Paralelos - Taegyu (Adaptação)

𝟢𝟣 : Novo mundo

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Choi Beomgyu sempre foi um garoto sozinho. Morava no subúrbio da cidade, longe dos pais, mesmo que mantivessem contato frequentemente. Em sua vida, tudo estava indo normalmente bem, o melhor que ele poderia desejar, até ocorrer o primeiro de muitos de seus problemas: ele havia dormido na noite passada e agora estava acordando em algum Universo paralelo.

Ele estava ficando louco. Não porque se sentia sozinho, mas porque não estava entendendo nada.

Sua própria casa estava diferente, como se fosse uma construção mais antiga. Mas ele estava louco, só podia estar, e por isso procurou tomar seu banho como normalmente fazia para ir trabalhar.

A água estava gelada. A água de sua casa normalmente era quente, mas aquela estava gelada. O chuveiro parecia velho e Choi queria gritar porque estava ficando frustrado.

Ele se enxugou irritado e procurou suas roupas. Levou um susto que o fez repensar realmente se estava louco. Suas roupas estavam todas mudadas, e elas estavam empoeiradas, como se não fossem usadas há meses. O que seria um completo absurdo visto que usava-as todos os dias para ir ao trabalho.

Ou ele estava muito louco ou estava em um lugar que com certeza não era sua casa.

Procurou o mais próximo do que chamaria de roupa e bateu-as em suas mãos, para tentar retirar a poeira acumulada.

Ele a vestiu e saiu do seu quarto. Quando chegou na cozinha, ele teve que segurar todo o fôlego. Estava realmente sujo no chão e mesa, e Beomgyu se perguntou quem moraria naquela casa, porque jamais seria dele, devido a como gostava de manter tudo limpo e organizado.

Resolveu que precisava sair dali o quão antes. Porque era estranho e ele tinha medo de descobrir ser um sonâmbulo que anda por aí invadindo casas.

Assim que saiu dela, ele viu o número na frente do seu "lar".

Era o mesmo número. A frente era a mesma, um pouco mais desgastada. Mas tinha certeza que não era à mesma por dentro.

Suspirou, deu uma olhada sem sair do lugar pelo seu redor. Era sua rua, a conhecia bem o suficiente. Podia ver a casa de seus vizinhos onde normalmente estariam, apesar de estarem mais antigas e velhas.

Era estranho e Choi bateu duas vezes no rosto porque ele deveria estar sonhando.

Não tinha ideia do que havia acontecido, mas ele precisava seguir seu padrão de dia. Por isso ele passou a caminhar em direção ao seu trabalho.

Quando ele viu o mundo vivo novamente, com pessoas saindo de suas casas e o barulho comum dos carros surgir, ele agradeceu intimamente.

Não demorou para que observasse um coffee shop no final de uma rua, seriamente surpreso com o que via.

As vidraças que tinham em cada janela do local onde trabalhava estavam limpas, o que o fez sorrir desacreditado.

Agora tinha certeza que aquilo era tudo, menos seu mundo real.

Aquela vidraça vivia suja, o que com certeza caracterizava o local. Ninguém a limpava, porque ninguém se importava.

Assim que adentrou pela porta de vidro, um sino ressoou no ambiente amplo e fechado.

Beomgyu viu um garoto limpando o balcão. Ele pensou que não o conhecia porque havia reparado rápido demais, e então ele viu mais um garoto encostado no batente de uma única porta atrás do balcão. Seus amigos.

Ele não conteve o suspiro aliviado porque seus amigos eram os mesmos. Aquela estranha sensação era fruto de sua cabeça, agora tinha certeza.

Caminhou até os dois, sorrindo pequeno.