COPA DOS CONTOS PORTAIS

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Obra criada em coautoria: Cris Pires e Amorim Cunado (@crispirei5 e @AmandaCunado)

Obra criada em coautoria: Cris Pires e Amorim Cunado (@crispirei5 e @AmandaCunado)

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Palavras: 677

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— Para! Não engole meu pé! Lata velha, não é nova, mas me solta! Por favor, cachorrinho bom... — Mica pedia já quase às lágrimas — Meu tênis novinho tá destruído!

Olhou ao redor vendo arranha-céus espelhados, refletindo a aurora e pessoas flutuando, uma delas passou por dentro de uma árvore, que se revelou um holograma. Afastou os cachos de cabelo trás do ombro e pegou seu celular para fazer uma live no tiktok, mas não funcionava.

— Agora meu tênis está destruído e não tem Internet sem fio. Olha a tecnologia desse lugar. Que custava o Wi-Fi liberar?

Livre do canino eletrônico, sacudiu o moletom lilás claro, caminhou com seu tênis branco, rasgado, com a sola descolando, até um prédio redondo de vidro vendo um oficial flutuar.

— Moço, me ajuda! — o oficial com cinto de flutuação olhou com desdém.

— Mostre seus créditos de vida. Rápido, seu nascimento e data prevista da morte do DNA. O quê? Não pode ser... — o policial passa máquina novamente, ainda incrédulo.

Identificação: Pessoa Morta em 2020

— Você é uma aberração!

Assustada, vendo o homem sacar uma espécie de arma, Mica correu perdendo o que restou dos tênis rasgado. A meia branca ficou preta ao pisar na poça e foi agarrada e levada pelo ar.

"Não podia ter me pegado antes de sujar minha meia na poça?" Choramingou, tomara que isso não vire rotina e quando olhou para quem a sequestrou "Espera sou eu?", se espantou.

Por que um portal se abriu?
Eu só queria cantar e dançar.
Minha conta de tiktok sumiu,
Mas vim parar em que lugar?

Após despistar o policial entram em um esconderijo tecnológico e o robô mordomo pergunta se vai matar esse clone também.

— Cale a boca Tyr ninguém vai morrer. — a cientista, de aparência jovem, repreendeu seu criado eletrônico.

— Devo alerta-la que meu dever é entregar criminosos a polícia, devolva minha conexão para cumprir a lei. — disse o robô amarrado em correntes numa pilastra.

— Até parece. — Cristina resmunga distraída ajustando o cinto de flutuação por baixo do jaleco, em seguida aponta uma máquina — entre ali, vou te devolver a seu mundo, diz para menina que andava desconfiadamente para longe.

— Perigo! Não entre, será desintegrada! — avisa o robô, mordomo, alertando a Mica

Eu não posso confiar em mim mesma?
Será que devo ligar para a polícia?
Vou fugir para qualquer lugar que seja
Cadê o botão? Onde será que desliga?

Correu até a parede e desligou o interruptor da luz no laboratório.

— Religarei a força, não adianta fugir!

— Até parece que vou ficar para discutir.

Eca! Não, molhou meu moletom!
Espero que não manche de marrom!
Eu deveria me preocupar com outra coisa?
Nossa! Eu tinha que fugir daquela moça!

Pernas para que te quero?!
Aberração que nada!
Eu mereço elogio sincero!
Sou linda e dedicada! 

As luzes foram religadas. Mica agora estava ao lado do robô acorrentado. Sua face humana estava danificada, com um arranhão na bochecha revelando o metal. Aquela pele de boneco em terno, cinza chumbo, podia até lhe arrancas suspiros se não fosse o sequestro.

— Te peguei gatuna! Como ousa derramar meu café?

— Eu te faço outro, se me deixar dar no pé.

— Engraçadinha... Era para ser eu, mas está me lembrando outra pessoa.

— Quem é? Alguém que você gosta? Poderia me dar alguma resposta?

— Você fala rimando? Não me diga que é? — a cientista começou a puxar sua roupa.

— Calma aí, eu não gosto disso não! Faz cócegas, tira sua mão!

— Mica?! — soltou após ver a marca de nascença, em forma de nota musical.

— Sim, que rima com Lilica.

— Eu consegui, não é uma cópia, é minha menina, finalmente!

"Mas o portal trouxe-a igual a mim? Olha essa altura e esse rosto, tirando a roupa desleixada e o cabelo solto, ninguém diria que não sou eu." se emocionou deixando a suposta filha constrangida.

— Muito bem doutora. O projeto Kairós foi bem sucedido! — o robô Tyr soou — Cumpriu seu objetivo, agora me solte e aceite sua sentença.

— Calado, Tyr. Preciso pensar. 

Minha mãe não é!
Que papo sem pé!
Clone, Futuro, ué?!
Explicar ninguém quer!

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Música no topo produzida e cantada por: Cris Pires

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Música no topo produzida e cantada por: Cris Pires

Música no topo produzida e cantada por: Cris Pires

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Total de palavras incluindo avisos: 757

As palavras aurora e rotina estão destacadas conforme exigido para a copa dos contos.

KAIRÓSWhere stories live. Discover now