RESGATE PELA GRAÇA (Físico Di...

Autorstwa JozyRibeiro6

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🖤 CAPÍTULOS DEGUSTAÇÃO🖤 Janie Drumond tinha uma família perfeita. Mas tudo muda quando seu marido Allan pas... Więcej

Livro físico 📚
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CAPÍTULO I
CAPÍTULO I (Parte 2)
CAPÍTULO III

CAPÍTULO II

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Autorstwa JozyRibeiro6

Janie estava sentada na sala de espera, quando o médico entrou. Era um homem de meia idade, doutor Jorge Vasconcellos, atendia seus filhos desde que eram bebê, tanto Liah quanto Caleb, ele se tratava de um dos melhores médicos da cidade. Ao vê-lo, Janie se levantou ansiosa por notícias.

— A menina passa bem. Nós já demos a medicação necessária e daqui a poucas horas ela poderá ir para casa — ele disse em um tom bastante profissional.

— Graças a Deus, Dr. Jorge! — ela disse aliviada.

Aquelas duas horas pareciam uma eternidade, Janie viu sua filha desfalecendo em seus braços e se recordava o tempo todo de sua conversa com a pequena sobre seu desejo de ir morar com Deus. Ela sabia que tudo não passava de coincidência, mas era o suficiente para que se preocupasse. Janie tinha sentido muita angústia na última noite, era como se pressentisse que algo ruim fosse acontecer, mas agora se sentia mais tranquila porque estava tudo bem, pelo menos com Liah.

Naquela tarde Viviam insistiu almoçar com Allan, ele não sabia mais como fugir daquela mulher, Vivian era insistente e por mais que Allan desejasse manter distância, ficava cada vez mais difícil. Ao retornarem, encontraram com Thomas no corredor. Ele encarou o casal bastante desconfiado por vê-los chegando juntos, mas disfarçou continuando com suas brincadeiras rotineiras.

— Maninha, não acompanhe Allan no almoço, ele tem boas referências gastronômicas e você vai acabar ganhando alguns quilos a mais.

— Você está cheio de gracinhas, acredito que a lua de mel foi compensatória, maninho! — Vivian respondeu maliciosamente.

— Ô! — Thomas apenas exclamou em concordância com a fala de sua irmã.

Vivian tomou o seu lugar em sua mesa para voltar ao trabalho. Tinha muito que fazer naquele dia. A sala de Allan ficava logo atrás. Ele entrou e começou a conferir seus e-mails e mensagens de whatsapp, o primeiro da lista era de Vivian, ela havia mandado uma foto que conseguiu tirar ao seu lado no restaurante. Também enviou uma mensagem lhe convidando para saírem a noite.

— Preciso dizer para Vivian parar com isso, droga — ele esbravejou baixinho.

Havia saído com ela duas vezes, e em uma delas haviam se relacionado intimamente, confessava que não se sentia bem por isso. Sua vida se tornou um inferno, não tinha mais coragem de encarar a família por se sentir um maldito adúltero.

Antes de procurá-la ele excluiu tudo. Depois se levantou e foi até ela a fim de chamar sua atenção, mas foi impedido pela entrada de Thomas no seu escritório. Ele inclinou o corpo para dentro apoiando-se na porta de vidro confortavelmente.

— Esqueci-me de lhe perguntar sobre Liah, ela está melhor? — Thomas perguntou inocentemente.

Do lado de fora Vivian ouviu a conversa com um semblante assustado e furiosa por seu irmão soltar a língua. Ela jogou uma pasta no chão propositalmente a fim de chamar atenção de Thomas que olhou imediatamente e Vivian lhe fez uma careta deixando ele confuso.

— O que aconteceu com Liah? — Allan perguntou preocupado.

Thomas percebeu que ele não estava sabendo de nada. Provavelmente Vivian tinha algo a ver com isso, pela sua reação tão inesperada, então, ficou dividido, sabia do caso de Allan com sua irmã, Vivian já havia lhe confidenciado Allan, no entanto permanecia discreto quanto à este assunto e Thomas preferia ficar neutro. Mas se Allan não estava sabendo de nada sobre a saúde de sua filha agora ele teria que contar tudo, pois já tinha começado.

— Ellen me ligou. Ela disse que Liah havia passado muito mal e Janie precisou levá-la para o hospital.

Allan ficou perplexo. Imediatamente saiu de sua sala desconfiado e chamou Vivian.

— Minha esposa ligou ou deixou algum recado? — Seu tom era áspero.

Antes de responder Vivian abaixou a cabeça sem conseguir encará-lo e Thomas ficou constrangido com a situação, no entanto permaneceu quieto.

— Sim, ela ligou mais cedo. Pediu para deixar o recado de que levaria sua filha ao médico.

— E como você não me avisou isso? — Allan ficava mais nervoso a cada minuto.

— Eu pensei que... Fosse apenas uma consulta de rotina — ela mentiu.

Allan desconfiou de que aquele papinho se tratava na verdade de uma desculpa.

— Depois conversamos sobre isso, Vivian — ele disse em um tom zangado.

— Não fiz de propósito, se é isso que você está pensando — ela murmurou se fazendo de ofendida.

Ele apenas a olhou desacreditado.

— Eu já lhe disse. Depois conversamos sobre isso, agora não! — Allan usou de um tom de voz seco enquanto virou as costas para ela lhe deixando nitidamente indignada.

Vivian olhou para seu irmão como se o repreendesse, Thomas, no entanto deu de ombros, pois havia agido inocentemente então preferiu seguir para sua sala.

Após alguns minutos Allan saiu de sua sala com sua pasta em mãos com uma expressão insatisfeita e anunciou:

— Cancele todos os meus compromissos da tarde. Estou indo para casa e não retorno.

Vivian o fuzilou com o olhar.

Ele não podia ir para casa, tinha muito trabalho e ela acreditava que ele estava fazendo drama, pois provavelmente a "pirralha" da filha dele já estava bem.

— Mas, Allan...

— Por favor, agora não e nem aqui!

Viviam quase perdeu o fôlego com toda raiva que sentiu, mas sabia que ele estava certo precisava ser mais discreta, por isso se conteve.

— Vai me ligar mais tarde? — Ela fez um charminho para ver se o comovia.

Mas ele não respondeu e saiu sem olhar para trás.

*

Janie estava sentada no sofá lendo um livro do autor Augusto Cury, que era seu escritor favorito.

Aquele fim de tarde estava tranquilo, depois do susto que havia passado com Liah conseguiu voltar para casa e descansar. A menina passava muito bem, estava na sala assistindo um filme. Caleb havia saído para encontrar alguns colegas da escola, o que deixou Janie aliviada, pois ele não tinha muitos amigos. Caleb era o tipo de jovem que não se enturmava, e aquela saída era uma novidade para ela.

Janie permaneceu distraída em um capítulo importante quando percebeu que alguém havia aberto a porta da garagem e ao ver que era Allan, se surpreendeu. A pequena Liah passou correndo por ela ao ver seu pai. Allan a recebeu na porta com seus braços abertos mostrando o quanto estava preocupado com sua filha. Janie se levantou e colocou seus óculos na mesa de centro e logo depois caminhou até a porta para recebê-lo. Apenas se se encostou à porta cruzando suas pernas afim de sustentar o peso do seu corpo assistindo aquela cena tão paternal que há muitos dias ela não via.

— Minha filha, como você está? Papai estava muito preocupado com você.
— Ele se abaixou para beijar e abraçar a menina.

— Papai, a enfermeira furou o meu braço, para colocar remédio. Doeu, mas eu me comportei, não chorei porque sou muito forte! — a menina disse entusiasmada mostrando o pequeno curativo no braço onde as enfermeiras haviam furado para colocar soro.

— Agora está tudo bem — Janie disse secamente interrompendo-os.

Allan se levantou e encarou a esposa com um semblante entristecido como se quisesse pedir desculpas. Houve um longo silêncio entre eles até que Janie resolveu continuar:

— Eu te liguei varias vezes e mandei mensagens e deixei recado com Vivian sua secretária. — Seu tom de voz era tranquilo, porém cheio de cobrança.

Ela se referia à secretária de Allan. Janie já conhecia bem, era irmã de Thomas e com o casamento se viram com frequência. Ellen falava muitas coisas boas sobre a cunhada, de como ela era bonita, elegante, extrovertida e entre outras qualidades. Para Janie era uma pessoa normal, eficiente, pois já que estava trabalhando com seu marido a três meses, do contrário ele a teria demitido, Allan odiava pessoas ineficientes.

— Eu tive uma manhã muito cheia e ao invés de ligar de volta, resolvi vir para casa ficar com vocês.

— Papai, você vai ficar comigo?

— Sim, minha princesa, o papai tirou á tarde inteira de folga pra você! — ele disse segurando a menina no colo.

Liah estava radiante de alegria. Janie, no entanto, ficou tão surpresa quanto à menina. Há muito tempo Allan não se ausentava do trabalho por causa dos filhos, sentiu uma ponta de esperança, talvez fosse resposta de seus pedidos a Deus.

— Papai, você vai assistir filme comigo?

— Claro, meu amor, eu estou a sua disposição e de seu irmão também, aliás, onde está, Caleb?

Antes que Janie respondesse, Liah se adiantou:

— Caleb agora tem amigos novos.

Allan olhou para Janie surpreso, sabia que Caleb não tinha muitos amigos, principalmente nos últimos dias em que ele andava tão antissocial.

— Quais amigos? — Allan perguntou para Janie.

— Do colégio, Caleb disse que se encontraria com eles na praça, aqui pertinho mesmo.

— Mas você os conhece? — ele perguntou desconfiado.

— Sim, um deles é aquele jovem da igreja, Mateus, filho do Ricardo Albuquerque.

— Sei, aquele é um bom garoto! — Allan sentiu-se aliviado.

Ricardo era comandante da polícia, um dos grandes nomes da segurança local, deu uma excelente educação para seus filhos. Allan se recordava de ver Mateus na igreja sempre empenhado nas atividades do coral e acreditava que ele seria um bom incentivo para Caleb.

— Com licença, senhora Janie, mas esse avião precisa decolar! — Allan usou um tom brincalhão, enquanto ergueu Liah para o alto e segui em direção à sala em meio às gargalhadas da menina de felicidade.

*

Skate nunca foi o forte de Caleb, mas Jacob o incentivou, então, resolveu tentar. Parecia emocionante, e era. Caleb desceu a rampa de manobras, equilibrando-se em cima do equipamento como se já o dominasse.

Todos comemoravam o fato de Caleb não sofrer nenhuma queda.

— Isso é muito bom! — Caleb exclamou, sentindo a adrenalina percorrer todo o seu corpo.

— Sempre fazemos isso. Você pode vir com a gente quando quiser, Caleb. — Marlon o garoto que estava vigiando naquele dia no banheiro, lhe convidou.

Aquela era uma praça bastante movimentada, havia uma pista própria para praticantes daquele tipo de esporte. Vários jovens entre quinze e dezoito anos estavam espalhados pela praça, alguns apenas conversavam enquanto outros faziam manobras fora da pista.

No coreto haviam duas moças sentadas entretidas em algum assunto, elas pareciam serem muito amigas e uma delas era Sara a mesma da igreja e da escola. A jovem observava os garotos do skate que estavam na pista. Achava muito estranho ver Caleb com eles. Sabia muito bem da má fama de Jacob e Marlon, ela também conhecia o lado rebelde de Mateus. Sara se preocupou, sabia que aqueles garotos não eram boas influências para Caleb.

A jovem se aproximou a fim de assistir o espetáculo mais de perto.

— Nem parece que esse carinha nunca andou de skate — Sara pôde ouvir um os garotos dizendo admirado enquanto ela e sua amiga se aproximavam.

Assim que os olhos de Caleb encontraram os de Sara, ele ficou visivelmente nervoso, não entendia por que ficava assim sempre que a via e apesar de que ela era uma moça muito bonita ele não tinha interesse algum nela e nem por ninguém, porém, sua presença o perturbava.

Naquele instante, Caleb tentou fazer uma manobra arriscada, deixando o público na expectativa, entretanto, se desequilibrou caindo no chão. O skate voou para um lado, enquanto ele era jogado para o outro, todos pararam para vê-lo caído. Houve um longo silêncio até que finalmente se levantou, rindo.

— Está tudo bem. Apenas me arranhei um pouco — ele gritou enquanto tentava se erguer.

— Cara, você é muito louco! — Jacob disse caindo na gargalhada.

— Achei que você tinha se quebrado todo — Mateus também não conteve o riso.

— Que nada, estou pronto para outra — Caleb disse enquanto mancava, sentindo uma dor de leve na perna.

— Não, meu camarada, chega de skate por hoje — Jacob estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar.

— Ai! — Caleb, gritou enquanto se levantava.

Ele percebeu no mesmo instante que os olhos de certa garota que estavam sobe ele, preocupado.

— Será que você se machucou? — A voz de Sara soou vindo do meio do grupo.

Todos se viraram para vê-la. Sara enrubesceu, não tinha a intenção de que sua voz saísse tão alto.

— Ele está bem, gatinha, agora se você quiser fazer uma massagem aqui no meu pescoço, está doendo pra caramba — Jacob disse afim de não perder a oportunidade.

— Você é um babaca! — o insultou nitidamente brava.

— E você é uma gracinha — Jacob insistiu, rindo.

— Eu estou bem sim, estava apenas zoando com a cara de vocês — Caleb riu por terem caído na sua.

Sara, no entanto havia ficado irritada com a atitude do garoto e resolveu se afastar.

— Pare com isso, mano. Assim você assustou a gente — Mateus disse rindo, aliviado por Caleb ter feito apenas uma brincadeira.

— Então, agora vamos falar sério. Chega de gracinhas, eu acho que temos um serviço para o nosso amigo aqui — disse Mateus abraçando Caleb com um de seus braços.

— Agora! — confirmou Marlon empolgado.

Caleb encarou os três curiosos, não sabia do que estavam falando, mas seja o que fosse ele precisava ir embora, já estava escurecendo.

— Pessoal, eu preciso ir para casa, está tarde.

Eles se afastaram da rampa, dispersando o restante do grupo.

— Ahhh não. Você não vai? A melhor parte ainda nem começou — Jacob o impediu de sair.

— Vai ser rápido, Caleb, bora! — Mateus o intimidou.

Mas Caleb já estava incomodado, aquela garota, Sara, mesmo à distância, não parava de olhá-lo, por isso ele queria sair imediatamente dali.

— Então vamos! — ele concordou repentinamente empolgado.

Os meninos se viraram de costas e recolheram seus skates, carregando-os nas mãos. Seguiram para uma rua muito escura quase sem iluminação alguma. E após alguns minutos de caminhada Caleb começou a ficar preocupado, tinha a sensação de que os garotos queriam fazer algo errado. Ele havia participado do ato de vandalismo no banheiro, pois, estava irritado com a professora, mas sabia que continuar a fazer isso era crime.

Assim que Jacob retirou as duas latas da mochila Caleb teve certeza do que estavam prestes a fazer. Todo aquele clima de diversão foi se esvaindo, dando lugar a uma sensação de medo. Medo de que alguém lhes visse ou de câmeras os flagrarem e medo da polícia. Entretanto, aquela adrenalina servia de combustível para que os garotos continuassem, era uma sensação desconhecida para Caleb, ele sempre foi um garoto obediente, de boa índole, aquilo não fazia parte de sua conduta.

Marlon até que levava algum jeito para desenho. Ele preenchia a imagem como se estivesse pintando uma tela, apesar dos palavrões que ele estava escrevendo que não tinha nada a ver com aquela arte enquanto os outros davam cobertura e se revezavam na vigilância.

— Agora é sua vez, Caleb, capricha! — Mateus disse e lhe entregou uma lata.

Caleb sabia que podia negar, afinal, ninguém estava o obrigando. Porém, algo dentro dele queria muito fazer aquilo, lembrou-se das vezes em que pediu ao pai para fazer grafite e ele não autorizou, de que adiantou? Talvez isso o tivesse impedido de chegar até ali. Então, foi tomado por uma imensa vontade de descarregar suas emoções com aqueles sprays, segurou a primeira lata, mesmo dividido entre o certo e o errado, escolheu a segunda opção.

Quando percebeu, já havia terminado.

Seu trabalho não tinha nada a ver com palavrões e insultos que os garotos fizeram, Caleb apenas havia feito uma enorme aranha, sendo engolida por um lagarto gigante. Suas técnicas de desenho eram tão boas que parecia muito real, os rapazes ficaram observando seus desenhos embasbacados.

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