Um Problema Perfeito -Livro 3...

بواسطة readlissa

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"Preciso me afastar mesmo que todo meu interior grite para eu ficar" LIVRO 3 // Da SÉRIE: Babacas de terno. E... المزيد

Um Problema Perfeito
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Epílogo

59° capítulo

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بواسطة readlissa

Emily

- Não estou com uma sensação boa -falei.

- Está com vontade de ir ao banheiro?

Olhei para ele com uma cara de tédio.

- Ta palhação hein, Ross -falei e ele riu de mim.

No momento estávamos em seu carro indo direto para o casamento do meu irmão Elias, era sábado à noite e não tinham estrelas no céu apenas uma lua na fase minguante.

Os dias se passaram rápido desde da minha reconciliação com Peter e puta merda que reconciliação, foi o melhor orgasmo da minha vida.

Passamos o dia de ação de graças todos juntos e agradecemos, foi algo divertido e relaxante estar na presença de quem eu amo. Não passei com a minha família como da última vez mas prometi recompensar depois, só não sei como e sinceramente não quero.

Amanhã eu iria conhecer minha sogra, Abigail Ricci, Peter me disse que ela é uma pessoa fácil de conversar e bem divertida. Ótimo, pelo menos vou ter alguém divertido para conversar além dessa chatice aqui do meu lado.

- Estou falando desse casamento -digo e ele concorda- Espero que nada de ruim aconteça.

- Sua cunhada me odeia e seu pai é escroto -ele me encarou- Com todo o respeito.

- Tudo bem, eu não ligo -falei.

- Não esqueça da menininha virgem que você quase dorme -digo e ele revira os olhos.

- Você não vai esquecer isso não?

- Meio difícil né, meu amor? -meu deboche bateu no seu peito e ele devolveu com uma cara de tédio.

- A noite pode ser boa ou desastrosa -ele completa a ideia inicial- No primeiro deslize a gente vai embora.

- Fechado -falei e ele tirou a mão direita do volante e bateu na minha.

Olhei para o meu vestido elegante e suspirei, não vou dizer os detalhes porque estou nervosa demais para fazer isso. Mas ele é de um cor vinho muito bonito, Peter o comprou para mim a alguns dias atrás.

E a gravata que ele está usando agora eu que comprei, aparentemente ele não tinha uma gravata da cor vinho. Bom, agora ele tem.

Demorou alguns minutos até chegar no endereço da casa, ela não era uma mansão nem nada como por um minuto pensei que seria. Mas era um casa muito bonita por fora e me parecia ser aconchegante por dentro.

Pan estacionou o carro do outro lado da rua e nós descemos do mesmo caminhando para a casa, demos nossos nomes ao carinha que tinha uma lista e Peter revirou os olhos.

- Ta vendo, bonitão? -ele me encarou- Seu nome não está na lista de todos os lugares.

- Quietinha, Brooks -ele disse e eu o olhei feio.

Peter riu colocando o braço em volta do meu pescoço e me puxou para ele enquanto caminhamos para o jardim onde o casamento aconteceria.

Beijei seus lábios rapidamente quando levantei o rosto para encara-lo e ele se aproximou para tal ato.

Chegamos no jardim que tinha um grande altar e cadeiras em volta do grande tapete vermelho, pessoas estavam de pé perto disso bebendo champanhe, whisky, vinho, sabe-se lá o que mais.

Todos vestidos muito bem e prontos para conversar sobre medicina e hospitais, sei que metade dessas pessoas são médicas e o resto são as esposas que apoiam o marido na carreira e depois os mesmos as traem com as enfermeiras.

Não estou exagerando, todos os nosso conhecidos são exatamente assim mas todos passam pano e são cegos em relação a isso.

- Emily!

Me virei vendo minha mãe com um grande sorriso, ela veio até nós dois e nos abraçou ao mesmo tempo.

- Oi, mãe -falei.

- Vocês estão lindos, estão até combinando.

Peter sorriu de lado mexendo na gravata, ele pareceu animado com aquilo. Louco.

- É verdade! -Peter falou e eu olhei para ele.

- É sério que você percebeu isso só agora? -Perguntei.

- Sim, estava ocupado demais vendo os detalhes desse vestido no seu corpo -ele diz e eu arregalo os olhos, apontei para a minha mãe com a cabeça e Peter deu um sorriso sem graça.

- O tecido é muito bom -ele diz para ela que levanta uma sobrancelha.

- É sim -ela diz e ri em seguida.

- Elias está em algum lugar, vamos procura-lo?

Peter e eu concordamos.

Saímos a procura do meu irmão enquanto eu analisava o lugar que tinha um ar delicado e romântico com todas as cadeiras posicionadas na grama e grandes refletores para ajudar iluminar.

- Elias -minha mãe chamou por ele que estava em uma roda conversando com algumas pessoas, meu pai estava lá também.

Elias veio até nós e me deu abraço apertado quase me tirando do chão.

- Emily -ele disse e beijou meu rosto.

- Oi, Elias -falei o abraçando de volta.

Nos afastamos vendo ele cumprimentar Peter em seguida com um aperto de mãos, meu irmão usava um lindo terno cinza com uma pequena flor vermelha no bolso.

- Obrigado por virem -ele diz e nós concordamos.

- E não é que eles vieram mesmo -me segurei para não revirar os olhos.

Jack apareceu ao nosso lado com um sorriso pequeno no rosto, ele apertou a mão de Peter rapidamente que não fez questão de fingir carisma.

- Sr. Brooks -Peter o cumprimenta.

- Ross -ele disse- Que bom ver você de novo, rapaz.

Olhei para ele com uma sobrancelha erguida, essa educação toda é por conta de estar rodeado de pessoas do seu ramo de trabalho. Creio que ele precisa fingir ter uma relação normal em família.

- Emily -ele diz e olha para mim.

Acenei com um sorriso minúsculo, não sou obrigada a contribuir para o seu teatro familiar.

- O casamento começara em breve -Elias diz cortando o clima ruim- Podem tomar seus assentos.

Peter pegou na minha mão e nos tirou de lá rapidamente, andamos para as cadeiras que iam sendo ocupadas pelas pessoas.

- Ei!

Olhamos para o lado assim que nos sentamos.

- Eu lembro de você -uma mulher diz apontando para Peter.

- Você deve ser Emily, sou Kara a irmã da noiva -ela diz e estende a mão para mim.

Olhei para Peter que piscou algumas vezes, foquei nela novamente e apertei sua mão. Ela realmente parece uma mulher muito mais velha como Peter havia dito.

- E aí? -falei e ela sorriu.

- Desculpe por tudo aquilo em São Francisco -ela diz e eu cruzo os braços- Eu estava furiosa e fora de mim, mas já está tudo resolvido agora.

- Está tudo bem -Peter disse.

- Kara -ouvimos um homem se aproximar dela com uma aparência mais jovem, ele não parecia ter mais de 20 anos.

Ele tocou na cintura dela e ela se despediu dando um tchau com a mão, os dois se foram depois e eu olhei para Pan.

- Acho que aquele é o namorado -ele diz e eu concordo.

- Acho que agora eles já transam -falo e o casal de idosos que estavam ao lado de Peter me olharam como se eu tivesse uma terceira cabeça.

Ignorei aquilo e nos focamos no som da marcha nupcial que apareceu, todos levantaram vendo a noiva aparecer em um vestido não muito volumoso mas extremamente bonito e delicado.

Ela andou pelo tapete vermelho acompanhada provavelmente do pai e rápido o padre já estava dando início a cerimônia.

(...)

- Então você é bilionário, legal.

Eu já perdi as contas de quantas vezes eu já escutei essa frase só está noite, meu pai aparentemente estava muito focado em dizer a todos que Peter é um bilionário.

Eu já estava ficando sem paciência.

- Sabe, os hospitais estão em péssimas condições. Médicos estão sem equipamentos necessários e muita das vezes temos que comer com enfermeiros -ele sussurra a última parte e eu faço uma cara de tédio.

- Qual o problema de fazer isso? -Pergunto ao engomadinho a minha frente.

- Não gostamos de misturar as coisas no hospital -ele diz, seu cabelo era castanho assim como seus olhos.

- Pensei que todos estivessem ali com um só propósito de salvar e ajudar pessoas -digo e ele dá um sorriso sem graça.

Idiota.

- Pensei que estivesse trabalhando, doutora Brooks. Seu pai disse que tinha voltado de uma viagem recentemente depois de cuidar de algumas pessoas doentes em países mais pobres.

O que caralho esse cara estava dizendo?

- Como é? -Perguntei.

Peter pegou no meu braço vendo que eu estava me alterando.

- Você é médica, não? Em nome de todos presentes agradecemos o seu trabalho, pretende se juntar a nós no hospital? Acho que seu pai consegue uma vaga...

- Escute aqui -o interrompi- Não sou médica e se fosse jamais seria como essas pessoas que estão aqui, mesquinhas e arrogantes.

Ele me encarou surpreso.
Provavelmente todos aqui tem esse pensamento, que ódio!

- Sou estilista e trabalho com ele -apontei para Peter- Jack Brooks mentiu bem na cara de vocês e foram burros o suficiente para acreditar.

Minha voz estava saindo mais alta do que o esperado, meu sangue fervia por ele ter feito isso. Meu pai sempre acha um jeito de me impressionar e me deixar mais na lama, mas não dessa vez.

- Ele não me aceita na família perfeita dele porque não sou como vocês -abri os braços- A visão de médico perfeito que vocês tem dele...não existe.

Olhei em volta encontrando o olhar de Jack completamente furioso, ele parecia transbordar raiva.

- Parabéns, papai -dei um sorriso sem humor- Conseguiu o que queria.

Entreguei a taça para o homem a minha frente e me virei saindo de lá pisando duro, Marie parecia tão confusa mas quando uma mulher cochichou no ouvido dela ela entendeu, Marie me olhou meio atônita e depois olhou para o marido.

Olhei para Elias e pedi desculpas fazendo um movimento com a boca sem emitir som, ele apenas concordou me dando um sorriso encorajador.

Ouvi passos atrás de mim e eu sabia que era Peter, andamos pelo jardim deixando os convidados para trás. Passamos pelo portão chegando na calçada apenas para ele pegar no meu braço me virando.

- O quê? -perguntei irritada e ele me abraçou.

- Peter, me solta! -digo mas ele continua me abraçando.

Ele me apertou mais e eu acabei o abraçando de volta, ele alisou meu cabelo e eu mandei a vontade de chorar ir embora.

Meu coração batia rápido e eu suspirei com a cabeça apoiada no seu ombro, seus braços faziam eu me sentir bem.

- Emily!

Nos afastamos quando vimos Jack e Marie se aproximando, os dois passaram pelo portão e meu pai andou até mim furioso.

- Sua idiota -ele agarrou meu braço com ódio nos olhos.

Marie o puxou para trás depois que eu me soltei do seu aperto.

- Você que é um idiota! Como pôde fazer uma coisa dessas? Humilhar sua filha como se ela fosse um nada -empurrei seu peito- Qual o seu problema!? Eu nunca fiz nada para você.

- Cala a boca -ele gritou- Você é um estorvo completo! Você me envergonha até no próprio casamento do seu irmão, contei aquilo para você não passar vergonha com essa sua profissão de merda.

Minha cabeça parecia que ia explodir.

- Que se foda você e essa sua carreira de médico! -falei o que estava entalado a anos.

No segundo seguinte eu senti o tapa que foi dado no meu rosto e o gritinho de susto da minha mãe, meu rosto estava virado para o lado e minha bochecha direita ardia e muito.

Respirei com dificuldade e senti mãos no meu rosto, lágrimas rolavam por ele. Eu estava com medo e atormentada.

Peter levantou meu rosto para encara-lo, ele analisou minha bochecha e apertou o maxilar.

- Você merecia esse e muito mais! -Jack gritou novamente.

Peter me soltou apenas para se virar e fechar o punho acertando em cheio o rosto do meu pai, ouvi o barulho de algo se quebrando e depois vi Jack dando passos para trás caindo no chão com a mão no nariz, Peter estava com sangue nos olhos e foi a primeira vez que o vi assim.

- Jack -Marie gritou e depois olhou para mim.

- Você merece esse e muito mais, seu filha da puta -Ele disse irritado para meu pai que cuspiu sangue.

- Eu vou acabar com você -Ele diz para Peter.

- Se você encostar nela novamente eu juro que jogo você na cadeia e irei me certificar  que não saia dela até o último dia da sua vida escrota -ele diz e Jack passou a costa da mão no rosto.

Peter pegou na minha mão e eu olhei para a minha mãe que deu um sorriso pequeno balançando a cabeça, Peter e eu saímos da calçada correndo para o carro.

Entramos no mesmo e eu abaixei a janela mostrando meu dedo do meio para ele que se levantava do chão.

- Vai para o inferno -gritei da janela e se ele pudesse me mataria com um olhar.

Me ajeitei no banco e olhei para Peter que deu partida no carro acelerando o motor de propósito, saímos dali rapidamente.

Ele e eu estávamos ofegantes e eu sorri em seguida.

- Você está bem? -Perguntou.

- Sim -fui sincera- Eu estou.

Cada nervo do meu corpo estava acordado.

- O que quer fazer agora? -ele perguntou.

Respirei fundo.

- Beber -falei- A ponto de ficar bêbada.

Peter deu um sorriso e concordou, estava me sentindo a Bonnie e o Clyde no momento.

Eu deveria estar mal pelo tapa mas estranhamente eu não estava, eu estava bem por falar o que realmente sentia sobre sua carreira de médico e toda essa merda. E também pelo belo soco que ele levou, ri alto quando lembrei.

Eu não podia estar melhor.

×××

E o tão sonhado soco na cara de Jack Brooks chegou! Graças a Deus né minha filha? O cara disse para todos que a filha era médica para ele não passar vergonha! Ridículo! Será que é só isso ou tem algo por trás? Hum...

Comente e vote, capítulo novo amanhã ❤️.

Sobre o novo livro que estou escrevendo em parceria, ele está na minha lista de leituras. Só ir no meu perfil.

Até amanhã, babys.

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