Capítulo 15

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Luiza Catarina

Acordo com o Fernando me abraçando e dando beijos no topo da minha cabeça.

- Meu bem, está acordada? - Pergunto rouco.

- Não! - Respondo em tom de deboche e ele dá um sorriso sutil.

- Que horas são? - Pergunto, tentando não falar perto dele, o que é quase impossível pois estamos abraçados.

- Cedo.

- Preciso trabalhar. -Tento me levantar, mas é uma tentativa fracassada, pois o homem me segura.

- Fica mais um pouquinho. - Ele diz em um sussurro, seu hálito está fresco, sinal de que escovou os dentes recentemente.

- Quero escovar os dentes.

- Se promete voltar?! - Fala, dando um breve espaço para olhar em meus olhos.

- Prometo. - Ele me solta e vou ao banheiro.

Uso o banheiro para fazer minhas necessidades e logo saio dando de cara com o Fernando sentado na cama. Ele estava com uma camisa fina cinza e uma bermuda também cinza.

-Vem cá agora!-Ele bate na cama.

-Hum...

-Luzia.-Fala desconfiado.

Decido que a melhor saída era sair correndo, o que dá muito errado!

Quando corro, nem chego perto da porta. Ele me agarra pela cintura, me levando até a cama. Ele simplesmente se joga na cama junto comigo.

-Você prometeu, acho que não posso confiar em suas promessas, meu bem.

-Pode confiar, isso foi apenas um teste.-Ele me vira e fica abraçado comigo de novo.

-Teste?

-Sim.-Quando confirmo, o homem gargalha alto e eu não resisto e faço o mesmo.

Ficamos rindo, falando besteiras por um tempo e fazendo brincadeiras. Gostei muito do modo como o Fernando estava; ele não tinha aquela postura toda, parecia literalmente outra pessoa.

-Você me diverte, meu bem!-Ele segura meu rosto.

-É...-Mostro um sorriso bem falso, o que faz o homem gargalhar novamente.

-Posso fazer uma pergunta?-Ele me olha e logo trava seu maxilar e fica totalmente reto, mas ainda assim me abraçava.

-Pode!

-Por que você continua me evitando, mesmo quando eu faço tudo por você?

-Você faz tudo por mim? - O olho nos olhos.

-Tudo!

Pego em seu ombro e vejo toda aquela estrutura desmoronar.

-Eu quero descobrir quem matou o meu pai!

-Eu vou te ajudar nisso. Inclusive hoje mesmo quero te mostrar sua mãe biológica.

-Sério?

-Sim, mas antes eu quero te pedir, por favor, não tente falar com ela. Ela não é de confiança! - Coloca a mão no meu rosto e faz carinho com o polegar.

-Prometo não falar com ela! - Aceno com a cabeça.

-Se for igual à sua última promessa, tenho até medo. - Olho para ele indignada e a única coisa que ele faz é sorrir.

-Me solta. - Tento me soltar, mas ele não deixa.

-Não! - Me aperta mais.

-Você vai me matar assim!

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