e o empurro ele dá um passo pra trás e me olha com raiva.

Robson: CLARA SAIA DA FRENTE! 

Eu: NÃO, ELA É SUA FILHA, VOCÊ VAI MATA-LA DESSE JEITO. Olho pro lado e vejo Sarah de braços cruzados vendo a cena, com expressão de satisfação?

Sarah: já podemos parar de fingir tudo, querida Clara se prepare pra tudo que vai acontecer com você. Olho pra ela confusa e falo:

Eu: como assim? Robson ri e me agarra pelo braço e fala:

Robson: bem vinda ao inferno, querida. Fala com um sorriso tenebroso. 

ClaraWhere stories live. Discover now