𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄...

De Natmoony

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"- Você vai ter que decidir - começou o Targaryen de cabelo cacheado. - Você é meu inimigo ou meu aliado?" Ne... Mais

PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capital 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Epílogo

Capítulo 31

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De Natmoony

A dupla saiu para a floresta durante a manhã, Aemond tivera protestado sobre isso.

Eles deveriam ir para Dragonstone, mas não. Alec disse que iam quando os caçadores chegarem, já que era semana de caça.

Seria mais fácil sair sem ser notado.

E, enquanto isso, o mais novo havia conseguido dois cavalos com Astrid.

Pelo o que Aemond entendeu, ela era uma grande negociadora.

— Alec— tentou chamar, mas foi interrompido.

— Quieto — mandou, o barulho entre as árvores.

Desapareceu logo depois.

— Você ouviu? — perguntou o garoto, animado. — Minha mãe já tivera matado um javali branco, parece que foi uma surpresa para todos. Mas ela conseguiu.

— Alecsander, temos que falar sobre o que aconteceu na noite anterior? — perguntou, os braços cruzados.

Ele estava apoiado em uma das árvore, seu cavalo preso em um galho.

O cacheado de arco o olhou por cima, já que estava em cima de seu próprio cavalo.

— Não conversamos sobre isso se você não quiser, Aemond — respondeu, sabendo a situação em que o outro se encontrava.

— Eu quero — retrucou.

— Prossiga, então — rebateu Alec.

— Ninguém deve saber— foi direto, sem qualquer enrolação.

Alecsander ficou em silêncio por uns segundos, absorvendo o que tinha acontecido.

— Ok — disse, sua mente gritando milhões de palavras e sua boca disse apenas uma resposta rápida.

— Podemos continuar, se for de seu desejo. Mas por enquanto, não deve ser dito a ninguém — continuou. — E se continuarmos, não devemos nos... apaixonar.

Tomou cuidado com a última parte.

E Alec se segurou em soltar um sorrisinho de escárnio, ele iria ser a porra de um segredo?

— Quanto tempo? — perguntou.

— Até Aegon ser firme na coroa — respondeu.

O cacheado o olhou, a garganta fechando e o coração endurecendo.

— Você se ouviu? — rebateu o garoto. — Aegon não deve ser rei, minha mãe é a herdeira.

— Não foi isso que eu quis dizer! — tentou.

— Então o que você quis dizer? — retrucou, e Aemond parou por um instante.

Ele não sabia o que responder.

Alec revirou os olhos, comandando o cavalo. E os dois partiram por entre as árvores, ainda mais dentro da floresta.

O platinado se xingou mentalmente, pegando seu cavalo e tentando o alcançar.

O cacheado entendia seu lado, não importava o que Aemond fizesse. Ele era um traidor.

Alecsander compreendeu.

Mas... e ele?

Toda a sua vida, o Targaryen moreno foi o irmão mais velho que cuidou e recebeu as responsabilidades.

Puta merda, ele foi para o exílio apenas para dar a justiça que Aemond merecia.

E só ele sabe o que teve que passar naqueles três malditos anos, quantas pessoas perdeu e quantas matou.

Não era um herói, era, no máximo, um assassino.

— Alecsander! — o platinado gritou, em uma distância considerável.

O cacheado não parou, não até ver o lago. O garoto olhou ao redor, a água cristalina e a grama tão verde.

Aemond chegou ao seu lado, pegando as rédeas do outro cavalo. Mas a atenção do outro pairou apenas no ser em sua frente.

Um cervo branco.

O platinado dirigiu a mão a sua espada, pronto para atacar quando fosse a hora.

Alec o impediu.

— Não — sussurrou, o cervo fixando seu olhar no garoto cacheado. Vendo sua alma e seu espírito, vendo sua coroa.

Gotas de chuva caíram do céu, fazendo o cervo mexer as orelhas e olhar para o Targaryen moreno mais uma vez antes de partir.

— Alecsander...

— Eu não quero ser o segredo de ninguém, Aemond — respondeu, sua voz saiu calma.

— Eu não quero que você seja o meu segredo — retrucou, a expressão ilegível, mas dócil. — O problema é que... se eu a trair, se eu trair minha mãe, ela muito querida para mim.

— Mais querida que eu? — perguntou o mais novo, o sentimento transparecendo.

E Aemond o notou.

Alec esperava que ele escolhesse sua mãe, porque é isso que os filhos devem fazer, correto?

Mas ele não o fez.

Não — respondeu o platinado. — Não mais querido que você.

E o moreno tomou fôlego antes de continuar, sua expressão neutra.

— Sem nos apaixonarmos, então? — perguntou.

— Alec—

— Tudo bem, posso lidar com isso — disse, um sorrisinho divertido e sarcástico no rosto. — Não é como se estivéssemos fazendo algo além de tranzar.

O coração de Aemond quebrou, e ele segurou a expressão de surpresa no rosto.

Ai.

Entretanto, Alec conseguia ver através dele. E mesmo desse jeito, o garoto não se atreveu a voltar atrás.

Às vezes, sair do ritmo faz parte da dança.

Alec só sabia lidar com a dor uma maneira, devolvendo. Ele se sentia seguro, protegido.

O garoto era intenso, isso era notável.

E Aemond sabia que o cacheado era cruel quando está com raiva, mas o que ele não sabia. Era que Alecsander era ainda mais cruel quando não se importava.

Um estrondo ao longe da cidade foi ouvido, e gritos ecoaram por toda a cidade.

Alecsander foi o primeiro a puxar as rédeas do cavalo, seguindo em frente. Aemond logo atrás, deixando os pedaços de seu coração naquele maldito lago.

O moreno pulou do cavalo, vendo pessoas correndo desesperadas. Navios com armas absurdamente grandes estavam vindo em sua direção.

E Alec percebeu, eram as mesmas armas projetadas para matar dragões.

O garoto já havia visto o estrago que aquilo tinha feito, e doeu tanto nele quanto em um de seus filhos.

— Não! — gritou Aemond, vendo o mais novo correr entre a multidão.

Os dois se perderam um do outro, e mesmo assim. Alec não parou.

Ele assobiou, e seu dragão sobrevoou a cidade. Pairando sobre a água para que seu cavaleiro pudesse subir.

Ele fez.

Drake, não é a primeira vez que enfrentamos isso — disse em Alto Valiriano. — Vamos conseguir, garoto. Só se mantenha longe das armas.

O dragão gruniu, concordando com seu cavaleiro. Ele levantou voou, seguindo até os navios.

— O que querem? — perguntou, sua voz alta por causa da distância.

Um guerreiro apoiou o pé na borda, a raiva em seus olhos.

— Você está sendo acusado por matar o rei do Extremo Norte! — gritou, e Alec estreitou as sobrancelhas.

Não, ele não havia o matado.

Era uma porção pequena, só iria o derrubar, ele tivera calculado perfeitamente a dose.

Hakon não morreu por ele.

— Impossível, eu saí de seu castelo e ele ainda respirava — manteu a pose.

— O encontramos logo depois em seus aposentos, seu bastardo! Ele foi esfaqueado até a morte, com uma lâmina de ferro, uma lâmina Velaryon — recitou o homem.

— Eu não o matei! — retrucou.

— Apenas desça, entregue seus dragões e sua cabeça! — rebateu.

— Como sabe que eu tenho mais de um dragão? — perguntou, e a sobrancelha do guerreiro tremeu.

Peguei você.

Agora ele realmente tinha total certeza de onde vinha todo esse rancor, Arkin deve estar orgulhoso.

— Atirem! — gritou, e Alec desviou rapidamente das flechas.

Ele sobrevoou com Drake, pondo fogo em alguns dos navios. Aemond apareceu ao longe, Vaghar em sua guarda.

O garoto se aproximou.

— Ajude os aldeões — mandou.

— São armas contra dragões! — rebateu o platinado. — Não pode lidar com todos sozinho.

— Eu estou sempre sozinho, Aemond — respondeu, a calma e autoridade presentes. — Ajude-os.

E Aemond iria fazer, quando uma flecha foi disparada contra Vaghar.

O dragão fêmea rugiu alto, e agora tudo estava fora de controle.

Vaghar! Daor! — gritou o platinado, e a besta não ouviu, batendo as asas tão fortes que fez algumas casas da cidade caírem.

A chuva caia mais intensamente, e o cacheado segurou ainda mais as rédeas de seu dragão.

Vaghar se descontrolou, e acabou por chutar a besta sombria com a cauda.

Drake rugiu, sua raiva crescendo e o canibalismo presente. Se ele não pensasse rapidamente, iria acontecer um massacre.

Drake! — exclamou, e o dragão recuou.

Mas Vaghar não, ela tivera ido para cima da besta sombria e fogo foi lançado contra seu rosto.

Entretanto, não tivera sido Drake.

Valak! — gritou, vendo seu pequeno dragão. Seu filho mais novo, o ser de asas tinha o tamanho de Syrax.

Os dentes eram como lâminas e suas escamas eram douradas, ele era lindo.

Todavia, Valak tinha um problema na cauda, Alec tentou a consertar o melhor que pôde.

Mas era difícil quando não se tinha meistres e guardiões de dragões no exílio, era um alívio que seu filho conseguisse voar depois de tanto tempo.

— Não! — Alec exclamou quando Vaghar abriu a boca, pronta para mastigar Valak.

Drake foi mais rápido, a empurrando com seu corpo. Entretanto, Alecsander ficou tão concentrado nos dragões que tivera esquecido dos guerreiros do norte.

E quando notou, era tarde de mais.

Flechas de fogo e veneno dispararam no pescoço da besta sombria, e Aemond ficou sem reação quando viu seu garoto cair junto ao seu dragão.

Os dois caíram na água.

E a partir daquele dia, Alec sabia que tivera sido uma pessoa horrível.

Como em vários outros, como em sua vida toda.

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