IV

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O sono de Jisung foi efêmero, interrompido por uma inquietação que o fez se contorcer sob os lençois aconchegantes

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O sono de Jisung foi efêmero, interrompido por uma inquietação que o fez se contorcer sob os lençois aconchegantes. Com um suspiro pesado, ele esfregou os olhos, sentindo o peso de uma noite mal dormida.

Seu olhar, ainda embaçado pelo sono, pousou lentamente no relógio dourado que pendia como um guardião silencioso na parede. As horas eram marcadas pelo ponteiro solitário no três, enquanto os minutos seguiam seu curso, parando brevemente no doze.

Ele se levantou, uma onda de frio percorrendo seu corpo ao contato com o assoalho de madeira sob seus pés descalços. Com passos hesitantes, Jisung se dirigiu à sacada, um santuário silencioso onde a lua reinava soberana no céu noturno.

O sol não era muito visto no norte.

A lua não era muito vista no leste.

Engraçado, não é?

Parado ali, ele se permitiu ser consumido pela contemplação, seus olhos refletindo o brilho prateado do astro.

Glamurosa.

E vermelha.

"O que?"

Piscou para se assegurar de que aquilo era verdadeiro, pois ainda não havia chegado o dia preciso para sua manifestação.

Seus olhos se abriram e fecharam.

Uma.

Duas.

Três.

Quatro vezes.

Ainda estava lá, a coloração viva altamente chamativa.

Ele não sentiu temor, admirou o fato de sua beleza ser realçada pelo vermelho intenso que brilhava em seus olhos. A solidão da noite envolvia seu coração, mas a visão da lua no norte trazia um conforto inexplicável, um sentimento de conexão com algo maior que as preocupações mundanas.

Enquanto observava o luar tingir o céu de um rubor suave, ele se perdeu em reflexões sobre como as vestes reais do norte lhe assentariam.

A paleta de cores era um desafio: o azul cobalto e marinho, o preto profundo, o prateado luminoso, com apenas um toque de vermelho e o mais discreto contorno de branco. Era um contraste gritante com sua preferência por cores que evocavam a luz do dia.

Jisung tinha uma predileção por cores que irradiavam luz e pureza; o branco imaculado e o dourado reluzente eram como um reflexo de sua alma serena. Nunca se imaginou atraído pelas sombras ou pelo brilho ostentoso de tonalidades mais escuras.

Seu traje real, um manto de alvorada tecido com fios de crepúsculo e luar, era um testemunho de seu amor pelo suave e pelo sutil. Apenas o cinza prateado e o amarelo acobreado conseguiam capturar sua atenção, como se fossem chamas discretas em uma noite tranquila.

Para ele, a ideia de que cores vibrantes e audaciosas pudessem cativar seu olhar era tão distante quanto uma estrela cadente no céu noturno — bela, mas efêmera, e destinada a desaparecer antes mesmo de ser plenamente compreendida.

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⏰ Última atualização: Apr 05 ⏰

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