Capítulo 2

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Olá. Espero que você se apaixone por esse livro, assim como eu me apaixonei quando escrevi. Não deixe de votar e deixar sua opinião/crítica/sugestão nos comentários. Lembre-se, sem vocês (leitores) não há escritor. Abraços.
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André

Enquanto estava parado olhando o papel com o telefone que a ruiva me entregou, uma Loira esbarrou em mim. Ela tinha a metade da minha altura e era até bonitinha. Não sou nenhum perito da moda, mas não pude deixar de reparar o rasgado em sua calça; e o tamanho de seus seios comportados naquele top vermelho, é claro. Percebi que ela estava olhando para o volume em meu short e logo soltei um sorriso. Adoro ver como as mulheres ficam vermelhinhas quando as encaro com um sorriso. Eu até tenho uma teoria a respeito. Há duas formas de levar uma mulher para a cama: Falando em seu ouvido ou com o meu sorriso.
Após encará-la, ela apressou o passo, certamente é uma das clássicas. Tímidas, mas loucas para se soltarem com um cara como eu. Continuei a minha caminhada de volta para casa. Ao chegar no prédio, subi as escadas novamente, mal entrei pela sala e Marlene, a funcionária, gritou-me:
—André, vem aqui por favor.
—Onde você está? — Falei sem identificar muito bem de onde vinha sua voz.
—Na cozinha, amore.
—Não fala assim que eu apaixono, hein. —Respondi rindo enquanto caminhava em direção a cozinha.
Quando passei a sala de jantar já pude sentir aquele cheiro irresistível.
—Não vai dizer que você fez bolinhos de chuva... —Disse levantando as tampas das vasilhas que estavam em cima do balcão.
—Fiz sim. —Respondeu um pouco desanimada.

—O que aconteceu? —Perguntei preocupado por sua expressão.
—Seu pai ligou...
—Ah Marlene, essa história de novo não.
—Mas dessa vez ele disse que se você não retornasse haveria consequências.
—Você sabe que eu não converso com aquele lá.
—Olha, você sabe o que eu penso disso...
—Eu sei. Mas se ele ligar novamente diga que ele pode fazer o que quiser. Eu não vou falar com ele.
Sai em direção ao meu quarto mordendo o bolinho de chuva. Essa história de ligação me lembrou que eu havia chamado a Gabi para vir aqui. Peguei o celular, deitei na cama e mandei uma mensagem:
"Gabi, quando sair do zumba passa aqui, não vai dar para nos vermos a noite..."

Em menos de um minuto a resposta chegou:
"É claro. Não quero que você desperdice sua noite comigo."

Eu não entendi a ironia, mas deixei para lá. Eu não estava com muita cabeça para isso. Meu pai sabe ferrar com o meu dia.

Acabei adormecendo na cama. Por mais estranho que pareça, sonhei com a Ju, mas quando estava no ápice do meu sonho, acabei sendo acordado por um puta barulho. O quadro atrás da porta havia caído.

—Mas que porra é essa? —Resmunguei ainda com voz de sono.
—Desculpa Dré, acho que cheguei numa má hora. —Respondeu Gabi com uma expressão que eu não consegui identificar.
—Que nada Gabi, só peguei no sono, pode entrar... —Acenei com a mão chamando.
—Acho melhor não.
—Por que não, mulher? Larga de bobeira. O quadro não tem importância.

—Mas o quadro não é o problema... —Respondeu olhando para o chão.

—Então qual é? —Perguntei confuso.

Ela apontou para meu short.
Porra. Não é possível. Por favor que não seja o que estou pensando... Olhei lentamente para baixo e lá estava. Uma bela de uma barraca armada. Mais que rapidamente peguei uma almofada, tampei e corri para o banheiro.

—Só um minutinho, pode ficar a vontade, eu já volto... —Gritei de dentro do banheiro.

Ela sentou na cama e não parava de rir, eu conseguia ouvir seus risos de dentro do banheiro, já que nem me preocupei em fechar a porta. A essa altura até eu queria soltar o riso. Tratei de tomar um banho bem gelado para dar uma esfriada, em poucos minutos sai com a toalha enrolada na cintura e fui pegar uma roupa no meu quarto.

—Quer que eu saia? —Disse Gabi já levantando da cama.

—Não precisa não.
Soltei a toalha. Eu estava de costa para a Gabi, mas conseguia sentir que ela estava vidrada olhando para mim. Vesti uma calça preta colada e uma camisa branca.

—Tá. Eu não precisava ver isso.
—Que foi? Tá com medo de gostar do que viu?

—Idiota. —Respondeu Gabi tacando uma almofada em mim.
—Ah, não vai ficar de graça, hein. 
Rapidamente peguei a almofada que ela me tacou e corri em sua direção. Comecei a lhe fazer cócegas.
—Para! —Exclamou Gabi em um tom de irritação.
—Ué.—Parei as cócegas e a encarei.
—Acho melhor eu ir.
—Por que Gabi? Foi só uma brincadeira.
—É esse o problema, Dré, sempre foi uma brincadeira para você e eu já estou cansada disso.

Não respondi. Eu não estou entendendo mais nada. Ela deve estar de TPM.
Ela me olhou decepcionada e saiu. Não pude impedi-la, o dia estava saindo pior do que eu imaginei. O restante do dia passei deitado vendo televisão e tomando remédios. Gabi não me mandou mais nenhuma mensagem. De repente lembrei que não havia mandando mensagem para o número que a ruiva me passou, corri para o quarto e peguei o papel que estava em cima da cômoda. Digitei o número no celular e a seguinte mensagem:

"Jardim das Américas, às 21:00 horas no Restaurante & bar S.P.
"Imagine eu e você dando uns amassos no carro

Depois a gente sobe lá pro quarto
Trancado a gente sua pra valer
Corre pro chuveiro e deixa acontecer." ;)"
A resposta veio quase que imediatamente:
"Para que restaurante se podemos ir direto ao ponto?"
Respondi:
"Opa. Motel 3 corações, mesmo horário?"
Novamente a resposta veio quase que no mesmo momento.
"Agora sim você falou minha língua."




A filha do meu chefe (Completo)Where stories live. Discover now