Lei da vida - O Concerto parte 1

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Estava quase adormecer, eram oito da noite , depois da minha pesquisa de três horas, ter lido o livro e ter falado com o Elliot, acabei por ficar com sono e estoirada. Deixei-me cair pesadamente sobre a colcha fofa e purpura com flores japonesas. Era o meu conjunto de cama favorito, não sei porquê, talvez, por ter sido dado pela minha mãe no Natal passado, sim a minha mãe todos os Natais mandava-me por correio uma prenda dirigida a mim, nunca para o meu pai. Sempre pensava que um dia ela haveria de me esquecer e acabar com aquele sofrimento. Todos os Natais me mandar uma prenda sem o seu endereço, nada, eu não sabia nada dela! Estava farta se ela me culpava pela morte do meu irmão, em parte, se sentisse mal ao me ver, se sentia vergonha, ou raiva ou somente tristeza para quê perlongá-la? Porquê que não me apaga da sua memória e me deixa em paz!? Estou farta. Não quero saber dela e não me quero sentir mais culpada pelo sucedido. Talvez este seja o ano em que dei-te a prenda ao lixo, se tiver coragem.

Acabei por adormecer.

“El!” Berrou o meu pai no fim das escadas.

Dei um salto tão grande que acabei por cair da cama, fiz um barulhão ao cair porque tentei-me agarrar a alguma coisa, mas com pouco sucesso porque o que veio atrelado a mim foi o meu rico telemóvel e o livro que estava na mesinha de cabeceira. Estava no chão, estapafurdiamente estupefacta com o que tinha acontecido, ainda era capaz de sentir o meu coração aos pulos, batia mil á hora.

“El!” Volta ele a gritar o meu nome, para a vizinhança todo o puder ouvir.

“Pai! VOU-TE MATAR!” Disse eu com a minha voz a elevar-se cada vez mais. Eu estava mesmo capaz de o matar, eu não acredito que a maneira mais maravilhosa de acordar um filho ou uma filha seja aos berros.   

Desci as escadas num lace, cheguei perto dele, tentando equilibrar-me pois ainda estava ensonada, todo mal desposta e rabugenta disse-lhe:

 “O que queres? Que precisas de acordar a tua filha aos berros!”

Ele meio impressionado pois eu não era nada adepta de sesta depois do almoço, sempre fui mais de ir lá para fora e dar uma volta com os meus amigos ou então pegar no meu carro e ir ao centro ou então, ainda, ficar a estudar algo que se ele me berrasse não me iria assustar pois eu estava acordada, e pior do que eu estou não ficaria.

“Mas… Filha desculpa não sabia que estavas a dormir… como não gostas de fazer sestas nunca, pensei no facto de estares a dormir.”

“Está bem pai… Desculpas aceites. Diz lá o querias.”

Ele abraçou-me e começou a cantar e dançar pela cozinha, aquela musica under pressure dos queen, ri-me tanto nunca o vi assim, depois ele diz:

“E o golpe final…”

E faz a dança do frango.

Foi desta que tive de me sentar ou eu morria de tanto rir, definitivamente o meu pai hoje estava tentar matar-me ou de susto ou de gargalhadas.

“Pronto, pai, chega deixa-te disso vai ver o futebol e deixa-me cozinhar!”

Ele também a rir-se deixou-me a cozinha. Fiz o jantar muito rapidamente, era arroz de tomate com bifanas. Estava uma delícia, as minhas capacidades culinárias com o tempo iam melhorando. Mais uma refeição muito bem-sucedida.

Acabamos os dois de comer, e o meu pai ajudou-me arrumar a cozinha.

Dirigi-me á casa de banho e fui tomar um banho de água quente, estava estafada hoje que não fiz quase nada, estava quase morta.

Bem, acabei de tomar banho com a pele arrepiada de na casa de banho estar um bocado frio. Fui até ao meu quarto e vesti o meu pijama de inverno. Eu para adormecer, hoje, precisei de um outro método então com o meu mp4 pus os fones nos ouvidos e deixei-me adormecer ao ritmo da música. Estava no mínimo, para eu puder adormecer, a música que tocava era de uma banda pouco conhecida mas que eu adorava, era tecno e um pouco retro e calma ao mesmo tempo não sei explicar só sei que acabei por adormecer logo nos dois primeiros minutos da música.

Lei da VidaWhere stories live. Discover now