Simplesmente ame

Av Joice-Lourenco

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Sinopse Melissa leva uma vida sem grandes emoções, enquanto vive praticamente escondida atrás do balcão da... Mer

Simplesmente ame
Prefácio escritor por Renata Martins
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Epílogo
Continuação...

Capítulo 22

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Av Joice-Lourenco

Até quando iremos discutir? Por que não podemos colocar um ponto final nessa história? Será que é tão difícil?

No fim de semana, Melissa recebeu uma visita inesperada. Dona Regina não bateu na porta, apenas deixou que a visitante seguisse o caminho já bem conhecido. Sabia que de alguma maneira aquilo seria importante para a filha.

— Hanna? — indagou, assim que a viu parada na porta. Ela encarou a amiga, confusa. Não sabia se estava gostando ou não de sua presença.

— Oi, Melissa! — disse um pouco envergonhada.

— O que faz aqui? — foi direto ao ponto, com os braços cruzados.

Ela suspirou antes de responder.

— Desculpe por ter me afastado de você. Sei que agi errado, mas é que não conseguiria mentir pra você sobre o que aconteceu naquele dia.

Melissa continuou a encará-la sem nada a dizer.

— Você sempre esteve comigo quando mais precisei, e eu não fiz o mesmo. Sinto muito, Melissa... Agi errado.

— Todo mundo, né? Principalmente o Érique — Melissa respondeu espontaneamente, percebendo que a mágoa ainda estava dentro dela. Será que um dia isso iria passar?

Hanna pensou por um momento e, então, fitando a amiga, deu um sorriso torto.

— É, mas ele também está chateado com você por causa do diário.

Melissa encarou a amiga, não acreditando na sua audácia. Ela percebeu, mas não se importou. Falava aquilo que era necessário. Já havia pedido perdão e conhecia a amiga, eram inseparáveis. Por mais que brigassem — isso já havia acontecido algumas vezes nos tempos de escola — acabavam se entendendo.

— Mas a Vitória é linda. Nossa! Lá em casa é só alegria. Nunca vi os tios tão felizes assim.

Naquele instante, Melissa esqueceu a mágoa que tinha da amiga. Sorriu ao saber em como Vitória havia mudado a vida de Érique e de sua família. Como gostaria de estar junto deles naquele momento.

— Foi uma coisa de Deus mesmo! Misteriosa... — ponderou, olhando para o céu através da sua janela.

Melissa sempre acreditou em Deus, mas ficava apenas nisso, ia à igreja às vezes e pronto. No entanto, todo aquele mistério com o diário a fez perceber a dimensão que tem o poder de Deus. Acreditava que nada era por acaso, sempre existia um propósito, mesmo que não soubesse. E isso a fascinava!

Hanna achou interessante o comentário da amiga e sorriu.

— Então, você vem comigo lá em casa? Estava pensando em passar o fim de semana na casa da árvore. Alguns filmes, pizza, pipoca, o que acha?

Melissa a encarou, os olhos brilharam e o coração bateu mais rápido. Tudo o que queria era estar lá, perto de Érique. E, no fundo, Hanna sabia disso. Também precisava conversar com a amiga. Muitas coisas haviam acontecido. Nos últimos meses, com quem ela mais falou foi com Deus. Conversava com Ele em seus pensamentos e isso a ajudou de uma maneira que ela jamais poderia imaginar. Sentia-se mais leve e tranquila. Sabia que tinha um amigo que nunca iria abandoná-la.

Hanna veio de bicicleta, para surpresa da amiga. Ela então pegou a sua e juntas andaram por alguns quilômetros até sua casa.

— Desde quando você anda de bicicleta?

— Estou tentando vencer o meu trauma. Mas levo junto alguns sprays de pimenta — Hanna respondeu sorrindo e voltou a ficar séria. — Não tem sido fácil, ainda tenho muito medo.

— Sei como é, também estou lutando contra isso.

Érique ficou surpreso quando viu a prima chegar com Melissa e, ainda por cima, de bicicleta. Ainda estava com a pequena Vitória no colo quando a ex-namorada passou por ele. Apesar de seus olhos se fixarem na criança por alguns segundos, ela simplesmente o ignorou, deixando-o confuso.

A família dele a recebeu de braços abertos, independente do fato de ela ter estado com o diário por algum tempo. Falavam sem parar, contando sobre Vitória e como tudo havia mudado desde a sua chegada. Também mencionaram a importância de logo ela, Melissa, misteriosamente ter encontrado o diário. Um milagre!

Os pais de Hanna não estavam. Haviam conseguido trabalho há alguns meses e estavam procurando um bom apartamento para alugar.

Suelen e Manfred sabiam que Érique e Melissa não estavam mais juntos, mas perceberam que ainda havia um clima entre eles. De vez em quando, ele procurava pela ex-namorada, apenas com os olhos. Algumas vezes, pegaram-se fitando um ao outro. Não diziam nada, apenas sentiam o coração pulsar mais rápido e logo desviavam o olhar, tímidos.

Todos percebiam isso, e Hanna ainda comentava:

— Até quando vocês vão continuar com essa briga boba?

Os dois entreolharam-se sem graça e, sem saberem o que falar, ficaram quietos e evitaram olhar-se naquela tarde.

Hanna e Melissa foram à casa da árvore. Fariam "a noite das garotas" com direito a muitos filmes e pizza. Ajeitaram as almofadas enquanto Hanna não parava de tagarelar. Estava contando sobre o novo emprego que conseguiu no bairro. Seria como auxiliar de produção em uma malharia, até teve ofertas para balconista, mas recusou, queria ficar trabalhando dentro da empresa, sem que tivesse que atender pessoas estranhas. O trauma a deixou desse jeito, embora lutasse contra isso a cada dia. A dor de tudo o que passou ainda estava presente, por mais que ninguém soubesse. Não era algo fácil de esquecer. Mas sentia-se feliz por estar viva, era isso que importava.

Melissa escutava atentamente, compreendendo e partilhando da mesma dor. Logo Hanna colocou um filme e começaram a assistir, em silêncio. Sem nenhum comentário, nada. O que era estranho entre as duas. A amiga olhou de relance para Melissa e percebeu algo em seu olhar. Seus olhos não estavam na TV e estavam vermelhos.

— O que você tem? — Hanna cruzou os braços, encarando-a.

Melissa suspirou profundamente.

— Sei que é bobeira, mas queria tanto ficar um pouco com a Vitória.

A amiga fitou-a por um momento.

— Você se comoveu muito com a história da Suzane, né?

Ela apenas fez que sim com a cabeça.

— Vamos fazer o seguinte: vai lá e fica um pouco com a Vitória.

— E você?

— Não se preocupe comigo, tenho alguns filmes pra assistir.

Melissa sorriu para a amiga. Ela era inacreditável. Abraçou-a e desceu rapidamente.

Dona Suelen e seu Manfred haviam ido ao mercado, Rebeca e Rafael haviam voltado para casa naquela manhã. Voltariam em dois dias para ver como a criança estava.

Melissa encontrou Érique na sala, brincando com a sobrinha. Era encantadora aquela cena. Ela ficou um pouco tímida para entrar, então pediu licença com a voz baixa. Érique não a escutou, estava concentrado na menina. Era linda e muito sorridente. Ficou admirando os dois. Ele seria um pai maravilhoso e a pequena Vitória era simplesmente encantadora. Não aguentou mais ficar longe dela e aproximou-se dos dois.

— Posso pegá-la?

Ele assustou-se com a sua presença. Olhou-a por momento, demorando em responder. Quando percebeu que ela esperava uma resposta, desviou o olhar e finalmente disse sim.

Melissa a pegou com cuidado. No começo, Vitória estranhou, porém, com as brincadeiras e o jeito dela falar conseguiu arrancar várias risadas da pequena. Como era gostoso isso! Ela contemplou aquele precioso momento. O sorriso era contagiante, incrível! Não sabia descrever, mas simplesmente amava aquela criança.

Ficaram assim por muito tempo até que a pequena cansou e acabou adormecendo em seus braços. Ela ficou encantada com aquilo. Com certeza Suzane teria muito orgulho da filha.

Érique a conduziu para o seu quarto, onde também virou o quarto de sua sobrinha. Melissa ficou admirada com isso. Com muito cuidado, colocou-a no berço, ficaram mais um tempo lá, verificando se ela não acordaria logo. Então, apagaram a luz, deixaram a porta aberta e foram para a sala.

— Ela é uma fofura!

— É, sim. Foi um presente de Deus!

Ela fitou o ex-namorado por alguns segundos, compreendendo o que dissera. Também pensava assim.

Houve um momento de silêncio entre eles. De repente ninguém soube o que dizer. Percebendo isso, Melissa decidiu sair de lá, mas ele a segurou pela mão. Aquele contato causou um frio em sua barriga. Não esperava isso, mas desejava sentir o seu toque. Precisava disso.

— Por que você não me contou antes sobre o diário?

Ela ficou sem reação ao ouvir aquilo. Soltou sua mão totalmente confusa. Não esperava novamente essa conversa. Ponderou antes de responder:

— Pelo mesmo motivo que você guardou aquele segredo de mim.

— Eu me afastei de você porque sabia que não iria me perdoar.

Melissa ficou abismada ao ouvir aquilo.

— Você salvou a minha vida e estava me defendendo, foi tudo um acidente, Érique. Pensa que sou o quê? Que sou tão imatura que não posso entender isso?

Ela cruzou os braços, fuzilando-o com os olhos, mas ele não deixou por isso mesmo.

— E quem está falando é a garota que escondeu o diário da Suzane? Foi muita imaturidade da sua parte. Há meses venho tentando entender o que ela estava passando enquanto você tinha a resposta em suas mãos.

— Ok. Eu errei, é isso que quer ouvir? — Melissa ergueu a voz e as mãos ao mesmo tempo.

— Sim, é o que eu preciso ouvir. Você me condenou pelo que fiz, mas acabou fazendo o mesmo.

— Não precisa falar isso, acha que não penso nisso dia e noite?

De repente, os dois pararam de discutir e se entreolharam. Melissa não aguentava mais aquele clima entre eles.

— Afinal, o que te incomoda? Se quiser, saio daqui e não volto nunca mais.

Érique a fitou seriamente, tentando decifrar aquela teimosia que ainda não conhecia.

— A falta de confiança.

— Falta de confiança? Sou eu quem deveria dizer isso. Eu só quis te proteger porque eu te amo, Érique. Você não consegue entender isso?

Melissa estava ficando irritada com a teimosia dele. Ainda nervosa, continuou:

— E você, cadê a confiança em mim que decidiu terminar simplesmente porque achou que eu não iria te perdoar? Você nem teve coragem pra falar comigo. Me deixou sofrendo sozinha, sem saber o que aconteceu, e ainda tinha que tentar adivinhar o porquê de você simplesmente sumir da minha vida. Sumiu quando eu mais precisava, Érique.

Pela primeira vez, ele não retrucou. Ficou sério. Sabia o quanto era teimoso e concordava com as palavras de Melissa. Cansado da discussão, abaixou a guarda e a fitou.

— Está bem. Eu errei. Você errou. Nós dois erramos. Fim de discussão!

Dessa vez, Melissa ficou sem reação, assim como ele. Não disseram uma palavra, nem se olharam. Então ela saiu da casa. Não tinha mais conversa, não entendia o que estava acontecendo. Porque não podiam simplesmente se entender e voltar? Estava confusa pelo jeito de Érique.

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