Olha só meu menino, bonitinho, engraçadinho, como depressa cresceu
Desde que deixou meu colo nem vi, ganhou corpo, tomou rumo
Foi-se embora depressa e depressa de mim, parece que se esqueceu
Como um galinho que voa, bate as asas e canta, ao tomar prumo
Olha só meu menino, engraçadinho, como depressa o corpo floresceu
Ficou fortinho, parecendo um hominho e caiu no mundo sem aprumo
Foi ganhar a vida, feito um homem e seus direitos depressa reconheceu
Mas, enfim, de repente vem o chamado inesperado, tirando-o do seu rumo
Uma guerra lá longe que surge, e vem meu menino a ser convocado
Pra deixar o instrumento de trabalho, e pegar no instrumento de matança
Mas que será do meu menino, que entra na festa alheia, sem saber da dança?
Como poderei saber se ele voltará, se ficará envaidecido ou estropiado?
Imaginando que a guerra ainda lhe trará no futuro, muita esperança
De um dia viver em paz e não participar mais de nenhuma matança?
Sonetos de José Guimarães
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Sonetos de José Guimarães
PoetryEu escrevo poesias com rimas, sem rimas, as chamadas poesias livres, e agora escrevo também sonetos. http://www.amazon.com.br/dp/B00OKXYUEK/ http://bit.ly/1GN6chp Então, escrevi o livro Sonetos de José Guimarães e o publiquei na Amazon e Livraria S...