Capítulo 2

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NOTA DO AUTOR: Essa será uma história levinha e fofa, sem dramas muito pesados. Confesso que já estou me apaixonando pelos personagens. Espero que gostem!

Dorothy Clark era uma mulher solitária e sabia disso

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Dorothy Clark era uma mulher solitária e sabia disso. E não se incomodava tanto assim com o fato de que não possuía muitos amigos. Geralmente ela passava boa parte do dia cuidando das flores no jardim e também gostava de sair para caminhar, usufruindo da própria companhia. Desde que seu marido morreu quando Carter ainda era um adolescente, ela meio que se fechou em si mesma, incapaz de seguir verdadeiramente adiante.

Não era fácil viver sozinha, mas Dorothy havia se acostumado. Por isso, quando Carter ligara dias atrás e dissera que passaria a morar em Cloudtown novamente, ela sequer soube como reagir. Primeiro se sentiu muito feliz, mas depois, quando teve mais tempo para pensar acerca de tudo, ficou com um pouco de medo. Medo de se apegar demais à companhia do filho e da neta, afinal existia o risco de Carter se cansar da vida pacata na cidadezinha, partindo mais uma vez.

Talvez aquele não fosse exatamente o tipo de pensamento que ela, na idade em que estava, deveria ter, quase como se fosse muito mais velha do que realmente era. Por outro lado, alguns pensamentos eram inevitáveis.

Desde então, Dorothy tentava dizer a si mesma que agora as coisas estavam prestes a mudar provavelmente para melhor.

Ela conhecia muito bem o filho e não existiam dúvidas de que ele sempre foi um homem muito decidido em relação a tudo. Claro que ainda era difícil acreditar que ele realmente deixaria Houston para viver tão pacatamente, mas, ao mesmo tempo, seu coração tentava manter as esperanças.

Porque se Carter ficasse. se realmente ficasse, sua vida melhoraria. Um dos seus maiores sonhos sempre foi o de ter a chance de cuidar de Alice Grace.

A garotinha estava crescendo e crescendo muito rápido. Cada vez que Alice Grace visitava a cidade durante poucas ocasiões, Dorothy tinha a impressão de que grandes mudanças aconteciam. Agora ela já estava falando palavras difíceis corretamente e era tão inteligente que, para muitos, era impossível acreditar que a garota tinha tão pouca idade. Para além de tudo, seus pensamentos rápidos atuavam como flechas e nem todos conseguiam acompanhá-los. Perceber tudo aquilo fazia com que Dorothy sentisse uma onda de orgulho não apenas pela neta, mas também pelo filho.

Ela sabia que não fora fácil para Carter se tornar pai na adolescência. E ela o apoiara. Fizera o melhor que pudera para que o filho não se sentisse sozinho durante o percurso de se tornar pai. Porém ela sabia que embora tentasse apoiá-lo, Carter vivia o desafio sozinho.

E ela tinha total consciência de que a decisão dele de vender as ações da empresa estavam totalmente ligadas ao fato de que era muito difícil ser pai e empresário ao mesmo tempo.

Inclusive, Dorothy não se importava muito com as empresas da família. Desde que seu marido morrera, preferia abster-se totalmente de qualquer controle que estivesse relacionado aos negócios. Preferia viver a própria vida, cuidando do jardim e buscando o tipo de paz espiritual que só se encontrava depois de muita reflexão.

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⏰ Last updated: May 13, 2022 ⏰

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Em busca de uma mãeWhere stories live. Discover now