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• J U L I A N A •
📍 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 quarta feira, 2 de novembro
— eu vou socar a cara daquela vagabunda se ela continuar com deboche pro meu lado. — eu avisei para o Lennon que me olhava atentamente — deixa ela ciente, que se ela continuar de gracinha pro meu lado eu não respondo por mim.
— o que aconteceu agora? — ele perguntou com aquele tom neutro dele
— ela veio encher meu saco no banheiro. — eu falei e o vi respirar fundo como se estivesse pensando em milhares de coisas — acho que tudo o que ela quer é a sua atenção.
— eu falei com ela sobre isso. Enquanto a gente não assume, eu e ela não precisa ficar conversando. Para não dar conversa pro pessoal da internet.
— e nem pra esse pessoal, aqui. Pelo amor — eu disse e pude ver ele engolir seco — se ela fosse uma pessoa legal, simpática seria tudo mais fácil. Tanto para a nossa relação e pra aturar ela. Nunca nem fiz nada pra ela e ela tá sempre com cinco pedras na mão.
— ela é obcecada de um jeito péssimo. No começo eu pensava que era porque ela era imatura né. E eu tava cego por ela-
— isso todo mundo sabia. — eu o interrompi
— eu estava apaixonado, Juliana. — ele disse com desdém — mas não vem ao caso agora. O que eu quero dizer é que, ela é maluca e que tu não precisa dar atenção pras loucuras dela, só isso.
— só isso. — eu repito Olhando ao redor pra ver se não tinha ninguém prestando atenção na nossa conversa — você diz como se fosse fácil.
— não é fácil. Eu sei que não, mas tenta deixar, preta. — ele colocou a mão na minha coxa e acariciou com o polegar
Respirei fundo e concordei minimamente com a cabeça. Encostei a minha cabeça no ombro dele e o mesmo deixou um beijo na minha testa. Me deixando mais confortável.
— Ju, vem aqui rapidão. — Minha irmã me chamou e eu levantei para ir até ela — me ajuda pegar uns negócio lá no carro? — pergunta e eu concordo com a cabeça — cadê a Anyssa? Ela vai também.
— ela tá lá nos brinquedos com as crianças. — eu disse e ela Tamires fez cara de ué e eu ri
— para aí que eu vou buscar ela. — a Tamires fala é logo some só meu campo de visão
Olho para o Lennon que estava me olhando confuso e dei de ombros. Fiquei falando com a minha tia uns 5 minutos até a Tamires voltar acompanhada da Any. A gente saiu do salão e foi até o estacionamento pegar as tal coisa da Tamires.
— o que tanto essa mina te fez, pra você ficar com essa cara? — a Any perguntou pra mim enquanto a gente entrou no carro
— ela me estressa, mano. Que odio — eu disse vendo a Tamires me dar alguma coisa pra segurar — eu tava lá no banheiro né, e ela tava lá. Até aí beleza, mas quando eu saí ela veio me encher. Me irritar de verdade.
— quem, gente? — a Tamires pergunta curiosa
— a prima do seu ex. — eu disse revirando os olhos
— àquela tal de Giulia? — ela perguntou e eu concordei com a cabeça — ela tem uma carinha de sonsa.
— ela é sonsa. — eu afirmei e ela me olhou
— o que aconteceu pra você não gostar assim dela?
— além de ser ex do Lennon. Ela é insuportável, vive jogando indireta pra mim e ainda é obcecada por ele. — eu explico
— tá fudida Juliana. — Ela fala — mas você já deu um chega nela?
— não. Mas só porque o meu pisicologico não deixa. — eu disse e ela me olhou
— ah, se eu fosse você, já tinha arrastado a cara dela no asfalto. — a Any fala
— ela tá grávida. — eu disse e as duas me olhou chocada
— como assim, cara? — a Any perguntou e eu respirei fundo
— eu descobri esses dias. — eu disse — e o foda é que, agora que a gente tá se dando bem, isso aconteceu.
— como assim se dando bem? — minha irmã perguntou — você e o Lennon não estavam bem? — ela perguntou largando o que estava fazendo
E eu iria ter que contar a verdade pra ela. Não tem como esconder uma coisa assim dela. Logo dela.
E até porque mentir assim já está desgastando muito o pisicologico. Olhei para os lados para ver se não tinha ninguém passando e decidi contar para ela.
— o meu namoro com o Lennon não é realmente de verdade. — eu disse e ela franziu o ceno confusa — no começo foi uma mentira para a mídia, para ajudar a gravadora do pai e a imagem do Lennon na mídia.
— eu ainda não entendi. — a Tamires disse — vocês não namoram?
— a gente assinou um contrato onde teríamos que fingir ser namorados durante alguns meses. — eu disse e ela abriu e fechou a boca — só que agora é diferente. Agora parece que a mentira não é mais mentira, sabe? A gente passou tanto tempo juntos que um sentimento acabou se instalando. E pra ser sincera, eu tô gostando dele.
— gostando como? — a Tamires pergunta
— gostando muito. Eu finalmente voltei a me sentir eu, com ele.
— Juliana do céu. Isso é louco. Muito louco. No começo eu sabia que tinha algo de errado, porque vocês não se olhavam do mesmo jeito que se olham hoje em dia. — Ela fala
— e o pai não sabe.
— não sabe de que? — a Tamires perguntou
— da nossa relação fora da mídia. Pra ele a gente finge o namoro, apenas. Ninguém sabe pra falar a verdade. Vocês são as únicas que eu confio para falar sobre. — eu disse
— mas, o que vocês têm? — a Any perguntou
— não faço a mínima ideia. Todo mundo intitula ele como o meu namorado, e eu gosto disso. Então pra mim esse negócio de contrato nem existe mais. — eu respondi pra Any
— eu ainda estou chocada com tudo isso. Velho tua história da um livro, uma série, um filme, tudo mana. — a Tamires fala incrédula voltando a pegar as coisas no carro
— mas, pelo amor de Deus Tamires. Isso é sigilo total. Você não pode contar pra ninguém nada disso. Nem o pai pode saber que eu te falei isso, sério. — eu disse e ela concordou com a cabeça
— relaxa que a minha boca é um túmulo. Se depender de mim, ninguém sabe de nada pô. — ela me deu uma roupa que eu suponho que seja a troca da Helena
— e essa história da piranha fora da água grávida? Como assim cara? — a Any pergunta
— um pouco antes do contrato começar, ela e o Lennon tinham um caso. Tipo recaída. Só que ele descobriu uns podre dela, que até hoje eu não sei, e ele terminou de novo o que eles tinham, e ela viajou. Tipo não ficou aqui no Rio. Ai, esses dias ela voltou com essa história de gravidez.
— e é verdade mesmo? — a Tamires perguntou e eu concordei com a cabeça
— que ela tá grávida é verdade, até porque ela já foi em consulta e tudo. Não tem como forjar tudo isso. E vocês não viram o vestido colado que ela tá? É pra tentar mostrar a barriga. — eu disse
— eu nem reparei. — a Any comentou
— oxe, ela tá com quantos meses? — a Tamires perguntou
— vai fazer cinco.
— a barriga dela tá muito pequena pra quase cinco meses. Não dá nem pra reparar que ela tá grávida. — a Tamires disse e eu concordei com a cabeça
— eu pensei na mesma coisa. — eu disse vendo a Tamires fechar o carro — porém ela jura de pé junto que o filho é do Lennon.
— eu acho que ela não é de confiança. — a Any fala — cobra cascavel.
— e o foda é que, tem que esperar nascer pra fazer o teste de DNA. — eu disse e elas concordaram
— agora é esperar né. Fazer o que. — a Tamires disse e a gente atravessou a rua
— mas, eu se fosse você, batia nela do mesmo jeito. Só pra ficar ligeira. — a Any disse — você já fez box, cara. Um soco teu ela desmaia na hora pô. — Ela continuou e eu ri
— e olha pra ela, tem nem tamanho. — a Tamires e eu concordei com a cabeça
— ela é do meu tamanho, ridículas. — a Any falou e eu solto uma gargalhada junto com a Tamires — não estou entendo vocês.
— foi mal. Esqueci que tu é baixinha, amiga. — a Tamires fala rindo quando s gente chega na frente do salão
[...]
O final da festa eu tentei deixar o clima mais leve possível. O Dokik colocou a playlist de festa dele e todo mundo dançou, cantou e tudo mais. Agora a gente está indo embora e o Lennon tá levando a minha bolsa e o meu salto, vê se não é o homem perfeito.
Se algum dia eu julguei ele, eu não lembro.
— que foi que tá com essa cara? — eu perguntei quando entramos no carro e ele me olhou antes de ligar o jaguar
— tô com cara nenhuma não. — ele disse olhando para rua ainda com o carro parado
— tá sim. Tá emburrado já tem um tempinho. O que tá acontecendo? — Eu perguntei pra ele passando uma das mãos na sua nuca e ele tirou a minha mão
— não tá acontecendo nada, Juliana. — ele disse todo seco e eu senti o carro se movimentar depois
Ele tava puto com alguma coisa, que eu não faço a mínima do que é.
— eu tô de boa aqui, querendo conversar contigo. — eu disse e ele continuou sem me olhar
— eu não quero conversar. — ele disse e eu respirei fundo para tentar mais uma vez
— você não quer me falar o que tá acontecendo? — eu perguntei de novo e ele não respondeu, ficando em silêncio total — beleza. Não vou insistir. — eu me ajeitei o no banco e coloquei o sinto de segurança
Eu odeio ficar implorando por resposta, e se ele não quer falar, problema é dele. E com o jeito que ele tá eu tenho certeza que ele está muito puto. E o pior é que eu nem sei por quê.
Mas, eu não vou ficar insistindo. Se ele quiser falar bem, se não, amém.
N O T A S F I N A I S
E a maratona termina aqui galeraaaa. Eu estou muuuito feliz com a repercussão da história, sério. Eu queria agradecer muuuito vcs que me ajudam, comentando e votando sempre. A história está com mais de 50K de visualizações, quase 5K de votos e maus de 3K comentários.
Sério, vocês são perfeitas, eu eu agradeço cada do fundo do coração.
Obrigado por tuuudo, e até a próxima amoresssss