Velhos tempos

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Ela sorriu toda bobinha pra mim igual criança, me abraçou forte e conseguia sentir as curvas dos seus músculos envolvido na minha cintura, meu corpo tava todo arrepiado pela água gelada mas principalmente pelo toque dela. Naquele momento eu vi, eu vi a real Luanna, aquela garotinha protetora e amiga, completamente fiel a nossa amizade e fiel ao oque ela sentia, senti como se fôssemos crianças novamente

Abri meus olhos e vai diretamente pra área razar onde tava Ícaro e mais outras crianças, então vi Luanna ali me cumprimentando e beijando minha bochecha deixando ela automaticamente vermelha, perguntando se poderíamos ser amigas como da primeira vez... Acabei soltando uma risadinha

Você é tão linda, de onde você é? – Luanna perguntava com aquela vozinha de criança repetindo suas próprias falas, ela se distancia um pouco pra me encarar e eu tava totalmente vermelha de vergonha – Olha, deixa eu te dá um beijo pra sai o vermelhão do teu rosto, parecendo uma pimenta

Ela se aproximar dando um beijo bem na minha boca, gargalho alto e escondo meu rosto nas minas mãos

– Eu não sabia dá beijo na bochecha, mainha me ensinou a comprimenta ela com selinho, tem até vídeo que painho gravava pra assistir nos finais de semana. Me lembro que você saiu correndo pra tua mãe e ela só riu – Ela começou a conta sobre a primeira vez que nos encontramos, veio os flashblacks na minha mente

Agora eu me perguntava como final eu e Luanna chegamos ao ponto de nós beijamos sem vergonha? A gente era amigas, como se fôssemos irmãs mas em questão desse contato físico tínhamos muita vergonha, beijos na bochecha, abraços muito aconchegando ou beijo na curva do pescoço era evitado entre nós mas entre eu e Tigresa era comum ou ela é Tigresa. Lembro que vivíamos batendo um olho no outro e eu já virava uma pimenta, era evitável contato físico mas contato visual era um obstáculo sem chance

– Oi... me chamo Yara mas você não pode dá pitoca em mim assim, essas coisas adulto fazem – Entrei na onda com a vozinha de criança e ela me olha querendo rir

Ela se distancia um pouco e pega na minha mão, começa a me arrasta pra fora do fundo, me olha novamente antes de me pega nós braços, dei um grito pelo susto óbvio então ela faz piorar correndo contra as ondas até chega fundo o suficiente, me olhar nos olhos antes se afunda suas mãos na minha cintura e se joga na água comigo

Tento abri meus olhos mas só sinto seus lábios nos meus, não sei como buceta as pessoas conseguem se beija na água mas eu não conseguir, empurrei ela subindo novamente tentando recuperar meu fôlego e ela faz o mesmo mas não parava de rir

– Queria que eu engolisse água salgada retardada? – Começo a estapea de raiva, além de me fazer ficar sem ar meu coque tava todo molhado

Ela segura minha cintura forte me fazendo suspira, olho nos seus olhos e de repente a porra de uma música começa a tocar na minha cabeça, me vejo em terceira pessoa e meu corpo sai da alma quando nossos lábios se ajuntam praticamente sem ajuda, como se fosse um imã, minhas mãos afundam no seu cabelo apertando forte ainda mais por conta do beijo intenso, reviro meus olhos querendo gemer de tão bom que aquilo era, me sentia como uma câmera ou nos olhos de Deus ali nos observando. Sinto suas mãos subirem um pouco meu corpo e minhas pernas envolvem na sua cintura, separo nossos lábios dando dois selinhos, acaricio seu cabelo olhando quase pela sua alma então sorrimos juntas, flashblack invadiram novamente minha mente

Flashblack

Baile lotado na qual eu fui obrigada a vim afinal Igor tava aqui era óbvio que não ia perde a oportunidade, apesar da gente se ver todo dia, mas o baile é outro assunto, baile e o momento de fazemos qualquer porra que vim na mente e ninguém poderia ver ou se lembra caso visse, poderia se arrepender mas não poderia ser descoberto praticamente

Gaiola Where stories live. Discover now