Pov Murilo
Eu queria impressionar a Thaís, afinal vi que ela e o Sávio se dando bem, eu precisava fazer algo. Eu fiz... DEU MUITO ERRADO.
Ontem quando a Thaís deu a ideia de virmos para praia eu na hora pensei em trazer minha prancha e eu trouxe:
-Com licença meninas! -Falo passando em cima da prancha ao lado de Thaís, ela estava junto com a Dani e a Paloma.
-Cuidado se afogar! -Dani disse.
-Coitada! -Digo debochado. -Thaís você tá bem?
-Hhm? Falou comigo? -Ela pergunta confusa.
-Sim! Eu perguntei se você está bem! -Digo e ela concorda com a cabeça saindo da água.
Bom continuei com meu plano, fora da areia seria mais fácil para ela ver eu dando de paulista surfista.
Pov Thaís
O Murilo ficou fazendo graça lá no fundo, me surpreende ele ter consigo fazer algo, essa praia é muito calma, mas para sorte dele hoje o mar tava um pouco mais bravo, eu já subi numa prancha, meu máximo era ir remando com o braço até certo ponto, mas não nego que gosto de uma prancha Stand Up, tanto que tenho uma, como aqui não tem muita onda é fácil, então resolvo pegá-la e entrar no mar, fomos eu e a Paloma. As crianças queriam ir comigo, mas como eu nasci aqui e a Paloma nada bem, mesmo o mar agitado resolvemos arriscar. Brincando com o perigo. Eu fui para ter uma vista melhor do Murilo, já a Paloma foi até certo ponto comigo e começou a mergulhar só com um oculos, mas ela levou um reserva. Nossa como está segura com um segundo óculos.
De tudo que poderia acontecer eu nunca imaginei isso, estava voltando para praia e Paloma estava na água mergulhando, quando dei uma breve olhadinha para trás, para ver o Murilo, eu me arrepiei ao vê-lo cair da prancha e não subir de novo, entrei em panico e os outros também pois escutava seus gritos. Devia estar a uns 10 metros da prancha dele, pulei na água e aproveitei para pegar o outro óculos de mergulho que estava na minha prancha e nadei até a prancha do Murilo. Eu estava com muito medo de perde-lo, pois não o achava, não conseguia descer até o fundo pois perdia o ar. Eu sentia aquela pressão da água, o medo de não achar ele, tudo isso me deixava preocupa.
Respirei fundo desci o máximo possível, já estava ficando sem oxigênio de novo, mas o enxerguei, mesmo quase perdendo o últimos suspiros de meus pulmões, agarrei-o em um de meus braços e voltei a superfície dando graças a deus por encontrá-lo. O coloquei na prancha e quase sem forças nadei até a areia:
-Murilo, ele não está respirando e o coração não ta batendo. -Digo desesperada ao checar sua respiração e pulsação.
Inclinei a cabeça de Murilo para trás e levantei seu queixo, apertei seu nariz e conectei nossas bocas tentando passar ar para seus pulmões. Ele não reagiu então comecei uma massagem cardíaca e alternava junto a respiração boca a boca:
-Ele não está reagindo! -Gaby disse e essas palavras me deixaram assustada, não posso perder o Murilo, não posso.
-Por favor reage, Murilo, anda respira! -Digo quase chorando.
Ouvi sua tosse enquanto pressionava seu tórax, em seguida ele começou a reagir, respirar por si só, e expelir parte da água que havia engolido:
-Obrigada senhor! -Digo saindo de cima de Murilo e deitando ao seu lado na areia, estou aliviada por ele estar bem, não sei o que seria sem ele.
-O que aconteceu? -Murilo diz com dificuldade e se sentando na areia. Me levantei sentando-me ao seu lado e respondo:
-Você se afogou! -Digo respirando fundo por causa do susto.
-É! E a Thaís te salvou! -Emílio completa.
-Obrigado! -Ele disse.
Pov Murilo
OBRIGADO! Foi tudo que consegui dizer para a mulher da minha vida que também salvou a mesma.
Depois de comer algo e trocar de roupa, todos vieram perguntar se eu estava bem, aí sim, depois disso consegui ir atrás da Thaís, mas ela havia sumido, ninguém sabia dela.
Acordamos no outro dia bem cedo e fomos embora.