Nada além do amor - Corações...

Da jullieliebe

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E eu fiquei quietinha, te esperando, rezando pra você ver que amor maior não tem. - Tati Bernardi. Altro

Notas da autora.
1° Capítulo
2° capítulo

3°capítulo.

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Da jullieliebe

Boa tarde, amores. Peço desculpas pela demora, mas essa web só começará de vez quando a outra acabar. Está por pouco. Espero que gostem dessa também. Bom, para quem disse que está igual do orkut, acho que está enganado, porque eu mudei completamente. E para quem não gostou da nova versão, eu sinto muito. Não esqueçam de votar e comentar. Fiquem com Deus, beijos ♥

Arthur narrando:

Levei a Wanessa até a porta e nos despedimos com um beijo rápido. Assim que voltei para dentro de casa, meu pai me encarava sério, como quem fosse me matar a qualquer momento. Até pensei em dizer que eu já estava morto somente por ter visto a fisionomia da loirinha encarando a Wan, mas isso seria denunciar demais o que eu sentia, então resolvi receber um sermão calado.

Meu pai ficou cerca de quinze minutos repetindo as mesmas coisas. Coisas até que eu já sabia, mas ele fez questão de repetir, como se quisesse prender as palavras em minha memória. Disse que não era para levar nenhuma garota em minha casa, que minha mãe detestava quando isso acontecia, e que eu iria aguentar as broncas dela também, pois ela desconfiava que tinha mulher comigo no quarto. Ainda me recriminou por eu ter bebido e pegar o carro, mas isso eu ouvia todos os finais de semanas, mas não deixava de fazer.

Depois que o sermão finalmente acabou, meu pai subiu para o seu quarto e eu fiquei ali na sala feito um pateta, pensando na Mari. Estava ainda tentando adivinhar o que ela tinha pensado no momento em que me viu com a garota. Sua expressão foi tão indecifrável, que eu desejei ler seus pensamentos. Pena que não era possível. Muita pena.

As horas passaram e eu ainda ali, pensando. Fundindo minha cabeça em pensamentos. Um mais destruidor que o outro. Eu queria acreditar que a fisionomia da Marina fosse de ciúmes, porque realmente em um momento, pareceu. Mas, ao mesmo tempo, sabia que isso jamais poderia ser possível. Marina me conhecia, sabia como eu era, meu gênio, temperamento e caráter. Seria tecnicamente impossível se apaixonar por mim, me conhecendo tão bem quanto conhecia. Isso realmente só poderia ser coisa da minha cabeça.

Meus pensamentos foram interrompidos quando a porta da sala se abriu lentamente. Engoli em seco ao sentir o aroma do perfume que emanou por aquele lugar. Não era qualquer aroma, não era qualquer pessoa. Era a minha menina. Mesmo sem vê-la eu sabia que era ela.

Virei-me em direção à porta e a vi entrando com algumas sacolas pesadas de supermercado. Levantei-me rapidamente e andei em sua direção, quase sem nem perceber. Meus pés pareciam se mover sozinhos. Marina me chamava mesmo sem dizer absolutamente nada. Eu estava deslumbrado. Ainda mais apaixonado só de vê-la entrar pela porta da minha casa.

Peguei as sacolas de suas mãos, fazendo-a levar um leve susto. Sorriu, e posso dizer que meu dia se iluminou ainda mais. Mesmo se o tempo estivesse fechado, com certeza naquele momento eu enxergaria um sol enorme diante dos meus olhos. Forcei-me imensamente para poder retribuiu, para que ela não percebesse o quão fiquei embasbacado. Me direcionei à cozinha, e ouvi seus passos atrás de mim.

— Minha mãe está na sua casa? — perguntei ainda de costas. Coloquei as sacolas sobre a mesa e me virei em sua direção. Marina fez o mesmo que eu; Subiu seus olhos até mim e sorriu novamente.

Posso conviver com isso. Posso conviver com seu sorriso ao me olhar, pelo resto da minha vida.

— Chegou agora com a minha mãe. Elas vão tentar fazer um bolo sorvete que viram na internet — revirou os olhos.

Me perdi novamente. Aliás, eu me perdia em cada expressão sua. Me perguntava qual o limite que uma pessoa poderia chegar em uma paixão. Aliás, tem limite para o amor? Ou o sentimento é infinito como números?

— A madrinha e minha mãe são malucas — imitei seu ato e revirei os olhos — E então, você... — eu queria puxar assunto, mas não sabia como. Não sabia muito bem o que falar. Apesar de sermos amigos, Marina tinha esse dom de me deixar embaraçado com sua presença. De me deixar completamente tímido.

— Eu? — Marina olhou para as sacolas e as abriu. Imaginei que fosse talvez, para fugir do clima estranho que se formou. Acho que havia ficado sem jeito assim como eu.

Engoli em seco. Não sabia o que dizer, apenas queria escutar sua voz. Quase não nos víamos em dia de semana por causa de seu tempo curto. Eu tinha que aproveitar esses pequenos encontros em família ou nos finais de semanas que era quase certeza que pelo menos um oi nos daríamos. Porque às vezes ela estava pronta para sair.

— Quando é a apresentação de vocês? — respirei aliviado ao conseguir perguntar alguma coisa que me fizesse me sentir menos patético do que me sentia.

Marina tirou algumas coisas da sacola e guardou as que sabia onde era. Fiquei ali somente observando-a de longe. Vou ser sincero, minha era puxá-la pelo braço e fazê-la minha ali. Colar nossos lábios e me perder o resto da tarde com ela, mas me segurei. Não queria arriscar perder sua amizade. Perder o contato que ainda tínhamos.

— Mês que vêm. Se passarmos, iremos para Paris ou Alemanha — ela se deslumbrava ao falar de suas competições. Parecia uma menina encantada por seu príncipe. Seus olhos brilhavam tanto, que só me fazia querer viver. Achar graça na vida.

— Posso ir? — perguntei. Marina olhou para mim novamente e ergueu as sobrancelhas.

— Claro que sim! — afirmou convicta — Mas, dessa vez você vai?

Na verdade todos sempre iam. Éramos como uma verdadeira família, onde ia um, íamos todos. Porém tinha vezes que eu não conseguia ir. Eu travava, parecia um idiota. Era agoniante vê-la nos braços de outro, perceber que pode ser feliz ou sorrir com outra pessoa. Eu queria fazê-la feliz, somente eu. Sentia um ciúmes imenso toda vez que assistia uma apresentação sua, então algumas vezes preferia não ir.

Sua última apresentação foi na Bahia. Infelizmente fui um idiota, e acabei perdendo a hora e dando a entender que eu não queria ir. Havia chegado muito tarde da balada, e acabei fazendo besteira. Quando me mostraram o vídeo, eu não sabia se sorria ao vê-la tão maravilhosa no palco, ou se chorava por ver sua carinha de decepção ao perguntar à minha mãe onde eu estava. Ela tinha ido antes com a turma da Dancing, e eu idiota prometi que iria, mas não fui. Imbecil.

— Onde vai ser?

— Santa Catarina — mordeu o lábio — Eu... Eu queria que você fosse, Tato.

Marina não me olhava ao me dizer aquelas palavras. Vi seu rosto se ruborizar, e acho que fiquei da mesma forma, pois sentia minhas bochechas pegarem fogo. Aproximei-me dela e toquei sua mão que estava em cima da mesa. Aproximei meu rosto de sua orelha e dei um beijinho abaixo dela.

— Prometo que vou, menininha. Prometo que dessa vez eu vou — beijei novamente sua orelha. Escorreguei meus lábios até seu pescoço, beijando toda sua extensão até o ombro. Coloquei minha mão esquerda em sua cintura e apertei levemente, fazendo-a grunhir. Nina colocou sua cabeça para o lado direito, deixando seu pescoço mais acessível à mim. Beijei novamente e soltei minha respiração, levando-a a se arrepiar.

— Tato... — sussurrou. Eu não queria ouvir. Tinha medo que ela me pedisse para parar, ou nos afastasse.

Porém, antes que pudesse responder ao seu chamado, ouvimos a porta da sala bater, seguido por risadas. Nos afastamos abruptamente e eu caminhei novamente até perto do balcão, tentando controlar minha respiração.

Eram o Miguel e a Luana, minha prima. O pior é que Nina, apesar de ser sempre meiga e carinhosa, uma menina que evitava brigas e desavenças, não se dava muito bem com Luana e vice-e-versa. O clima sempre ficava estranho quando as duas ficavam juntas no mesmo lugar. Nunca entendi muito bem o motivo, mas, como o coração é bobo, torcia que fosse por ciúmes, por já ter ficado com a Luana, e por ela sempre dar em cima de mim quando nos víamos. Eu sempre tentava pensar por esse lado. Me sentia melhor, imaginando que minha menina retribuía meu sentimento.

Para disfarçar, Nina ajudou minha mãe e madrinha guardar as coisas, como se nada tivesse acontecido. Bom, mulher é fácil disfarçar se seu corpo reage de maneira mais encalorada, agora nós homens? Sofremos muito. Tive que correr para o quarto tentando esfriar minha cabeça. Olhei pela janela e olhei os carros, olhei a casa de frente, que era da Nina, olhei para a do lado que era da dona Mercedes, olhei para os prédios... Olhei tudo e ainda assim meu membro pulsava. Eu queria sentir seu calor, seu toque, seus beijos. A minha vida inteira sonhei com isso, mas eu tinha plena consciência que não iria passar disso. Ter Marina em minha vida, só em minha imaginação realmente.

Sentei em minha cama e fiquei olhando uma foto nossa quando éramos pequenos, que eu mantinha na mesinha do computador. Tudo bem que Miguel e Luana também apareciam ali, mas eu sempre focava em nós dois abraçados. Esquecia os dois, a foto era somente nossa em minha mente. Olhei, e senti meu coração se aquecer, fazendo meus hormônios serem controlados. Respirei fundo, mas não deu para minha tranquilidade permanecer por muito tempo, pois a porta se abriu, e Luana entrou para tirar a minha paciência.

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