Epílogo

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Eu acordei me sentindo tonto. Me sentia exausto, como se eu tivesse participado de uma grande batalha, poucas vezes me senti daquele jeito. Olhei em volta, mas demorei para perceber onde me encontrava. Eu estava na enfermaria pessoal de Balthazar, onde ele se recuperava. O que tinha me acontecido deveria ter sido extremamente grave, para que eu tivesse sido trazido para aqui.

- Alec - Cori sorriu ao meu ver. Não sei explicar o motivo, mas meu primeiro sentimento foi repulsa por ele, mas isso era besteira. Cori não era meu amigo, mas nunca tinha me feito nada, pelo contrário.

- O que houve? - perguntei com a voz rouca, tentei me levantar, mas meu corpo não reagiu como eu queria, quase caí no chão. Cori teve que me auxiliar.

- Devagar Alec, você está se recuperando ainda.

- O que houve? - eu insisti, o que tinha me acontecido?

- Isso acho que Balthazar deveria te responder. . .

- Escute aqui! - eu o puxei pela gola da camisa - Me diga agora o que me houve! Imediatamente!

- Alec. . .- Cori engoliu em seco.

- Eu contarei - Balthazar disse entrando naquele quarto - Mas solte-o primeiro.

Eu o soltei a contragosto. Eu não sabia qual era a explicação com o meu comportamento com Cori, mas eu não podia repeti-lo, mesmo que sua presença me incomodasse.

- Alec - Balthazar puxou uma cadeira, se sentando do meu lado - O que vou te falar é sério e preciso que preste atenção. Na sua última missão na Terra, você foi atacado. Um vampiro armou uma emboscada que te feriu gravemente, de um jeito que nunca tinha acontecido antes. Achamos que você não fosse sobreviver.

- Como isso ocorreu? - eu tinha caído numa emboscada de um vampiro?

- As trevas estão tomando conta da Terra. Os marcados por pela Escuridão iniciaram uma guerra lá. Estão usando das armas mais vis e cruéis para isso. Passaram do limite aceitável, estamos tentando revidar, voltar com a paz para os humanos. Mas eles descobriram e tentaram lhe matar.

- Eu ainda não estou entendendo - porque eu não me lembrava de nada?

- Fizeram de tudo para confundi-lo, meu filho. Te torturam, tentaram mudar quem você era, mas, graças ao Senhor, você nunca deixou de ser o Primeiro Tenente dos Céus - Balthazar sorriu, mas eu não pude retribuir, estava tudo muito confuso - Descanse meu filho, você ainda está no começo de sua recuperação, ficará mais uns dias aqui e depois poderá ir para a sua casa.

Ele se levantou e estava saindo, mas eu precisava perguntar uma coisa.

- Balthazar - eu o chamei - que armas as trevas estão usando?

- Como? - ele me perguntou.

- Quais as armas que as trevas estão usando nessa guerra? - eu perguntei de novo.

- Eles criaram dois vampiros. Um deles caça e tortura a própria espécie. Ele entra em estado de fúria e mata tudo e todos que estiverem ao seu redor. Não respeita nenhuma regra e, pelas últimas informações que tivemos, está liderando um exército de criaturas tão vis e mesquinhas como ele.

- Sim - Cori começou a falar - Desde outros vampiros, lobisomens, entre muitas espécies diferentes. Inclusive anjos caídos, que se voltaram contra nós e querem nos destruir.

Anjos caídos? Eu sempre tinha tido pena deles, agora queriam vingança?

- E o outro vampiro? - perguntei. Cori e Balthazar se entreolharam, então Balthazar suspirou levemente e chegou mais perto de mim.

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