‼️— no final do capítulo tem a roupa que o jimin estará usando.
「 🍁 」
Já era noite e eu apenas ficava observando os garotos para lá e para cá se arrumando para ir a tal boate. Eu já estava ficando com raiva novamente porque Jungkook me deixaria no apartamento sozinho, e também, por saber que ele transaria com outras.
Fui até o seu quarto batendo perna e abri a porta, dando de cara com um Jungkook apenas de cueca boxer.
— Eu quero ir. — falei decidido.
— Mas que porra, Jimin. De novo? Já disse que não. — observei ele franzi o cenho, sem paciência.
— Eu não quero ficar sozinho. — cruzei os braços e um bico cresceu involuntariamente em meus lábios.
— Deus está entre nós. — ele disse, enquanto vestia as calças.
— Por favor. — implorei, chegando mais perto e para dar leves beijos em seu peitoral nu, logo indo para os seus lábios. — Eu finjo que nem te conheço, se você quiser.
— Ah, claro. Você vai chegar comigo, mas nem me conhece. Boa, Jimin. — foi sarcástico.
— Eu não quero que você fique com outras. — abri o jogo. Ele me olhou e riu.
— Mas eu vou. — implicou. — Você já me teve demais.
— Ok, Jeon. Mas você que sabe; ou deixa eu ir, ou esquece isso... — o puxei pela cintura, prensando seu corpo ao meu violentamente, mordi seu lábio inferior, sugando lentamente, e pus suas mãos em minha bunda. Ele avançou a fim de prolongar aquilo, mas eu não deixei. Me afastei e saí do quarto. Óbvio que Jungkook não se comoveria, ele tinha qualquer pessoa que queria e eu era apenas mais um brinquedinho.
Voltei para a sala e sentei no sofá em frente a televisão, liguei a mesma, colocando em um programa qualquer. Meu celular tocou novamente, era meu pai. Eu ainda estava puto com tudo, porém, preferi atender, pois lembrei do que Jungkook havia dito; sobre ele colocar a polícia atrás de mim.
— Alô. — falei sem ânimo.
— Jimin! Pelo o amor de Deus, diz onde você está. Volta para casa, por favor. — súplicou.
— Pra quê? Para você me mandar pro Texas? Não. Eu estou muito bem. — fui indiferente.
— Ji- — desliguei em sua cara e respirei fundo. Era doloroso, mas eu não queria saber dele, por enquanto.
Tinha uma chamada de Jin, talvez ele já estivesse a par de toda a situação, mas não liguei de volta, em breve marcaria um encontro com ele e lhe contaria tudo. Eu precisava dele e sei que, nessa situação, ele me apoiaria.
— E aí, como eu estou? — Yoongi apareceu na sala todo arrumado, dando um giro, mostrando toda sua roupa. Ele estava realmente um pitel.
— Tá legal. — eu disse, fingindo pouco caso.
— Só legal? — ele perguntou com descontentamento.
— Você está super gostoso, Yoongi. — dessa vez fui verdadeiro.
— Ah papai, agora eu gostei. — ele disse risonho, jogando uma piscadinha para mim.
— Que putaria é essa aqui? — Jungkook surgiu do nada, parecia estar com ciúmes do elogio que eu fiz a Yoongi.
— Que putaria? — perguntei.
— "Você está super gostoso." — afinou a voz para me imitar.
— Mas o Yoon está uma delícia mesmo, agora você... Hm... Deixe-me ver... A mesma coisa de sempre. — impliquei. Amava irritar Jeon. Yoongi deu dois tapinhas nas costas de Jungkook e saiu rindo.
— Ah, é? — Jeon arqueou uma das sobrancelhas e sorriu ladino. — Eu ia deixar você ir, mas você não quer sair com alguém que está a mesma coisa de sempre. — dei um pulo do sofá ao ouvir aquilo.
— O que? Quem disse isso? — me fiz de bobo. — Você está lindo, gostoso, maravilhoso. Yoongi não é nada perto de você.
— Eu ouvi isso, ein. — Yoongi gritou e eu levei as mãos à boca, fazendo Jungkook rir.
— Vou me arrumar. — saí rapidamente, mas antes, Jungkook me puxou para um beijo, o qual eu correspondi feliz. Parei o ósculo com um sorriso largo e fui me arrumar.
Que roupa eu colocaria? Que roupa se vestia para ir a uma boate cheia de gângsters, ou pior, para chegar com gângsters importantes? Tirei todas as minhas roupas daquela mala, espalhando tudo em cima da cama. Eu precisava de algo elegante para usar, porém eu não era muito de ir em festas.
— Jimin? — Jungkook bateu na porta.
— Entra. — respondi.
— A porta está trancada, se não eu já tinha entrado. — ele disse ríspido e eu fui abrir a porta. — Você deve estar meio sem saber com que roupa ir, não é? — adivinhou.
— Meio? Totalmente. — falei enquanto encarava as roupas espalhadas na cama.
— Bom... — ele disse e eu pude sentir certo nervosismo em sua voz. — Acho que vai ajudar. — ele ergueu uma caixa linda, com um laço perfeito em seu centro, em minha direção.
— O que é isso? — perguntei, sem tirar os olhos da caixa, incrédulo.
— Apenas pegue. — ele foi autoritário. Peguei a caixa e observei Jeon se retirar do quarto.
Fui correndo para a cama a fim de descobrir o que havia naquela caixa. Desenrolei o laço como um verdadeiro ogro, em momento nenhum tirando o sorriso do rosto. Finalmente consegui abrir aquela droga e nossa... Era lindo.
Dentro dela havia um conjunto. Fiquei observando por um tempo até voltar ao normal novamente e me perguntar de onde ele havia tirado aquelas roupas? Bom, por enquanto isso não interessava, eram perfeitos. O conjunto era preto, a calça dele era social, porém, justa. Já a parte de cima era apenas um blazer curto e aberto. Pelo o que eu pude observar a calça valorizaria bastante minhas coxas e bunda. O blazer iria destacar meu corpo, já que minha cintura e peitoral ficariam à mostra.
Tomei um banho demorado e bem cuidado, e ao sair do banheiro, fui correndo me vestir. Com a roupa tida pronta, percebi que ainda faltava algo. Um par de sapatos. Droga.
Procurei pela mala inteira se eu havia colocado um sapato que prestava nela e achei meu mocassim bleecker gancini que eu havia usado no aniversário de dezoito anos de Jin, era lindo. Coloquei-o.
Passei um pouco de maquiagem no rosto, apenas para esconder algumas manchinhas, e para destacar meus olhos e boca. Coloquei um par de brincos longos de prata. Arrumei meu cabelo, o deixando perfeito, sem frizz algum.
— Vamos, Jimin! Que porra de demora. — Jungkook gritou impaciente. Saí do quarto em direção à sala.
— Estudos comprovam que a palavra que mais sai de sua boca é: porra. — falei, andando até parar em frente do Jeon e dos garotos que esperavam impacientes. Vi Jungkook morder o lábio inferior enquanto me encarava de cima a baixo, ficando sem reação alguma. Ele abria a boca, mas nada saía. Os garotos estavam quase da mesma forma.
— Bom, já que ninguém consegue falar, eu falo. — Hoseok se pronunciou. — Esquece Jeon e seja meu, por favor. — eu fui obrigado a rir. Jeon continuava sem dizer nada, apenas me olhando.
— Nem Jungkook, nem Hoseok... — Yoongi falou. — E sim, o gatão aqui. — ele apontou para si mesmo.
Namjoon apenas tentava não olhar, o que não estava adiantando muito.
— Jeon? — o chamei a atenção. Eu queria ouvir algo dele, era ele quem me interessava.
— O que? — Jeon perguntou ainda atordoado.
— Não tem nada a dizer? Você não gostou?
— Você é... Você está mais que perfeito. — ele disse olhando profundamente em meus olhos, fazendo minhas pernas ficarem bambas e meu coração disparar. Merda, olha o que ele faz comigo. — Vamos. — ele disse autoritário, tentando tirar seu olhar de mim com certa dificuldade
Senti meu rosto esquentar e um sorriso gigantesco quase ser solto da minha boca, quando ele segurou minha mão e saiu me guiando para fora do apartamento até a garagem. Os meninos apenas seguiam a gente enquanto conversavam entre si.
— E aí, vamos no mesmo carro ou cada um por si? — Namjoon perguntou. Eu achava os três carros de Jungkook de mais, mas olhando ao redor da garagem e pelo o que os garotos falavam, percebi que haviam outros carros pertencentes a eles.
— A garagem do condomínio é praticamente de vocês, né? — perguntei olhando em volta e os garotos riram.
— Vamos cada um em seu carro, até porque, temos que jogar na cara dos comédias que nós podemos. — Jungkook sorriu cretino.
— E eu vou com quem? — perguntei pagando de confuso. — Até onde eu sei, Jungkook não quer chegar comigo na boate. — falei. — Yoongi, posso ir com você? Hoseok? — os dois me olharam e olharam para Jungkook.
— Larga de drama, Jimin, entra logo, odeio quando você faz isso. — ele entrou irritado no carro e bateu a porta, me fazendo soltar uma gargalhada alta.
— Ah não, cavalheirismo, por favor. — exigi. — Sai daí e abre a porta para mim. — falei autoritário.
— Mas eu tô fraco mesmo. — Jungkook disse dando um tapa no volante. — Entra de uma vez, garoto.
— Já disse; abre a porta que eu entro. — sorri cínico. Jeon desceu do carro revirando os olhos. — Vai ter uma convulsão? — impliquei.
— Para de graça e entra. — ele abriu a porta do passageiro e assim que eu entrei, ele bateu a porta com força. — Satisfeito, monsieur? — ele perguntou sarcástico.
— Não, você é um empregado muito rude.
— Não viaja, Jimin. Puta que pariu. — eu ri e ele deu a volta no carro, entrando no mesmo e tomando seu lugar no banco do motorista.
Me inclinei para o lado e lhe dei um beijo suave no pescoço, a fim de fazer ele se acalmar, pois eu sabia como irritá-lo. O silêncio permaneceu, até eu quebrá-lo.
— De quem é o conjunto? — perguntei, olhando para o meu corpo.
— Seu. — ele disse simples.
— Não se faz, Jeon. De onde você tirou isso?
— Eu tinha guardado.
— Ah, você gosta de vestir coisa curta e justa?
— Porra. — ele já estava perdendo a paciência.
— Desculpa. Mas é meio estranho você ter uma roupa assim guardada. — ele me olhou e logo voltou a atenção para a estrada.
— Esses... — ele começou a falar. — Não, eu não vou falar isso, isso é muito gay.
— Fala, Jeon. Deixa de babaquice.
— Eu estava na correria e passei em frente a uma loja, onde esse conjunto estava na vitrine... eu achei que ele apenas ficaria perfeito em você... — ele me olhou e eu comecei a perder o ar.
— Em mim?
— Sim.
— Nossa, eu não esperava isso... — fitei minhas coxas, meio tímido. — De você.
— Nem eu, Jimin. Nem eu. — ele disse.
Jungkook parou no sinal vermelho e pegou minha mão que estava apoiada em minha coxa. Estremeci ao sentir seus dedos indo de encontro com os meus e se entrelaçando. Ele apertou, levemente, sua mão na minha. Eu não estava o reconhecendo, não estava mesmo. Geralmente, ele pegaria em minhas coxas mesmo. Confesso que aquilo foi perfeito.
— Então quer dizer que você ia me matar? — Jungkook lembrou do fato que havia ocorrido hoje à tarde. Soltei um riso pelo nariz.
— Aquele não era eu. — me defendi.
— Você estava estranho. Se eu não fosse eu, ficaria com medo. — rimos e ficamos em um silêncio aconchegante até chegar na boate.
「 🍁 」
eu consigo imaginar ele perfeitamente assim.
espero que tenham gostado. até amanhã. ♥️