Manacled | Dramione

بواسطة moonletterss

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Para maiores de 18 anos. Fanfic concluída. Harry Potter está morto. Após a guerra, a fim de fortalecer o pode... المزيد

Nota da tradutora
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75. Epílogo 1
76. Epílogo 2
77. Epílogo 3
Drabble Pós-Manacled
Manacled, Draco & Aurore
Para sempre é composto por agora
Nota da tradutora

58. Flashback 33

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بواسطة moonletterss

Maio de 2003

Quando Hermione acordou, Draco ainda estava ao lado dela. Ele tinha uma grande pilha de livros que estava cruzando. Hermione piscou e estreitou os olhos para ler os títulos e descobriu que ele estava pesquisando os regulamentos de Gringotes e as leis de herança.

— O que você está fazendo? — ela perguntou depois de um minuto.

Seus olhos saltaram da página em que ele estava.

— Rodolphus Lestrange foi encontrado pendurado decorativamente em várias peças enquanto viajava pela Bulgária.

Hermione engoliu em seco. Gabrielle. Tinha as impressões digitais dela por toda parte. Os métodos de Gabrielle se tornaram cada vez mais cruéis e extremos nos últimos meses.

— Esse foi o motivo da minha convocação — Draco disse enquanto fechava o livro. — O Lorde das Trevas está indignado com a audácia do assassinato e – curiosamente – intensamente preocupado com quem terá acesso ao cofre de Lestrange agora.

Hermione congelou e seus olhos se arregalaram. — Você acha que...

Ele deu um breve aceno de cabeça. — Os Lestrange seriam uma escolha óbvia para confiar uma horcrux. Se meu pai fosse escolhido, Bellatrix e seu marido seriam igualmente prováveis. Famílias antigas com heranças e excelente segurança. Bellatrix transferiu sua herança como Black para o cofre dos Lestrange. Além da filha de Andrômeda, que atualmente é uma criminosa procurada, sou a última com sangue Black. Não existem mais Lestranges, a menos que um bastardo saia da toca. Acredito que, com sangue e tecnicidade, posso conseguir acessar o cofre.

A mente de Hermione disparou. — Suborne os goblins. Eles são altamente possessivos com qualquer coisa feita por goblins. Se você concordar em dar a eles algumas das heranças Black ou Lestrange feitas por goblins, eles encobrirão que você esteve lá. Foi assim que conseguimos acesso a alguns dos cofres.

Os olhos de Draco brilharam. — Útil.

Ele sacudiu a varinha e convocou vários frascos do outro lado da sala. — Você pode se mexer?

Hermione ergueu o braço e inclinou o queixo para baixo para olhar seu peito. Em algum momento, enquanto ela dormia, Draco baniu o gesso do exoesqueleto. Os lençóis foram puxados cuidadosamente até as clavículas crescidas. Seus dedos pegaram o tecido, mas ela hesitou e olhou para ele. — É ruim?

Ele encolheu os ombros, mas seus olhos estavam fixos no rosto dela. — É algo pequeno.

Hermione tensionou ligeiramente a mandíbula enquanto puxava o lençol para trás e olhava para seu peito.

Parecia que uma pequena bomba havia explodido em seu esterno. A cicatriz estava concentrada no centro do peito e depois se espalhava em cicatrizes menores, subindo em direção aos ombros e descendo pela parte superior dos seios.

Ela podia sentir os olhos de Draco nela, embora ele não se movesse. Ela piscou com força enquanto estudava.

Ela engoliu lentamente.

A cicatriz era bem pequena considerando a lesão. Ela dificilmente estava desfigurada. Não teria quaisquer consequências para toda a vida. Com o tempo, isso desapareceria. Ela sabia que poderia tratá-la para que desaparecesse.

Ela teve muita sorte. Algumas cicatrizes não eram nada comparadas aos ferimentos que outras pessoas da Resistência carregariam por toda a vida.

Estava tudo bem. Ela usaria apenas camisas com decote alto.

Ela engoliu novamente e olhou para Draco, que ainda a observava cuidadosamente. Ela forçou um sorriso. — Como... quantos frascos de Dittany você usou em mim para administrar isso? — Ela largou o lençol e pressionou as mãos contra ele.

Draco revirou os olhos. — Ainda não são tantos quanto você usou em mim.

Ela deu um sorriso irônico. — Suas cicatrizes são mais bonitas que as minhas.

Ele bufou audivelmente. — Eu tive uma curandeira melhor.

Hermione deu uma risada baixa, mas ficou presa em seus pulmões. Ela tentou respirar, mas tossiu violentamente até cuspir vários coágulos de sangue na mão.

Draco estava imediatamente ao lado dela. Ele deslizou a mão atrás da cabeça dela e havia um frasco em seus lábios. — Isso é para limpar seus pulmões.

A reação instintiva de Hermione foi se afastar e inspecionar a poção para verificá-la, mas ela confiava que Draco era paranóico o suficiente por ambos. Ela separou os lábios e engoliu. A sensação sufocante e pegajosa em seus pulmões desapareceu.

Draco murmurou um feitiço e ela sentiu o sangue em sua mão desaparecer.

Draco convocou várias outras poções. Hermione olhou para elas e catalogou mentalmente cada uma. Alívio da dor. Fortalecedores. Poções para tecido pulmonar. Poções para ajudar os tendões e ligamentos a se unirem aos novos ossos. Algumas eram um tanto redundantes. Draco era exaustiva e obsessivamente minucioso.

Ela engoliu cada poção sem murmurar, engasgando várias.

Ele beijou o topo de sua cabeça. — Está com fome?

Ela bufou. — Não depois de oito poções. Embora a água fosse apreciada. Você está com minha varinha? Eu acho que eu estava segurando ela quando aparatei, não foi? Não consigo... me lembrar completamente.

Draco puxou a varinha dela de suas vestes e colocou-a na mão dela. Ela podia sentir a hesitação em seus dedos.

— Desculpe. Eu não sabia que a desaparatação causaria a quebra de seus ossos.

Hermione estremeceu com a lembrança. Ela olhou para baixo e se forçou a encolher os ombros. — É a pressão. É por isso que eu disse que você não pode usar transporte de deslocamento com lesões cerebrais ou oculares. Pode ser semelhante com ossos danificados.

— Desculpe.

Hermione olhou para cima e deu-lhe um pequeno sorriso. — Não é sua culpa. Foi muito azar.

Ele enrijeceu e sua expressão congelou antes que ele zombasse baixinho. — Não foi apenas azar. A Ordem percebe o quão previsíveis eles se tornaram? As perdas de ontem foram quase inteiramente unilaterais. Foi um sucesso impressionante. Será repetido.

Havia uma raiva amarga em sua voz.

Hermione parou e então apertou os lábios, hesitando por um momento. — Era seu, não era? O ataque. Você planejou isso.

Draco ficou tenso e houve uma pausa. Ele desviou o olhar dela e ela viu seu queixo tremer.

— Tenho que manter minha posição para fazer tudo o que for necessário. O Lorde das Trevas sabe que agora existem espiões no exército. Ele está bem ciente de que a Ordem se infiltrou de alguma forma. Shacklebolt exagerou. Sussex e os vários ramos do exército estão a ficar isolados. Existem dezenas de medidas de contraespionagem em vigor; manter a posição é a única maneira de permanecer informado sobre eles.

Ela deslizou a mão pela perna dele. — Eu não estou culpando você. Eu simplesmente não tinha percebido isso.

Houve um longo silêncio.

— Não tive escolha a não ser matar Shacklebolt — disse Draco, finalmente. — Ele estava amaldiçoado, como você sabe. Weasley ficou furioso porque uma garota morreu. Shacklebolt tirou Potter e Weasley de lá, mas estava acabado. — Houve uma pausa. — A captura e o interrogatório teriam sido piores.

Hermione assentiu lentamente sem erguer os olhos.

Os Comensais da Morte saberiam o valor de Kingsley Shacklebolt. Eles teriam feito tudo ao seu alcance para arrancar cada pedaço de inteligência que ele possuía.

Teria sido uma morte lenta e horrível.

Teria arriscado a Ordem. Teria arriscado toda a Resistência.

Teria arriscado Draco.

— Foi rápido?

— Foi rápido.

Não havia mais nada a dizer.

Ela ignorou o peso em seu peito e sacudiu a varinha, lançando um diagnóstico sobre si mesma.

Os ossos haviam crescido bem, mas o tecido pulmonar, os tendões e os ligamentos ainda estavam delicados e em recuperação. A aparição não seria aconselhável por mais algumas horas.

Ela olhou para Draco. — Você precisa trabalhar? Posso ajudá-lo a pesquisar a lei de herança.

— Encontrei o que preciso.

Hermione olhou ao redor da sala. Era estéril. Quase nu. A cama, um guarda-roupa imponente, uma escrivaninha e uma cadeira.

— Este é um quarto de hóspedes?

A boca de Draco se torceu em uma breve careta. — Não. É meu. Não venho aqui com frequência.

Hermione olhou em volta com mais cuidado.

Era tão impessoal quanto seus quartos de hotel; ela não achava que já o tivesse visto com algo que pudesse classificar como posse pessoal. — Eu pensei que seu quarto seria verde e prateado.

Draco deu uma risada vazia.

Ela pegou a mão dele, entrelaçando os dedos. — Sinto muito, Draco, que você teve que vir aqui por minha causa.

Seus dedos se apertaram, agarrando os dela confortavelmente. — Eu teria vindo buscar os livros.

Hermione se iluminou e seus olhos se arregalaram quando ela olhou para ele. — Posso... posso ver sua biblioteca?

Os olhos de Draco brilharam e ele riu. — Eu me perguntei quanto tempo você levaria para perguntar.

As bochechas de Hermione ficaram quentes e ela baixou os olhos. — É só que... não tive acesso a muitos textos mágicos desde que voltei dos estudos no exterior. Trouxemos alguns de Hogwarts, e a biblioteca Black é boa. Eu li a maioria deles agora – não há mais lugar onde eu possa conseguir livros com facilidade.

— Vou te mostrar a biblioteca, Granger.

Ela se vestiu e Draco pegou sua mão. Eles pararam brevemente na porta. Draco respirou fundo, como se estivesse se preparando, antes de abrir a porta.

Eles saíram para um longo corredor escuro. Enquanto caminhavam, vários dos retratos murmuraram. Draco congelou e então se virou e olhou para o ancestral pálido e de feições estreitas olhando para eles.

— Uma palavra contra ela e eu vou queimar você até virar cinzas. Passe adiante o aviso. — A voz de Draco estava mortalmente calma.

O ancestral ficou verde e acenou com a cabeça antes de sair do retrato.

A biblioteca era enorme. Corredores e estantes de livros com escadas em espiral que levam a um segundo andar com caminhos que percorrem mais estantes.

— Draco... — Hermione sentiu como se houvesse estrelas em seus olhos quando ela percebeu.

Ela hesitou. Ele odiava a casa. Estar lá com ela devia parecer um pesadelo.

— É uma ótima biblioteca — ela finalmente disse.

Draco deu uma risada baixa. — Você pode gostar da biblioteca, Hermione. Você não precisa desgostar da mansão por minha causa.

Ela se aproximou de uma prateleira e passou os olhos por todas as lombadas. Seus dedos pairaram um pouco longe dos tomos encadernados em couro antes que ela se controlasse. — Posso tocá-los?

— Claro. Eu não lhe mostraria livros que você não pudesse tocar.

Ela encolheu os ombros. — Algumas bibliotecas são amaldiçoadas contra nascidos trouxas.

Draco encostou-se em uma prateleira. — Não acho que os Malfoy alguma vez imaginaram que um nascido trouxa seria convidado para a propriedade. — Ele deu a ela um sorriso irônico. — O que você quer ver?

Hermione olhou ao redor com saudade antes de falar. — Teoria da alma, se você tiver alguma. Eles geralmente são uma subseção da teoria mágica. Não tenho muito tempo.

A expressão de Draco mudou quando ele se virou e a conduziu pelos corredores.

Ela perdeu a noção do tempo examinando os livros. Havia tantos livros lá que ela nunca tinha visto ou ouvido falar. Ela correu através de um livro após o outro até que seus olhos arderam e ela teve que inclinar a cabeça para trás para remover a cãibra. Ao olhar para cima, ela encontrou Draco a observando.

Seus olhos estavam escuros enquanto ele olhava para ela. Sua pele arrepiou e um arrepio percorreu sua espinha quando ela largou o livro e encontrou os olhos dele.

Ele se moveu como água enquanto se aproximava dela. Ele a beijou, e ela o absorveu. Ele deslizou os braços em volta da cintura dela, e ela puxou a boca para trás apenas o suficiente para falar.

— Temos de ter cuidado. Tudo ainda está um pouco frágil.

Ele assentiu e a beijou novamente.

Ele foi cuidadoso. Lento e gentil. Ele a tocou como se ela fosse vidro em suas mãos.

Quando ele tirou a blusa e olhou para ela, ela se encolheu e suas mãos subiram para cobrir o esterno.

— Elas vão desaparecer — ela disse rapidamente.

De repente ela entendeu perfeitamente as lágrimas de Ginny sobre sua cicatriz. A lesão no peito parecia muito mais proeminente do que as cicatrizes no pulso. Ela não conseguia esconder; não conseguia escondê-la debaixo dos lençóis, ou atrás das costas, ou de lado, para que as cicatrizes não ficassem constantemente visíveis.

Ela não achava que elas afetariam a forma como Draco a considerava - mas talvez afetassem. A cicatriz estava tão presente. Caiu bem no meio dela. Talvez, depois de um tempo, ser constantemente revisitada pela visão delas fizesse com que as coisas mudassem; eventualmente ele iria querer algo que não tivesse a guerra tão abertamente queimada. Algum dia, se tudo acabasse, ele poderia querer algo que não fosse uma lembrança tão constante do passado.

O pensamento a atravessou como uma lâmina. Ela mordeu o lábio e pressionou as mãos com mais firmeza contra o esterno.

— Vou tratá-las – para que desapareçam mais. — Ela engoliu em seco e seus dedos tremeram um pouco enquanto ela tentava cobrir todos eles e torná-las menos... ali.

Draco ficou imóvel por um momento, então pegou as mãos dela e as afastou. Ele olhou para baixo, seus olhos prateados estudando-a atentamente até que ela sentiu o calor subindo em suas bochechas e orelhas e sangrando lentamente pelo pescoço.

— Você vê minhas cicatrizes assim? Quando você olha para mim, elas são tudo que você vê? — ele perguntou.

Hermione se encolheu. — Não.

— Eu também não vejo você assim. Você é minha. — Ele soltou a mão dela e sua mão esquerda traçou levemente ao longo de sua garganta e clavículas e depois desceu pelo esterno até onde a cicatriz estava mais concentrada. — Você é. Não importa o que aconteça com você. Você ainda será minha. — Sua cabeça inclinou-se lentamente em direção a ela, e ele capturou seus lábios com os seus enquanto dizia a última palavra.

Ela liberou a outra mão e entrelaçou os dedos nas vestes dele, puxando-o para mais perto. Ela o beijou e o abraçou com tanta força que suas mãos tremeram.

Quando ela passou os dedos pelo corpo dele e sentiu as cicatrizes ao longo do tronco e dos ombros, seu coração doeu e ela beijou ao longo delas. Ela desejaria que todas elas desaparecessem por causa dele, mas nunca lhe ocorreu não gostar delas por causa delas.

Ele era dela. Ela não o amava porque queria transformá-lo em algo mais fácil. Ele era dela.

Ele empurrou para dentro dela, e ela pegou seu rosto entre as mãos e quase falou.

Eu amo você.

Estava em sua língua, mas ela hesitou e conteve as palavras.

Havia uma parte dela que sentia que poderia de alguma forma condená-los se dissesse isso. Se houvesse coisas importantes não ditas, talvez o amanhã chegasse.

Ela o beijou em vez disso.

Eu amo você. Ela contou a ele pela maneira como pressionou os lábios contra os dele; na maneira como a língua dela deslizava contra o ponto pulsante sob sua mandíbula; com a maneira desesperada como ela enroscou os dedos no cabelo dele e os padrões que ela traçou em seus ombros.

Eu amo você.

Eu amo você.

Eu amo você.

Ela disse a ele do jeito que ela se soltou e se agarrou a ele. Eu amo você. Eu sempre vou amar.

Finalmente chegou a hora de partir. Não havia desculpas para ficar mais tempo. A Ordem sofreu um duro golpe e Hermione tinha que enfrentá-lo.

Ela olhou para a biblioteca mais uma vez antes de se virar para sair.

— Eu vou trazer você de volta. Quando você quiser — Draco disse enquanto eles passavam pelas portas.

Ela fez uma pausa e deu-lhe um pequeno sorriso. — Não, você não precisa.

Eles voltaram para um saguão por onde passaram enquanto caminhavam para a biblioteca. Era um cômodo imaculado e vazio, mas escuro e frio por estar próximo do verão. Hermione olhou em volta.

— É sempre tão frio?

Draco olhou para cima. — Acho que costumava ser mais quente. Lembro-me de ser mais quente. As linhas Ley estão corrompidas agora. Afeta a casa. Existem proteções que eu poderia usar para reduzi-las — ele encolheu os ombros — sempre houve coisas melhores para fazer.

Ele deslizou a mão pela cintura dela e aparatou-a de lado para Whitecroft.

Hermione deu um passo para trás e apertou ainda mais sua varinha. Antes que ela pudesse aparatar, a mão de Draco disparou e ele capturou seu pulso.

Ele a puxou de volta. — Hermione, por favor... — a voz dele foi interrompida quando ele a agarrou com mais força e hesitou. Ela olhou nos olhos dele.

Ela sabia o que ele queria perguntar a ela.

Ele engoliu em seco. — Não se machuque novamente. Não...

Ela ficou na ponta dos pés e o cortou com os lábios. Ele segurou os ombros dela e ela sentiu a tentação de aparatar; levá-la embora e implorar para que ela fique lá.

Ela pegou o rosto dele entre as mãos e deu-lhe um beijo lento antes de pressionar o rosto contra o dele para que suas bochechas se roçassem.

— Tenha cuidado, Draco — ela murmurou contra o canto da boca dele. — Tome cuidado. Não morra.

Os dedos dele em volta do pulso dela se apertaram e quase tremeram. Então ele deu um suspiro baixo e a soltou.

Ela o beijou novamente e se forçou a se afastar. Seus olhos estavam fixos um no outro enquanto ela desaparecia.

Grimmauld Place estava tenso quando Hermione entrou. Havia uma sensação palpável de desespero na casa. Ela ficou no hall de entrada por vários segundos, absorvendo tudo. Agora que ela não estava mais interferindo na fúria assassina de Draco, ela tinha espaço para perceber sua própria fúria.

Ela foi até a enfermaria do hospital, com a mandíbula tensa enquanto ia procurar Padma.

Padma começou a chorar ao vê-la. — Você ainda está vivo. Eu me virei e você desapareceu.

Padma correu e começou a diagnosticar Hermione.

Hermione empurrou a varinha de Padma para longe. — Estou bem. Eu me recuperei. Se eu ainda estivesse em perigo, não estaria aqui. Não que você saiba, já que aparentemente você esqueceu de usar um feitiço de diagnóstico decente ontem. Você realmente diagnosticou de vista?

Padma congelou e empalideceu. — Eu não fiz? Não. Espere... primeiro eu usei... — sua voz foi interrompida enquanto seus olhos se arregalavam de horror. — Você tem razão. Desculpe. Estou tão acostumada com você fazendo feitiços avançados quando estou com você. Fiz um básico... então... então acho que devo ter entrado em pânico.

Hermione olhou e depois balançou a cabeça, incrédula. — Eu tinha veneno de vampiro em meu sistema, Padma, e infelizmente não estava em estado de espírito para me lembrar dele. Isso é uma coisa tão fácil de consertar se você tivesse usado um diagnóstico melhor. Se eu não tivesse sido levada para ser curada, provavelmente teria morrido no meio do saguão.

O rosto de Parma se contraiu. — Eu não tenho nenhuma desculpa. Desculpe.

— Desculpa não traz de volta um cadáver — disse Hermione, com a voz trêmula enquanto tentava controlar o quão venenosamente enfurecida ela se sentia. Seu pescoço e mandíbula estavam tensos, tensos com o esforço de manter a postura neutra. — Há coisas que deveriam ser mecânicas. Alguém está ferido, você faz um diagnóstico avançado e garante que sabe a extensão exata da lesão. Você não pede que eles contem o que aconteceu. Você foi curadora de campo durante anos; Não acredito que estou tendo essa conversa com você.

— Eu sei. Eu sei. Eu sinto muito. — Padma começou a chorar mais.

A língua de Hermione torceu com toda a frustração que ela queria despejar em Padma. Ela estava com tanta raiva que podia sentir sua magia crepitando nas pontas dos dedos.

Ela deslizou as mãos atrás das costas e as fechou lentamente em punhos apertados enquanto se forçava a engolir sua fúria.

Hermione respirou fundo e desviou o olhar de Padma. — Onde está Alastor?

Padma fungou e enxugou os olhos. — Sala de guerra. Ele mal saiu desde que a Ordem realizou o interrogatório. Perdemos Shacklebolt ontem. Harry diz que Draco Malfoy o matou.

Hermione congelou. — Harry viu Kingsley morrer?

Padma assentiu, sua exaustão visível em seu rosto. — Muita... muita gente morreu ontem. Eu tenho os registros registrados principalmente para você. Ron está uma bagunça. Lavender também foi morta. Ele estava perto, você sabe. Desde que ele foi atacado, ele têm estado muito sério. Quando ele a viu morrer, ele perdeu o controle. Harry tentou afastá-lo, mas - Ron estava - aparentemente ele matou o Comensal da Morte que matou Lavender, e quebrou o braço da varinha de Harry quando Harry tentou detê-lo. Kingsley tirou os dois, mas enquanto Harry puxava Rony para passar pelas proteções anti-aparição, ele olhou para trás. Ele disse que viu Malfoy na frente de Kingsley e sabia que era Malfoy porque Malfoy tirou a máscara e sorriu antes de usar a Maldição da Morte.

Hermione engoliu em seco e sentiu suas pernas ameaçarem ceder. A enfermaria do hospital ao seu redor balançou ligeiramente.

Padma tocou seu braço. — Desculpe, eu deveria ter contado a você com mais delicadeza. Eu sei que vocês dois eram próximos.

Hermione piscou e ficou atordoada. — O que?

— Shacklebolt. Vocês eram amigos, não eram? Vocês pareciam se encontrar muito.

— Oh... nós... nós... — ela engoliu em seco. — Era principalmente a logística da enfermaria hospitalar.

O que ela poderia dizer sobre seu relacionamento com Kingsley?

Havia um vazio em seu peito onde deveriam estar suas emoções sobre a morte dele. Foi um golpe, um golpe horrível para a Ordem perdê-lo; ela tinha uma admiração sincera por suas habilidades como estrategista, por sua capacidade de fazer escolhas impossíveis. No entanto, as coisas que ele fez - das quais ele a tornou cúmplice - sua permissão tácita de tortura, seu desrespeito pelos conselhos dela como curandeira, sua exploração de Draco. Ele era um mestre de marionetes, que encontrou cordas que podia manipular e fez a Ordem dançar de acordo. Ele os manteve vivos por pura genialidade, mas Hermione se viu ofegante de alívio por estar livre dele.

Ela não sabia o que sentir pela morte dele.

— Não acho que Kingsley considerasse alguém seu amigo — ela finalmente disse, desviando o olhar de Padma.

— Bem, Ron está bastante arrasado com tudo isso. Sobre Lavender e todo o resto por cima.

Hermione assentiu distraidamente. Ela não sabia que Ron e Lavender tinham ficado sérios. Ela estava tão preocupada com pesquisas e poções experimentais, preocupando-se com Draco, cuidando de Ginny; ela mal prestou atenção a nenhum dos relacionamentos em Grimmauld Place. Não parecia importante. Ela não tinha tempo ou energia para que os relacionamentos de todos fossem importantes para ela.

Kingsley estava morto. Perdidos em uma batalha para a qual a Ordem nunca deveria ter se deixado atrair.

A guerra estava chegando ao limite e a Ordem não tinha nada para mostrar depois de seis anos. Tudo o que eles fizeram no último ano foi sobreviver. Sem a hábil manipulação de Kingsley controlando Harry e a Resistência, ela não sabia como eles conseguiriam fazer isso.

Draco seria o próximo.

Ela podia sentir isso escrito no futuro.

Estava em seus olhos enquanto a observava aparatar.

Padma estava recitando a lista dos mortos, dos feridos - Hermione estava ouvindo o relatório apenas pela metade.

— Eu preciso falar com Moody. Certifique-se de que tudo esteja anotado, Padma; Vou verificar os relatórios mais tarde.

Moody estava sentado atrás de uma pilha de papéis. Sua expressão endureceu quando viu Hermione. Ele lançou uma dúzia de feitiços de privacidade antes de falar.

— Você está viva. Patil disse que você foi ferida e depois desapareceu, e aquele maldito elfo veio, enviado para "me informar" que você havia sido retirada para sua proteção. Há quanto tempo o Malfoy está usando isso?

Hermione engoliu em seco e respirou fundo. — Abril passado. Foi o que ele me disse.

A boca de Moody se torceu. Ele era o homem mais paranóico que ela já conheceu. Descobrir que Grimmauld Place tinha um espião latente na residência imediatamente após perder Kingsley deve ter sido um choque.

— Eu pensei que ele fosse ligado ao Potter.

Hermione olhou para o chão. — A magia dos elfos domésticos é complicada. Não pesquisei isso extensivamente – a maioria dos livros apenas a estuda para explorá-los. Os elfos domésticos utilizam o acúmulo natural de magia. Quando famílias antigas têm uma propriedade que utiliza as linhas Ley e utiliza proteções de sangue, isso entrelaça a magia. Eles ficam altamente sintonizados com a assinatura.

Sua garganta se apertou ao pensar nos elfos que permaneceram em Hogwarts. McGonagall se ofereceu para quebrar o vínculo ritual que eles tinham com o castelo; Hermione implorou a todos que saíssem quando a escola foi evacuada. Alguns concordaram, mas outros recusaram. Hogwarts e a magia de lá eram seu lar.

Ela não sabia se eles ainda estavam vivos na prisão de Hogwarts, ou se os Comensais da Morte mataram todos eles quando a escola foi expurgada de 'magia não cooperativa'.

Ela sufocou o pensamento. — Minha teoria é que tudo o que Sirius fez para forçar a herança de Grimmauld Place a ir para Harry dividiu os laços de Monstro. Monstro está vinculado a Grimmauld Place como residência da família, mas também está vinculado à assinatura mágica da família Black. Lucius entregou o título e a mansão a Draco após a morte de Narcissa. Se Draco confiou a propriedade para si mesmo com proteções de sangue, então Monstro pertence à Mansão Malfoy tanto quanto pertence a Grimmauld Place; possivelmente mais, já que Harry nunca usou barreiras de sangue em Grimmauld para fortalecer os laços. Era inevitável que, à medida que a assinatura Black em Grimmauld Place desaparecesse, Monstro fosse atraído para algum lugar onde pudesse encontrá-la novamente. As instruções que Draco lhe deu teriam mais influência do que as ordens de Harry.

— Eu quero que isso acabe.

— Eu ia sugerir isso. O vínculo dele com Harry é tão fraco que acho que posso quebrá-lo sozinha. Ele perderá o vínculo e a conexão com Grimmauld Place.

— O que acontecerá com ele então? — Os olhos de Moody estavam girando, desconfiados.

— Seus laços serão exclusivamente com a Mansão Malfoy.

Moody parecia estar considerando. Finalmente ele limpou a garganta. — Certo. Faça isto esta noite, ou serei eu quem cuidará disso.

Os ombros de Hermione ficaram tensos quando ela assentiu bruscamente. — Tenho mais uma coisa para relatar. Rodolphus Lestrange foi morto na Bulgária. Draco foi convocado sobre isso. Devido à reação de Tom à notícia, Draco suspeita que pode haver uma horcrux no cofre dos Lestrange.

Moody começou, olhando para ela atentamente. — Você contou a Malfoy sobre as horcruxes? — Sua voz era um rosnado.

Hermione encontrou os olhos dele calmamente. — Eu fiz.

— Você não estava autorizada a fazer isso.

Ela revirou o queixo. — Ele fez um voto, Moody. Ele não vai trair a Ordem. Sabemos sobre as horcruxes há cinco anos e não conseguimos encontrar nenhuma. Draco é mais eficaz do que qualquer um — sua voz se aguçou — e você sabe disso, porque sua lista de exigências para ele tem ficado mais longa a cada semana.

Moody se levantou. — Cuidado com seu tom, Granger.

Hermione não prestou atenção ao tom dela. A voz dela ficou mais baixa e vibrou com intensidade quando ela encontrou os olhos dele. — Você o utilizou demais. Se eu fosse uma curandeira de menor calibre, ele teria morrido dez vezes nos últimos dois meses; Eu disse isso a vocês, contei isso a Kingsley e vocês dois ignoraram. O fato de ele tentar fazer qualquer coisa que você pedir não significa que você pode continuar exigindo isso até que não haja mais nada dele para explorar. Tom sabe que temos espiões em seu exército. Seria milagroso se ele não tivesse percebido até agora. Ele está testando a lealdade dos Comensais da Morte. Kingsley foi longe demais e ontem foi a consequência disso.

Ela se inclinou sobre a mesa na direção de Moody. — Perdemos Kingsley porque ele permitiu que a Ordem caísse numa armadilha por uma questão de solidariedade. Eu disse que a Resistência não deveria ir. — Ela sentiu tanta raiva que seu peito doeu, como se seu esterno fosse fraturar novamente. — Eu disse que não deveríamos ir, e me disseram que colocar a Resistência em primeiro lugar era o mesmo que dizer 'os feiticeiros primeiro' e então me lembraram que toda vida humana tem o mesmo valor e vale a pena ser salva; como se não fosse eu quem estivesse tentando salvá-las. — Ela lutou para respirar através de sua raiva fervente e engoliu amargamente. — Bem, eles sabem que, por princípio, cairemos em armadilhas mortais agora, então quantas vidas dignas você imagina que o heroísmo de ontem nos custará no longo prazo?

Ela bateu as paredes de oclumência com mais firmeza no lugar e soltou um suspiro curto.

Ela agarrou a borda da mesa e sua boca se contraiu ao encontrar o olhar de Moody. — Cansei de ter cuidado com meu tom.

Ela se endireitou e olhou ao redor da sala. — Eu sou a única pessoa que você tem em Grimmauld Place. Tenho sido um soldado de infantaria obediente. Fiz o injusto pela Ordem e não sei o que temos para mostrar. — Sua boca se torceu e seu peito apertou. — Não estamos mais perto de vencer do que estávamos há um ano. Tenho cumprido ordens sem uma palavra de reclamação. Eu aceitaria se fosse apenas eu - porque, a essa altura, de que adiantaria parar? Ou se eu acreditasse que acabaríamos vencendo a guerra por causa disso. Mas eu não acredito nisso. Acho que nem mesmo você acredita nisso.

Ela encontrou o olhar de Moody e deu um leve sorriso. — Se você ainda tem um aliado melhor na Ordem, por favor, mostre-me.

Moody não disse nada.

Ela soltou um suspiro agudo. — Draco e eu tentaremos encontrar a horcrux. Preciso de acesso à espada da Grifinória. Eu posso... — sua garganta se apertou e ela baixou os olhos para a mesa — ... ajudar a coordenar e gerenciar a equipe de reconhecimento, já que todos me conhecem, e posso cuidar da distribuição de alimentos para as casas seguras. ; isso pode ser feito junto com a distribuição de poções pela qual já sou responsável. — Ela estudou os arquivos na mesa entre eles. — Deixe-me saber o que mais você precisa.

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