Agredecimento diferenciado.

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Rafael.

Sinto a minha aceleração dar uma acelerada assim que ouço o veículo parando, fazendo minha ansiedade aumentar ainda mais, tento controlar a minha respiração, para não parecer que estou nervoso.

Apesar de ser um cara confiante, nunca passei por um momento como esse, ser acusado de preconceito, sinceramente estou com medo, bastante medo.

Saio do carro, sentindo aquele ar quente bater em mim, ainda bem que estou usando óculos, impedindo que os raios solares prejudiquem a minha vista, o que faz eu dar uma olhada em volto, percebendo a movimentação tanto de pessoas na calçada, como na rua de carros, até porque estamos na avenida Paulista, um dos centros mais movimentados da cidade e do País. 

Solto um suspiro de nervosismo assim que olho para frente, percebendo o grande hotel de 34 andares da Corporation Teens na minha frente, de cores amarelas e pretas, qualquer um iria enxergar esse elefante no meio da calçada, acho que é para chamar a atenção mesmo.

Esfrego minhas mãos no meu rosto na tentativa de me acalmar, e sinto elas bastante suadas, o que é normal pelo meu estado.

— Está pronto Rafael? — o advogado perguntou me olhando, assim que saiu do veículo. 

— Mais ou menos — respondi com toda sinceridade olhando para o mesmo, vendo ele arrumar o seu terno.

Hoje foi difícil dormir de tanta ansiedade, nervosismo e tudo mais, não consigo parar de pensar nessa reunião, o que me fez dormir mal e pouco, já que também que ficamos quase toda a madrugada olhando o maldito vídeo.

— Vai dar tudo certo, você e João fizeram um bom trabalho recolhendo provas concretas —  o advogado voltou a se pronunciar com um sorriso tentando me acalmar.

Por falar no João, ele até queria vir, mas eu não deixei, então ele foi embora, e ele obedeceu, pois a partir de agora essa briga é minha, e irei provar a minha inocência junto com o advogado.

“Também espero”, pensei voltando a levar a latinha de redbull na boca, engolindo toda a bebida, para falar a verdade era a minha terceira latinha, apenas do percurso do hotel para cá, no café da manhã apenas tomei um café preto é nada mais, não consigo comer nada.

Dei uma ajeitada no meu terno e comecei andar ao lado do mais velho, em passos largos, subimos alguns degraus da pequena escada da calçada, e vejo alguns seguranças fazendo o perímetro.

— Bom dia — cumprimentei os seguranças, enquanto eles faziam o trabalho dele, de nos revistar detalhadamente.

— Bom dia, podem entrar — um dos seguranças falou abrindo a porta de vidro.

— Obrigado — meu advogado respondeu, sorrindo caminhando para dentro, e eu o segui.

Entrarmos dentro da empresa, onde senti aquele vento gelado do ar-condicionado bater em mim, me refrescando do calor, passamos pela recepção e fomos direto para o elevador, onde entramos, e o advogado apertou o botão da cobertura, fazendo as portas se fecharem e começar a subir.

Sinto o meu coração bater acelerado demais, a cada segundo que passa e assim vai se aproximando o horário das 09:00 da manhã e com isso a reunião também se aproxima, me deixando ainda mais nervoso que antes, balancei a cabeça de forma negativa tentando espantar esse tipo de pensamento.

Bebo o último gole da lata assim que a porta de metal se abre, fazendo nos dar dois passos para de fato entrar no último andar, onde consigo ver um balcão a recepcionista, na nossa frente e ao lado uma porta de madeira, na direita um pequeno jardim em frente a parede feita de vidro, onde consegui ver um pouco da capital.

Sex Social Life(a vida de um influencer)Where stories live. Discover now