Da guerra ao Amor

Galing kay VGOliverAutora

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No início das guerras, forjado no calor da batalha, sem nenhum tipo de pudor, onde a violência impera e o san... Higit pa

AVISOS E EXPLICAÇÕES!
Personagens
Sinopse
Prólogo
A Guerra
O Demônio
O Começo do Tormento
Uma noite sem estrelas
Novos Caminhos
A Ira do Demônio
Assuntos de Guerra
Rio de Sangue
Intrigas - Parte I
Intrigas - Parte II
O Retorno
Saudade
Desejo
Os Visitantes
Olhos de Mar
Jardim do Entardecer
Declínio no Horizonte
O Grande Torneio
Memórias
Traições
Planos
Dor
Desamor
Despertar
Não me deixes
Desolação
Mentiras e Verdades
Distorções
Lírios de Sangue
Pensamentos sem fim
As flores pelas quais sangrei
Meu paraíso em sua escuridão

Encontros ao Acaso

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Galing kay VGOliverAutora

"Quomodo amabo te, si mihi non credes?" (Como ter amarei se não confias em mim?

                                       — Kassandra Rajter

Alguns dias depois...

Kassandra

Eu estava vivendo na linha entre o desespero e amor. Minha filha graças aos Deuses vivia quietinha em meu ventre, minha barriga não havia crescido apenas uma protuberância, meus seios e quadris que haviam desenvolvido consideravelmente. O imperador questionou – me certa vez sobre isso e falei que era apenas minha alimentação muito mais sortida.

Como eu não tinha muita barriga ele ainda se deixava enganar, mas sabia que não poderia adiar mais falar a verdade a Mardok, eu o amava e sabia que ele tinha sentimentos fortes por mim, confiava nisso a fim de ele não machucar nossa filha.

Tem uns dias que ando pelos jardins mesmo contrariando a vontade do imperador, eu tinha uma escolta oculta que me impedia de sair ou de ir para determinados lugares, mas às vezes, ela não se fazia presente e eu podia vagar por todo o castelo enquanto o imperador resolvia seus assuntos. Em umas dessas caminhadas encontrei o primo do Mardok.

A princípio ele me amedrontou, pois por minha causa suas mãos foram machucadas, mas ele não pareceu guardar nenhum rancor por mim. A primeira vez que nos encontramos ele apenas acenou e sorriu para mim, seus olhos dourados e hipnóticos me encarando quase com adoração. Ele apenas colocou uma flor do campo entre minhas mãos e saiu.

A segunda vez que esbarrei com ele sentou ao meu lado e olhou o horizonte comigo, fiquei com medo de parecer rude se o mandasse sair, e se eu fosse sincera a companhia silenciosa dele me reconfortava. Eu não sabia ao certo tinha algo no jeito que ele me olhava, a intensidade que a princípio me assustava, também me fazia sentir reconfortada de alguma forma. Era estranho.

Andei pelo terraço sorrindo, o presente que o Imperador me deu estava completo, as flores na fonte e ao redor um jardim suspenso digno da Babilônia, segurei mais firme o instrumento que estava usando para cortas os galhos de algumas plantas que já estavam crescidas. Assim que virei – me dei de cara com Ador encarando - me silencioso como sempre.

— Não sentes falta de ser livre? — Era a primeira vez que sua voz se fazia presente. O olhei assustada colocando uma mão no meu pescoço sentindo uma angustia bater em meu peito.

— Eu sou livre aqui, senhor. Eu... — Ele cortou – me se aproximando e me assustando com seu avanço não tive reação fiquei estática o encarando.

— Livre com um montante de soldados a seguindo? Livre com o meu primo contando os seus passos? Livre com a desconfiança dele? Achas que ele a manterá até quando, olhos de mar? — Meu coração disparou com todas as verdades que o homem a minha frente jogava em mim. Engoli em seco apertando o instrumento cortante em minhas mão.

— Sinto não ter te encontrado antes e não ser o primeiro que te despertou o amor. Te observei de longe por muito tempo, olhos de mar, gostaria de ser o pai da criança que carregas... — Dei um gritinho pelo choque de suas palavras.

— Você... Como? — O encarei assustada com o seu conhecimento sobre o meu segredo.

— Eu tenho olhos e ouvidos em muitos lugares, minha menina. Achas que ele aceitará essa criança? — Desviei meus olhos dos dele e olhei para o horizonte.

— Se pudesses fugir? Irias para longe? Um lugar afastado e sem guerras um novo mundo, um lugar onde pudesse criar essa criança sem medo, sem riscos. — Eu não sabia o que dizer. Eu estava confusa e não sabia onde o primo do Imperador queria chegar exatamente apertei o instrumento tão forte na minha mão que acabei por me cortar.

— Se feristes? Deixe – me ver. — E puxou delicadamente a minha mão tirando de suas vestes um pedaço de pano macio limpando o pequeno, mas profundo corte na palma de minha mão, beijando - a em seguida. Meu coração batia acelerado, tudo que ele falou fazia sentindo. Mas eu não teria coragem de abandonar o imperador. Ou teria?

Senti os dedos de Ador tocarem meus cabelos afastando uma mecha do meu rosto.

— És tão bela... — Afastei – me um pouco amedrontada. Minha cabeça martelando, o sangue bombeando em meus ouvidos fazendo – me mais atordoada. Passei a mão em minha barriga olhando novamente para a extensão de Assur.

Será que teria como vencer a escuridão de Mardok e salvar nossa criança?

Eu seria capaz de ocupar o oco dentre dele e fazer seu coração comido pelo rancor e pela raiva voltar a pulsar?

Eu precisava arriscar, ou morreria tentando.

Mardok

O torneio transcorreu normalmente depois da luta de demonstração que eu venci. Aubalith lutou bravamente tentando impressionar a escrava insolente dele. A poucos dias ele contou – me que uma de suas amantes dissera que estava carregando um bastardo. Eu acreditava piamente que não era filho dele e a faria expulsar a criatura de suas entranhas, mas meu primo e seu senso irritante de justiça não quer algo assim.

Kassandra e eu estávamos mais próximos a cada dia, ela parecia um pouco doente e pensativa esses últimos dias, sempre pálida e indisposta, tendo sangramentos fora de época. Ninsina garantiu que era normal, mas me preocupava que ela estivesse doente. Me preocupava mais ainda que ela poderia estar me escondendo algo, talvez uma indesejada gravidez. Resolvi que deixaria que ela falasse o que a afligia no tempo dela.

Aubalith estava vigiando Hana, o conselheiro e Alaha meu tio dos infernos de perto. Eu sentia que uma tempestade estava vindo só não sabia exatamente como ela seria. Seja o que fosse eu estaria preparado... Eu era o Imperador demônio, eu dizimava nações e não permitiria que traidores tirassem o que sempre foi meu por direito. Procurei Kassandra nos meus aposentos e não a encontrei.

Andei a passos largos pelos corredores da fortaleza intrigado pelo sumiço da minha escrava. Estava mal acostumado a sempre te – la a minha disposição, provavelmente ela deveria estar no terraço, ela amava aquele lugar. Andei ansioso por possuí – la. Assim que cheguei próximo ao terraço e vi uma cena que fez meu sangue esquentar.

A traição picando a minha carne, minha boca secou, apertei as minhas mãos forte em cada lado do corpo. O ódio fez morada no meu sangue e a violência tomou conta de mim. Kassandra e Ador, a minha mulher e meu primo em uma situação intima. Ela não parecia incomodada com a presença dele o que me fazia pensar a quanto tempo isso vinha acontecendo.

Nem todas as surras, os abusos, nem todas a batalhas, todos os ferimentos que sofri doeram tanto ao ver aquela imagem. Ador segurando a mão de Kassandra como se estivesse verificando algo. Em seguida beijou a palma de sua mão. Meu coração parecia que estava sendo mastigado e em seguida cuspido. Minha respiração ficou curta e meus pés não conseguiam desvendar a cena.

Quando ele colocou uma mecha do cabelo loiro dela atrás da orelha como eu costumava fazer, não consegui mais olhar. Fechei meus olhos e na minha memória todos os nossos momentos, os bons e os ruins, passaram como uma retrospectiva em minha mente. O corpo nu que eu achava que era só meu, os olhos lindos... Meus olhos lindos que agora encaravam outro. Sem medo.

O demônio tomou conta de mim e o homem deu lugar ao caos. Eu não perdoaria Kassandra por essa traição ela terminaria os dias padecendo ao meu lado.

Continua...

Desculpa a demora. Estava finalizando a outra história e essa foi ficando pra baixo na fila. Estou terminando o próximo capítulo e devo postar ele no fim de semana se tudo der certo. Bjs espero que gostem. Lembrando que os capítulos não estão revisados.

Musica da mídia - Paloma Faith - Only Love Can Hurt Like This

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