✔ 𝗕𝗔𝗗 𝗗𝗥𝗨𝗚 ✗ vinnie ha...

De redlips-

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손 ˖ ✹ ࣪˖ ❛ 𝗱𝗿𝗼𝗴𝗮𝘀 𝗺𝗮́𝘀 𔘓 🌿 ◗ 𔘓 𖥻 𝗏𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝗁𝖺𝖼𝗄�... Mais

𝗯𝗮𝗱 𝗱𝗿𝘂𝗴 !
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58. vinnie hacker
epílogo.

3. liana bennett

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De redlips-


Ele é um cretino.

Um cretino bonito. Um cretino de boa lábia. Um cretino de porte atlético. Um cretino cheio de tatuagens incríveis. Um cretino de uma reputação grandiosa. Um cretino solteiro. Um cretino quente como o inferno. Um cretino. E mesmo sabendo, nem um por minuto eu quis tanto queimar feito uma pecadora como ontem. Mesmo sabendo do que ele era capaz, quando disse todas aquelas palavras tentei deixar de querer ele.

E mesmo assim, ele não saía da minha cabeça por mais que eu fizesse, falasse e até mesmo tentasse não pensar. Ironicamente, tudo me lembrava Vinnie porque, aparentemente, é assim que funciona com garotos como ele.

Você os conhece, eles se aproximam e por mais longe que um esteja do outro eles jamais deixam a sua cabeça, o seu corpo e os lugares em que vocês passaram juntos. Por mais que o tempo passe você não o esquece e deixa de desejar secretamente mais e mais, mesmo que não possa ter mais e mais. Você se torna uma viciada e ele é a sua droga.

Ele é ruim, e eu nunca quis tanto conhecer cada parte dessa sua ruindade.

- Bendita droga masculina! - Resmunguei batendo a massa com ainda mais força e ódio. Mesmo que eu não estivesse de fato sentindo isso por ele.

- Hein? O que você está reclamando aí Liana?  - Meu pai gritou da sala e eu desesperadamente quis sumir. Hoje era mais um daqueles dias, e eu ficava esse dia todo me perguntando porquê eu me subtmia a cuidar dele se em momento algum ele cuidou de mim.

- Nada pai, apenas estou pensando alto demais. - Respondi da cozinha no mesmo tom em que ele. O som da televisão ligada era alto o suficiente para que minhas palavras não fossem muito bem compreendidas, e fizesse ele apenas resmungar alguma coisa e esquecer o nosso curto diálogo. Esquecer de mim como sempre fez.

Continuei batendo a massa de chocolate. Eu faria um bolo com recheio de leite ninho e cobertura de brigadeiro. Era o preferido de papai e mamãe, claro que, minha mãe só comeria ele amanhã uma vez que ela e meu pai se divorciaram faz anos e eu moro com ele por causa do trabalho dela, hoje em dia, se tornou uma opção e uma obrigação ao mesmo tempo.

Apesar dele ser um péssimo pai, eu jamais deixaria ele largado por mais que tenha sido tudo o que ele fez com sua família até que destruísse tudo e a si mesmo, transformando o homem alegre e esforçado em um homem ranzinza e desleixado, um viciado terrível.

Suspirei alto, deixando a bacia de plástico em cima da pia e pegando a forma redonda de bolo para untar. Eu ainda me lembrava da primeira vez em que a minha mãe me ensinou a fazer um bolo, e hoje, me senti orgulhosa por seguir a maiora dos seus passos e ter aprendido tudo o que ela me ensinou.

Depois de passar a manteiga e a farinha, despejei a massa do bolo até que estivesse preenchido tudo, coloquei a forma no forno e me lambuzei com o resto de massa que tinha sobrado na bacia. Ao menos era um bom passatempo, pós expediente exaustivo e arrumar a casa toda porque quando eu cheguei tudo estava uma zona e eu não suportava ver a casa assim, eu me sentia suja. Eu me sentia horrível, e tinha uma grande obsessão por limpeza.

A casa viveria no brinco se papai não destruísse tudo com suas mudanças de humor e quando tinha bebida na cabeça com dinheiro que ganhava em jogos, quando ele tinha sorte ou conseguia roubar. Eu ainda não sei como nada de ruim lhe aconteceu com os truques sujos usados, embora agradecesse por isso.

Entediada, levantei enquanto deixava o bolo cozinhando. Era terça, batia dez horas e trinta minutos no relógio do corredor, e eu não podia estar mais ansiosa para que finalmente chegasse amanhã.

Passei pela sala, papai assistia algum dos jogos que ele era fascinado, estava tão vidrado na televisão que nem percebeu quando passei pela sala e subi as escadas apressada.

Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Escolhi roupas mais confortáveis e entrei no banheiro do meu quarto para tomar um banho e lavar o cabelo que estava uma bagunça de poeira e suor de um longo dia e uma longa faxina.

Molhei o cabelo passando um pouco de shampoo. Levei pouco tempo porque tinha medo do bolo queimar com a potência alta do forno do fogão.
Me vesti apressada e depois de desembaraçar o cabelo desci com o aroma do bolo pela casa.

Sem opções do que fazer, me sentei na cadeira da mesa de jantar na cozinha e peguei o celular para ver as mensagens que tinha recebido. Eu não mantia conversa com muita gente além de mamãe e dois amigos que eu fiz no meu trabalho novo. Elijah e Stacy, os dois se conheciam há mais tempo e eram uma comédia, a minha vida se tornou mais animada com a presença dos dois e eu me senti menos sozinha.

Mamãe.
Não se esqueça do nosso encontro amanhã ;)

Eu.
E como eu conseguiria esquecer?

Sorri deixando o celular de lado porque eu não tinha mais nada para fazer. Eu havia feito todos meus trabalhos no final de semana e estudado as matérias passadas para ter uma base. Foi um final de semana produtivo, e foi uma boa ideia uma vez que desde ontem Vinnie  não deixa os meus pensamentos me distraindo e fazendo-me pensar alto demais. Hoje eu não havia ido a faculdade e claro que grande parte de mim pensou se ele iria me procurar, e ficou a pensar nele outra vez.

Quando o bolo estava assado, apaguei o forno e assim que ele esfriou mais um pouco eu o tirei da forma e o coloquei no porta bolo de cristal. Assim, fui fazer a calda e o recheio.

Fiz com calma e ao mesmo tempo bastante fome. Minha última refeição havia sido cerca de seis horas atrás, eu acho, não me recordava direito, meu tempo foi corrido, mal olhei para o relógio embora agora tudo o que eu mais queria era que os ponteiros se movessem rápidos.

Que nem uma criança, decorei todo o bolo e despejei bastante granulado vermelho em cima do bolo para finalizar a obra prima que eu fiz.

Orgulhosa, eu me sentei e tirei uma foto mandando para mamãe.

- Ei, o que você está fazendo aí? - Uma voz rompeu o silêncio no ambiente e só então eu percebi que não tinha mais o som da televisão ligada percorrendo a casa. Apenas o mais incomum silêncio.

Olhei para a entrada da cozinha, papai estava com uma garrafa de whisky na mão e o olhar bêbado voltado para mim. Eu odiava ver ele assim, e não por medo, e sim por pena, por dor.

Ver quem se ama em uma situação ruim doí demais. E não poder fazer nada porque você já fez de tudo, é ainda pior. E, essa é a situação em que papai se encontrava.

Olhei a sua barba enorme. Ele não fazia ela cerca de anos, assim como não penteava os cabelos e cuidava do próprio corpo. Ele havia desistido não só por dentro quanto por fora. Hoje em dia ele tinha uma barriga de chop, e cabelos brancos nas mechas loiras que se misturavam nas castanhas. Hoje havia bagunça, e ela continuaria aí por mais tempo do que eu podia imaginar. Eu não sabia mais quem ele era por baixo de toda a sua bagunça e desleixo. Não me recordava mais. Não conseguia.

- Eu estou esperando o bol...

- Calada! Eu não te dei o direito de responder ainda. - ele levantou a voz e a mão livre, o encarei surpresa.

Era a primeira vez que ele levantava a mão e a voz para mim. E eu não tinha gostado nem um pouco disso, assim como as lembranças de quando ele e minha mãe se separaram me invadiram, tudo se tornou errado e difícil de suportar.

- Pai, estamos no século vinte e um, eu não preciso do seu direito nem do de ninguém para falar o que eu quero falar. - Respondi, da forma mais suave e doce que eu conseguia. E apesar da minha voz transbordar em doçura, as minhas palavras pesavam em dureza e frieza. Para ele, eram ousadas demais. Eu sabia disso mas não podia recuar, se não, perderia o controle da minha vida.

- O que você disse? - O tom da sua voz aumentou ainda mais. - Eu sou o seu pai Liana! Você me deve obediência! - gritou.

- A escravidão passou pai, e por mais que ainda exista em alguns lugares...eu não sou sua escrava para que você decida o que eu devo falar ou fazer... - O encarei séria.

- VOCÊ ME DEVE RESPEITO SUA INGRATA! EU LHE DEI TUDO. - berrou, pulei na cadeira com o susto da sua voz grossa e raivosa martelando na minha cabeça.

- O senhor não me deu nada, muito pelo contrário, me tirou. Me tirou a minha infância, me tirou a minha mãe, e agora quer me tirar a minha liberdade. Desculpe, ela nunca vai estar a venda. É minha. Não vou deixar que tire mais nada meu. E se quer respeito tanto assim, é melhor me respeitar para merecer ser respeitado também. Respeito vai para ambos os lados. - Os olhos dele se tornaram um misto assustador e sombrio de fogo e gelo prestes a entrar em colisão. Ele começou a caminhar na direção da mesa, sua mão atirou a garrafa de bebida na parede fazendo-a se quebrar em milhares de pedaços.

Me levantei assustada e recuando, a cadeira caiu com a força que eu usei para me levantar.

- EU VOU TE ENSINAR A ME RESPEITAR SUA VADIA! - Com medo, me afastei ainda mais da mesa. A mão dele começou a tirar o cinto da calça e o meu coração começou a bater forte e rápido contra o peito. Ele nunca havia me batido. Ele nunca tinha agido assim comigo.

- E eu vou ter que que levar o senhor para a prisão caso encoste um dedo no meu corpo. Eu cresci pai, posso não deixar o senhor e essa casa, mas não vou permitir que me trate assim, muito menos que me bata. - Ele parou de andar com o cinto na mão e o punho fechado na outra, sua respiração era curta e pesada. Havia ódio no olhar que ele me lançou antes de perceber que devia mesmo que a contragosto, parar.

- Você não passa de uma cachorra, que nem a sua mãe. - Ele se virou, encarou o bolo, sua mão passou pela base de cristal, o bolo e a base foram parar longe e eu gritei em desespero pelo o que estava acontecendo bem diante dos meus olhos. A base quebrou, cristal, pedaços de bolo, calda e recheio se espalharam pelo chão da cozinha assim como o meu coração.

- Agora, come. - Ele passou o cinto pela calça, cuspiu no chão e saiu da cozinha.

As primeiras lágrimas escorreram com o som do relógio indicando que era meia noite. As demais desceram como uma cachoeira.

- Parabéns para você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Parabéns para você, Liana... - Cantei para eu mesma, soluçando logo em seguida a caminho do chão.

Suspirei alto jogando a cabeça para trás.

Por que eu ainda estou aqui?

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