Capítulo 47

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Jacarezinho, Rio de janeiro
12:23

assim que entrei no quarto da Carol me deparei com a Lai sentada na cama em desespero, chorando e ligando pra alguém.

Lai: ela não atende, só cai na caixa postal. - disse me olhando com o rosto vermelho de tanto chorar. - essa garota não passou por mim na sala, eu teria visto.

Ananda: não tem mais nada aqui? - abri a porta do guarda roupa me deparando com um vazio enorme. - onde caralhos essa menina ia se meter?

Lai: eu não sei se ligo pro Perigo... o que eu vou falar a ele, meu Deus?

Ananda: relaxa, eu vou falar com ele.

sai do quarto e tirei o celular da cintura, disquei o número pessoal do Perigo.

liguei uma, duas, três e na quarta vez ele me atendeu.

Ligação on*

Ananda: Perigo?

Perigo: eu tava em reunião, Ananda. Lai não te falou?

Ananda: eu sei, mas é que deu merda aqui.

Perigo: caralho cara, que merda?

Ananda: A Caroline... - ele me interrompeu.

Perigo: qual foi ananda, não boto fé que tu me ligou pra resolver bagulho de vocês duas. eu tô em Angra porra, resolvendo b.o de homem, de bandido e você vindo com briguinha?

Ananda: deixa eu falar porra, caralho. a caroline saiu de casa, não tem mais roupa nenhuma dela no guarda roupa.

Leblon, Rio de Janeiro.
12:44.

Caroline.

tava me sentindo uma louca em fazer isso, mas encontrar alguém tão intenso quanto eu me encantou demais, ainda mais no momento tão zoado que eu estou.

conheci o Bruno dias atrás e ele foi se mostrando um cara incrível, com isso ganhou minha confiança. contei a ele sobre a situação que estar rolando lá em casa e o quão insuportável tá sendo conviver uma cobra no quarto ao lado.

ele me ofereceu a casinha que a mãe dele morava aqui no Leblon e de verdade, que lugar fofo.

é calmo, perto da praia e a casa em si é pequena e cheia de detalheszinhos.

ouvi um som na porta e olhei para a mesma.

: oioi, tô entrando. - a voz do Bruno. - trouxe um bagulho pra nós almoçar, sei que ainda não deu tempo de fazer compras.

Carol: ai meu deus, obrigada! tava pensando em ir fazer comprar ainda hoje.

Bruno: se quiser ir daqui pra mais tarde eu vou contigo, tem um mercado grandinho na rua de trás.

Carol: não quero te incomodar, pode deixar que dou um jeito de ir depois.

Bruno: é, acho que talvez eu tenha que voltar pro escritório mais tarde.

Carol: do que você trabalha? aliás, vem cá pra cozinha. - vou andando até lá e ele veio comigo. - a gente se conhece tão pouco, que doidera.

Bruno: trabalho na área administrativa de uma boate.

Carol: caralho, que foda. - disse pegando talheres e dois pratos pra pôr em cima da mesa. - e onde cê tá morando?

Bruno: bom, com isso ai consegui uma condição legalzinha, tô morrando em um apé com a minha mãe.

Assim que ele terminou de falar meu celular começou a tocar.

Carol: ai, agora é o meu irmão.

Bruno: você já falou com ele? ai, aliás, não fala de mim pra ele, nao problemas...

Carol: não falei e nem pretendo, tá tudo muito bom do jeito que tá.

Mulher do PoderOnde as histórias ganham vida. Descobre agora