Fogo e Escamas (Em processo d...

De NMCMsama

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Lendas e mitos antigos falavam sobre seres místicos capazes de destruir vilas inteiras. Sua forma era semelha... Mais

O Jantar (editado)
Dragão Púrpura (editado)
O ataque (editado)
Dragões existem (editado)
Café da manhã
Território e Dragões vermelhos
Chegada ao churrasco
Ceremônia da Carne
Reunião e dança
Início da rotina
Signficado do beijo?
O plano de Felix -Part 1
O plano de Felix -Part 2
Fim do plano e um novo dragão?
Dragão Branco
Temores
510-n
Seu nome é Sion
Conversa na cozinha
A adição de um novo membro a família
Dragões vs Dragões
Buscado seu lugar na família
Provando suas habilidades
Ligação
O despertar da donzela em perigo
Bomm!
Gelo
Dragões: Aliados x inimigos
Desculpas
Pesadelo ou lembrança
O passado e o presente
Eliminando a culpa
Reunião
Problemas e mais Problemas!
A conversa
Conseguindo o Alíbi
Dragão Marrom
Camuflagem e Camuflagem
Rival?
O despertar
O grande Cezar
Rituais e Festivais
Degustação!
Treinamento
O Grande Plano
Epílogo
Entendendo sobre os dragões

Cruzar!

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De NMCMsama


Era uma tarefa simples, só precisava fazer um café. Algo que não requeria conhecimentos profundos matemáticos ou desenvolver algoritmos, nada disso. Contudo, sua tarefa estava sendo obstruída por um grande e irritante obstáculo.

– O que significa isso?– Disse Leonard, estava até orgulhoso do seu autocontrole, não tinha cuspido alguma brasa fumegante e nem nada, afinal, não seria educado causar um incêndio na cozinha da casa de seu melhor amigo.

Bolt, o dragão púrpuro, também conhecido como "O obstáculo", estava deliberadamente pretendo o jovem hacker, o senhor obstáculo estava sentado sobre uma das bancadas e detinha suas duas longas pernas apoiadas na bancada oposta, Leonard estava encurralado naquele estreito e nada decente espaço.

– O que você acha? Estou relaxando minhas pernas. – Disse exibindo um sorriso malandro. Leo, só agora percebera a íris dos olhos do outro dragão, um mescla exótica de verde quase acinzentado com pitadas de azul. Seu olhar, contrastando com sua aparência de "motoqueiro bad boy infernal", eram doces, pareciam denotar calma e tamanho sentimento que por alguns segundos Leonard se sentiu perdido em meio aquele mar verde azulado relaxante, antes de voltar a si. Aquele era Bolt! O mesmo dragão púrpura que insistia em irrita-lo naqueles últimos dias! Humilhando-o! Sendo um grande incomodo!

– Pois, eu sugiro que retire os seus membros inferiores desta posição, senão, temo que poderá ganhar umas queimaduras de 3° grau. – Disse isso lentamente, caso a mente louca de Bolt não conseguisse entender a ameaça bem direta.

– Isso seria como deixar uma marca sua em minha pele... Hum, melhor do que ter que fazer uma tatuagem na minha virilha.

– C-como é que... Olha! Eu estou falando sério!

– Eu também. Eu quero mesmo fazer uma tatuagem sua em minha virilha.

Leonard quis ignorar tanto o corar que deveria estar dominando o seu rosto, como também aquela informação esquisita sobre tatuagem e uma área intima do dragão púrpura.

– Realmente não me importo se você vai fazer uma tatuagem ou não! Eu só quero tomar um café! – Para sua surpresa, Bolt parece tê-lo ouvido, pois as pernas foram retiradas, mas o problema não desapareceu, pois o rapaz agora estava na frente do hacker, pegando o seu queixo e o forçando a encara-lo. Olhos castanhos se encontraram com os olhos anômalos e atraentes.

– Você não dormiu ontem à noite. Está com olheiras.

– Parabéns pela a observação obvia, Einstein. – Rosnou Leo tentando afastar o maior de si, claro que fora inútil, o dragão púrpuro era mais forte. Talvez Leonard devesse repensar a sua rotina de vida sedentária e começar fazer algum exercício, pelo menos, o suficiente para aprender de desvencilhar das mãos vigorosas de Bolt – Não espere ganhar um prémio Nobel por isso!

– Ui! Sempre tão irritado. – A audácia do outro dragão era surpreendente, pois agora acariciava a bochecha de Leonard, um gesto delicado o que divergia do jeito robusto do motoqueiro. Você nunca imaginaria que aquelas grandes mãos ásperas poderiam fazer movimentos gracioso e gentil. Leo engoliu em seco, odiava ficar sem ação e ficar sem fala, mas Bolt surtia um estranho efeito em sua personalidade.

– L-lógico que estou irritado! Fiquei a noite acordado planejando nossa rota pelo o bosque e montanhas, tudo tem que sair perfeito e sem complicações...

– Você se preocupa a toa, eu já disse que irei farejar o nosso caminho e...

– Oh! Você e seu grande nariz! – Rolou os olhos – Eu me recordo muito bem da minha experiência com o seu faro! Obrigado, mas prefiro seguir rotas seguras e não andar às cegas!

– Não é só o meu nariz que é grande, sabe? – Bolt piscou galante, Leo abriu e fechou a boca, sua capacidade de falar tinha se perdido totalmente – Concordo com você sobre a questão da segurança, mas deve confiar em mim também, estou aqui para te ajudar e na verdade, adoraria te ajudar de várias formas possíveis.

Conforme o metido a motoqueiro falava, mais se aproximava de modo que Leonard se sentiu colidindo de encontro a bancada, novamente estava encurralado. Seu coração estava acelerado como também a sua respiração.

– O-ok... – Colocou a mão sobre o peitoral de Bolt, o maldito dragão estava usando só uma camisa regata branca que ocultava quase nada de seus músculos e cicatrizes. Leonard tentou forçar a sua mente a se concentrar, sua linha de raciocínio estava se perdendo em meio a aquela situação esquisita em que se encontrava, seus olhos teimavam a delinear o corpo de Bolt. Leo sacudiu a cabeça para os lados, tentando acalmar a mente e seu próprio coração – Muito obrigado por se oferecer para "ajudar", mas eu sei lidar com essas coisas sozinho. Se não reparou, pois agora irei enfatizar, sou o segundo no comando do clã dos dragões vermelhos deste território, logo, não preciso de uma babá.

– Eu não diria que eu seria uma babá, Leo. – Havia um mínimo espaço entre os dois homens, havia também um clima diferente no ar, o jovem hacker não sabia muito bem o que era, não sabia definir com toda a certeza... Ou talvez, não quisesse acreditar. Seus sentidos poderiam estar com defeito devido a fatiga e a falta de cafeína... Só podia ser isso...

– Uou! – A voz de Felix foi o suficiente para quebrar o momento – Se quiserem, eu saio! Não queria interromper nem nada!

O dragão negro segurava uma caneca de chá e já apontava para a saída, constrangido e indicando que iria sair.

– N-não! Fique! – Clamou Leonard antes que Bolt pudesse dizer alguma coisa, na verdade o dragão purpura apenas se afastou e soltou um suspiro magoado, o que incomodou um pouco Leo.

– Tem certeza? Não quero mesmo interromper o ... Você sabe o que. – Piscou provocador, Leo o encarou com extrema confusão e um certo desespero.

– Do que você está falando?

– Hã? Vocês não estão fazendo o ritual de corte?

– E-e-e-estamos? – A voz de Leo era ínfima, evitou olhar para o dragão púrpura que estava bem ali, ao seu lado.

– Bem... Posso não ser um especialista em rituais dos dragões, mas sei quando tem amor no ar! Ora, vai me dizer que todas aquelas provocações eram só fingimento? – Questionou Felix lançando um olhar crítico ao seu melhor amigo que não conseguiu sustentar a mirada e abaixou o rosto que, no momento, já devia estar em combustão devido a vergonha.

– Eu não costumo mentir quando ao que sinto. – Informou Bolt em um tom sério.

– M-mas... – Leo tomou coragem e encarou o dragão cuspidor de ácido – V-você está falando sério? Digo... Nem nos conhecemos! E-eu...

– Temos todo o ritual para nos conhecermos melhor, ao menos que você me dê uma chance. – Suplica, era isso que denotava na fala do púrpura. Leonard não estava esperando essa declaração, na verdade não acreditava que algum dia iria ter um(a) parceiro(a), tão pouco que iria se relacionar com algum dragão fêmea nos festivais de acasalamento que ocorriam anualmente com o objetivo de incentivar a reprodução e salvar a raça da extinção, estava acostumado a sua condição de solteirão e geek, além de ser responsável por tornar a vida de seu irmão mais velho um inferno. Um romance? Agora? E com um dragão púrpura? Justamente a raça de dragões que mais sentia desconforto?

– V-você tem certeza disso? Posso ser bastante chato... E inflamável. – Seus óculos escorregavam por seu nariz, estava suando galões de água! Se alguma vez na vida tinha sentindo tamanho nervosismo? Nunca, nem quando explodiu uma sala de faculdade enquanto desenvolvia um experimento meio ilegal... Bolt causava-lhe efeitos novo, sem dúvida. Mas será que deveria ceder a esse campo desconhecido?

"Desde quando me tornei um covarde? Um dragão vermelho não teme o perigo! Somos puro fogo, puro poder... Se eu um dragão púrpura sente algo por mim...E não é como eu não sentisse nada por ele...Espera! Eu sinto algo por ele?" Aquela revelação o tomou por surpresa, será que era tão idiota ao ponto de não decifrar os próprios sentimentos?

– Sou um dragão que não teme um bom desafio. – Piscou Bolt que com a ponta do dedo colocou os óculos de Leonard de novo em seu devido lugar.

– Ok...Acho... Acho que ... Posso aceitar. – Disse por fim em um sussurro quase que inaudível.

– OWT! – Felix tinha que emitir a sua opinião do evento – Que lindo! Que fofo! Tenho que chamar o Pablo para tirar umas fotos!

– Nem pense nisso! – Rosnou Leo, não queria nem imaginar como o seu irmão mais velho iria se aproveitar da situação.

– Mas eu queria fotos de recordação, cupcake. –Opinou Bolt abraçando Leonard.

– Cupcake?!

– Já estão na fase dos nomes carinhosos? – Riu o dragão negro.

– Se você me chamar de cupcake de novo, eu juro que... – Fumaça negra começava a ser liberada das narinas do hacker.

– Se não gosta de cupcake, tenho uma lista de outros nomes, o que acha de pão de mel?

Leo já iria informar aonde Bolt deveria enfiar essa maldita lista quando mais alguém adentrou na cozinha.

– Vocês vão querer ver isso! – Tales disse com entusiasmo – Alex está ferrado!

Feliz franziu o cenho.

– Faça o favor de elaborar mais o assunto, sim?

Tale o mirou com desdém.

– Pelo visto, seu primo estava tendo um romancinho com a humana. Acho que Arthur e a sua namorada humana não gostaram de saber disso!

– Por favor, as "humanas" tem nomes! Saiba usá-los, ok? E quem contou ao tio Arthur sobre eles? – Felix lançou um olhar inquisitivo a Leonard que negou com a cabeça.

– Eu não sou fofoqueiro!

– Se eu soubesse que a relação entre eles fosse algo proibido eu mesmo teria contado, mas infelizmente não fui eu. – Disse Tales soltando um suspiro de decepção.

– Então, quem...

Erich entrou na cozinha dando um grande arroto e coçando a bunda, deve-se enfatizar nesse momento que o grande dragão negro estava usando uma sunga, provavelmente retornando de seu exercício matinal na piscina da mansão.

– Eu contei. Não sabia que era segredo. Um dragão quando quer acasalar não deve ser tolhido! Se Alex quer cruzar com a Amélia, eu não iria impedir.

Felix deu um tapa na própria testa, embaraçado com a atitude do seu próprio tio que parecia ter sido criado em alguma caverna pré-histórica.

– Concordo com o Erich! Se quero cruzar com o Leonard, não devo ser contido! – Falou, afoito, Bolt se lançando sobre Leo que desviou com destreza que pegou uma frigideira como arma.

– Só em seus sonhos, Cuspidor de ácido! – Rosnou.

– Pode ter certeza que meus sonhos já realizamos o acasalamento inúmeras...

– Leo... Não me diga que você e o dragão púrpura... – Interpôs Tales que mirava a cena com assombro.

– Er... Só não conta para o papai, ainda? Sabe como ele...

– Alo! Pai! Adivinha quem está namorado? – Tales, sendo um ótimo irmão, não perdeu tempo em divulgar a notícia, já estava falando com o ex-lider dos dragões vermelhos via celular – Vai fazer um novo churrasco? Perfeito! Aproveita e faça aquela apresentação de slides com as fotos desde que ele era bebe até os dias atuais. Isso, a mesma coisa que você fez para o Pablo e mostrou para todo o clã quando ele assumiu o seu namoro com o Felix.

– Eu te odeio... – Rosnou Leonard, agora não tinha mais volta... Seus dias de tranquilidade terminaram.

– Oh! Fotos de bebe! Irei adorar ver! – Bolt estava ansioso.

Felix, por outro lado, estava preocupado com o futuro romântico de seus primos. Cultura dragão e humana eram diferentes, como seria que Arthur iria lidar com aquele amor que surgia de seu filho com a sua futura filha?

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