𝑹𝒂𝒔𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒕. 𝟏
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17 de novembro de 1963
Dallas, Texas
Se passava da meia-noite.
S/n estava sentada no sofá, escrevendo mais uma carta.
Elliott ainda de encontra amarrado na cadeira, quase dormindo. Ele resmunga algo para S/n que o olha cansada.
Estava muito tarde e ela estava com sono. Mas não dormiria até seus irmãos e a Lila chegassem.
S/n: Disculpa tio Elli. Mas num posso desamarrá-lo, por mais que eu queira. Não sei o que os meninos diriam. E num quero nemhum delis zangado comigo.
Diz e sorri para ele cansadaa e volta a escrever sua carta.
"Se existe almas gêmeas
mesmo como dizem os
poetas, os românticos e
os filmes de amor - você
tem todos os pré-requisitos
para ser a minha".
Ao terminar, a guarda em um envelope.
Ao se levantar para guardar a carta no seu quarto, ela escuta o barulho da porta da frente.
Na sala, aparece Lila carregando Diego.
S/n logo nota o sangue na região do abdômen.
Lila: Rápido, me ajuda aqui!
S/n larga sua carta na mesa e corre para ajudae Lila a carregar Diego até o sofá.
Elas o deitam no sofá e Lila senta ao lado dele enquanto S/n está em pé analisando a situação.
S/n: U que aconteceu?
Lila: Não sei, quando encontrei ele, já estava jogado no chão.
S/n apenas resmunga, indo até seu irmão para analisar melhor a situação.
Ela se agacha ao lado dele e levanta um pouco a camisa e analisa o corte.
S/n: Para pessoa ter esfaqueado ele, tinha que ser muito habilidosa. - Lila a encara confusa. - O Di nunca se machucou em uma missão, briga, nada. - Ela volta a olhar o corte. - Foi com uma faca Kunai. É parecido com o corte da minha. E foi fundo, a pessoa num tava brincando.
Lila: Nossa, você é boa.
S/n: Di me ensinou algumas coisas. Sobre cortes e facas. O resto eu tive que aplender. Tudo bem, - Ela levanta. - vou ver o que o tio Elli tem para eu cuidar disso.
Lila: Não, não. Eu cuido disso, eu já sei o que fazer.
S/n apenas dá de ombros e segue para a cozinha para fazer algo para comer.
* * *
S/n já havia feito café com a mesma mistura que Elliott a ensinou.
Estava sentada na mesa, preocupada com Five.
Minutos, que para ela pareciam horas, se passavam e nada dele aparecer.
De repente, ela escuta um grito vindo da sala.
Rapidamente levanta-se da mesa, com sua mamadeira com chocolate quente, e corre até a sala.
Lila: Eu mandei ficar quieto!
Diego grita de novo e deita no sofá.
S/n ri e segue até uma das poltronas, sentando-se encolhida.
Diego logo a nota.
Diego: Maninha! Por que você não resolve meu problema aqui? Não é você que entende de enfermagem?
S/n: Disculpa, Di. É que a Lila insistiu muito.
Lila o queima de novo e Diego desmaia.
S/n: Acha que é a forma correta de fechar o corte?
Lila: Não. Mas cicatriza mais rápido.
S/n resmunga baixo e se aconchega mais na poltrona.
Passado um tempo o sono a domina. Ela abraça sua mamadeira e logo cai no mundo dos sonhos.
Pouco tempo depois, Five aparece na entrada da sala.
Five: Ah, ele não morreu.
Lila: Decepcionado?
Five vai até a mesa, pegando um guardanapo.
Five: Ah, em te ver? Claro que sim.
Lila: Tanta hostilidade num pacote tão pequeno. - Five volta até a entrada da sala, pressionando o guardanapo no seu corte. - Se cortou fazendo a barba? Te ensino a se barbear feito um rapazinho.
Five suspira.
Five: Não. Encontrei um velho amigo da família.
Um ronco é ouvido e Five olha para trás, vendo Elliott dormindo, ainda amarrado.
Five: Você não soltou ele?
Lila: Não pergunta para mim, pergunta para sua namorada ali.
Five olha para o outro lado da sala e vê S/n dorminfo encolhida na poltrona, abraçada a sua mamadeira.
Five: Ela não é minha namorada. - diz caminhando até ela.
Lila resmunga um "aham" sarcástico e volta a cuidar do machucado de Diego.
Five balança S/n devagar, na intenção de acordá-la.
Ela resmunga acordando aos poucos.
Aos poucos, ela consegue visualizar a imagem de Five.
Mas por estar sonolenta ainda, pensa que a imagem a sua frente é uma ilusão que sua mente criou por conta do sono.
S/n: Five... - resmunga quase voltando a dormir, mas logo tem um choque que a fez voltar para a realidade. - Five! - o abraça. - Vucê voltou. - sussurra para ele.
Five passa um braço envolta dela e dá um leve sorriso.
Five: Eu sempre irei voltar. - sussurra para ela.
Ela se afasta mantendo suas mãos nos ombros dele. Ela desvia seu olhar para o pescoço dele e nota três arranhões ali.
A preocupação bate, junto a ansiedade de querer saber o que aconteceu naquela busca dos seus irmãos.
S/n: O que que aconteceu?! - ela passa os dedos no corte, o que faz Five fazer uma careta de dor, deixando seus dedos sujos de sangue. - Tá sangrandu.
Five: Não é nada demais.
S/n: Nada demais?! Isso vai deixar uma cicatiz e tá sangando muito. - levanta segurando a mão dele. - Vem, vou cuidar dissu.
Ela o puxa até seu quarto, o deixa sentado em sua cama e vai até o banheiro a procura da caixa de primeiros socorros.
Ela volta com a caixa e um pote com água, sabão e uma toalha e senta de joelhos ao lado de Five.
Ela deixa a caixa de lado e molha a toalha na água com sabão, torce a toalha até que ela esteja apenas úmida.
Com cuidado, ela passa a toalha por cima dos cortes, o que faz Five resmungar de dor.
Five: Isso dói!
S/n: Se ficar quieto, não vai doer tanto! - diz seca, concentrada no que está fazendo, tentando ignorar a grosseria dele.
Sabia que ele estava sentindo dor, mas não tinha necessidade em ser grosso com ela, certo?
Tudo bem, ela entende que ele tem problemas com raiva, mas deveria aprender a controlar seus nervos, suas emoções.
Após o sangue ter dado uma diminuída, S/n pega o mechiolate e passa com cuidado nos cortes.
E por fim, pega uma gaze e um esparadrapo, colocando a gaze sobre os cortes e usando o esparadrapo envolta dela.
S/n: Plonto. Hoje quando acordarmos, eu limpo o corte di novo você tloca o curativo.
Diz separando tudo. Guarda as coisas na caixa, pega o pote com água e a toalha e o que vai jogar fora, saindo do quarto.
Feito tudo, ela retorna ao seu quarto indo em direção a sua cama, onde Five ainda está sentado.
S/n: Tem café na cafeteira. Acho que já vou mimir. Pode me dar licença, por favor.
Five não diz nada, apenas levanta-se da cama.
S/n deita, abraçando o Bip e logo se cobre, virando de costas para Five.
Five sai do quarto, indo até a cozinha, rapidamente se servindo com uma caneca de café.
Depois de beber seu café, Five volta para o quarto e S/n ainda está na mesma posição de quando ele saiu.
Ele vai até ela e se agacha ao seu lado.
Five: Desculpa por ter sido grosso com você, minha lua.
Ele espera por alguma resposta dela, mas nada veio.
Ele suspira e quando está pronto para levantar, escuta ela dizer:
S/n: Por que é tão difícil para você falar essas coisas para S/n, quando ela está acordada? - pergunta virando-se para ficar cara a cara com ele.
Five a encara por alguns segundos.
Five: Sabe que é difícil para eu me expressar.
S/n: Eu sei. - diz tirando a coberta, sentando-se de frente para Five deixando Bip em seu colo. - Mas tem que aplender a se expressar. Pelo menos para mim. Não precisa ser na frente dos outros, eu sei que você não gosta e é difícil para você.
Five fica quieto.
Estava nervoso, confuso. Não sabia o que dizer. Queria dizer muitas coisas, mas não conseguia.
Não conseguia contra-argumentar porque sabia que ela estava certa.
Não tinha o que contra-argumentar.
S/n: Eu só te peço issu.
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Beijos meus amores 🦋💫
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