FORMIDABLE | Joshler

By BanditoDeJoshler

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Tyler estava silencioso nas árvores, mas não por vontade própria - ele mal sabia como foi parar lá. Felizment... More

CAPÍTULO 1 | Silencioso nas árvores
CAPÍTULO 2 | Seguro e em paz. E feliz
CAPÍTULO 3 | Diário do Tyler
CAPÍTULO 4 | Diário do Josh
CAPÍTULO 5 | Joshler
CAPÍTULO 6 | Demônio Urie
CAPÍTULO 7 | Remember me for centuries (1º beijo)
CAPÍTULO 8 | Mágica
CAPÍTULO 9 | Don't forget about me
CAPÍTULO 10 | I'm no good without you
CAPÍTULO 11 | Vsf, demônio Urie
CAPÍTULO 12 | Primeira vez
CAPÍTULO 13 | Desamparado
CAPÍTULO 14 | Ajudinha do além
CAPÍTULO 16 | My pretty sleeper
CAPÍTULO 17 | Bons novos dias

CAPÍTULO 15 | Sentimentos ruins não enxergam amarelo

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By BanditoDeJoshler

Notinha esquizofrênica

Olá

Eu sei que às vezes as coisas estão difíceis.
Às vezes parece que nada tem solução.
E sei que cada um tem livre arbítrio para decidir o que fazer.

Mas se você puder, espere o momento em que poderá viver sua vida como quiser.
Espero o momento que você vai perceber que as coisas mudam, que podem sim melhorar.

Se agarre nas coisas boas que virão no futuro.
Se agarre em algo que te faça sentir em paz e feliz.

Escreva um poema, uma história, uma piada.
Qualquer coisa. Faça arte.

Sonhe bastante.
E viva pelos sonhos.

Stay alive.

✺ Ψ ⊬ ☬ ғ̶ᴘ̶ᴇ̶ 


Josh e Tyler passaram dias inseparáveis. Tentaram fazer milhares de coisas para manter a calma.

Várias vezes, a ansiedade tomou conta de Dun. Tyler oferecia sua mão ao seu amigo, para que ele segurasse forte e aliviasse seu sentimento. Joseph consolava os choros de seu namorado enquanto cantava canções que o acalmavam. O amor estava salvando os garotos, estava os mantendo vivos.

- Você não quer retocar a cor do seu cabelo? - Perguntava Tyler enquanto passava os dedos entre os fios descoloridos de Josh.

- Não. Acho que já cansei de vermelho.

- Então pinta de outra cor.

- Não sei se vale a pena...

- Claro que vale! Você que me fez gostar de cores, Jish.

- Mas agora eu não sei se tudo isso faz sentido.

- A vida parecia não ter sentido quando você começou a colorir seu cabelo, não é?

- Comecei a fazer isso logo depois que minha mãe...

- Entendi. Você precisava colorir sua vida naquela época. E ainda precisa.

- Tem razão, Ty. - Josh sorriu após suspirar e permanecer em silêncio durante alguns segundos.

- Ainda bem que te convenci. Seu cabelo está parecendo um feno seco e sem cor.

- Hey!

- É brincadeira.

Josh deu um soquinho no braço de Tyler, que lhe roubou um selinho.

- Então, de que cor vamos pintar seu cabelo?

- Será que eu ficaria bem de amarelo? - Josh pergunta se olhando no espelho.

- Claro! Vai parecer um poste de luz.

- Obrigado pelo apoio. - Dun revira os olhos.

- Mas você vai ser o poste de luz mais lindo do mundo. Você ilumina minha vida mais que um poste.

- Isso era pra ser romântico?

- Sim...

- Ficou ridículo.

- Eu me esforcei para pensar nisso, okay?

- Melhor guardar seus neurônios para outra frase. Alguma que não seja cafona.

- Ai. - Tyler coloca a mão no peito, simulando dor. - Isso foi um rasgo no meu coração, Joshua. Estou sangrando por dentro.

- Essas frases aí são legais! Pode anotar.

- Ah tá.

Os garotos deram risada e foram comprar tinta para transformar o cabelo de Josh.

- Por que você escolheu amarelo, amor?

- Minha mãe ama amarelo. Ela costuma dizer que amarelo é uma cor alegre e, que se usarmos algo amarelo, os sentimentos ruins não conseguem nos enxergar.

- Que lindo.

- Queria que fosse verdade o que ela disse.

- Vamos acreditar nisso. Agora senta esse bundão na cadeira enquanto eu passo descolorante.

- Ai meu Deus. Toma cuidado, meus fios não estão tão fortes assim.

Após uma horinha de tensão, risadas e reclamações de Josh, seu cabelo estava tão amarelo quanto um girassol.

- Você está lindo, meu amor. Parece um marca texto - dizia Tyler.

Josh se olhou no espelho com um largo sorriso. Estava se sentindo bonito e mais alegre.

- Obrigado, Ty.

- Eu que agradeço por namorar o garoto mais lindo do mundo.

- Você sabe muito bem que o garoto mais lindo do mundo é outra pessoa.

- Quem? - Tyler perguntou fingindo inocência.

- Bruno Mars.

- Vá se foder!

Enciumado, Tyler se sentou na cama com os braços cruzados.

- Ficou com ciúme, Ty? - Josh se aproximava do namorado, que tentava se afastar.

- Não.

- Então me dá um beijinho.

- Pede pro Bruno.

Os garotos caíram na cama. Josh estava por cima de Tyler, fazendo com que a troca de olhares fosse inevitável.

- Você é o garoto mais lindo do mundo, Tyler. Não tenho dúvida alguma.

- Hum.

- O mais incrível. O mais gostoso - Josh beijou seu pescoço, fazendo o garoto fechar os olhos.

- Eu não vou te perdoar só porque você está me beijando.

- Não?

Josh segurou a cabeça de seu namorado e lhe deu um beijo longo e excitante.

- Agora você me perdoa?

Tyler não respondeu pois ainda estava ofegante.

- Eu amo te ver com ciúme, Ty - Josh continuou. - Você fica muito fofo.

- Você é do mal, Josh Dun. Mas saiba que devemos continuar esse beijo mais tarde.

•••

Os garotos aproveitaram o resto da tarde passeando na cidade juntos com Kelly.

Inspirado pela cor de seu cabelo e seu significado, Josh comprou um girassol para Tyler, para sua sogra e para si mesmo.

- Amanhã de manhã eu levo esse girassol para minha mãe... - Josh dizia para Tyler em seu quarto. - Só para ela encostar os dedos nele e conhecer minha nova plantinha.

- Ela vai amar.

- Vai sim.

O garoto sorridente, que olhava para baixo, passa a manter seus olhos no rosto do moreno.

- Ty, hoje foi um dos melhores dias da minha vida. Eu me senti tão feliz, tão leve... tenho medo disso acabar.

- Não vai acabar.

- Vai sim.

- Mas ainda temos algumas horas até esse dia acabar. - Tyler se senta no colo de seu namorado.

- E o que você quer fazer?

- Continuar aquele beijo.

De maneira inesperada, Josh segura a nuca de seu namorado e o beija ainda mais intensamente do que havia feito anteriormente.

•••

Era de manhã e os garotos acordaram ao lado do outro em uma posição estranha, com o cabelo bagunçado e pequenas marcas pelo corpo.

- Quem precisa do Sol quando se pode acordar com seu cabelo amarelo radioativo?

- Bom dia pra você também, Tyler. Seu rato rabugento chato.

Os garotos se arrumaram, passearam com Jim e caminharam de mãos dadas a caminho do hospital, segurando o lindo vasinho com o girassol.

- Alô, mãe - o moreno dizia ao atender a ligação de Kelly.

- Filho, passa o celular pro Josh.

- Uh, agora você só quer falar com ele.

- Eu preciso falar com ele.

- É um assunto sério?

- Eu acho que sim - suspirou, causando um desconforto enorme em Tyler.

- Minha mãe quer falar com você - o garoto diz sério, entregando o celular na mão de seu namorado.

- Oi Kelly.

- Josh, sei que não é a notícia que você queria ouvir, mas hoje à tarde nós vamos receber a visita de uma assistente social.

- Quê?! E-ela vai me levar embora?

- Não. Pelo menos, não ainda. Ela precisa fazer um relatório sobre você.

- Merda.

- Esteja em casa antes das duas horas, por favor. Quem sabe ela veja que você está num ambiente saudável...

- Tá. - O garoto respondeu rapidamente, pois sentia um nó em sua garganta.

- Passa o celular pro Tyler por favor.

Com um olhar preocupante, Tyler pega de volta seu celular.

- Oi mãe. O que houve? Por que o Josh ficou estranho?

- Receberemos visita de uma assistente social hoje. Por favor, não tentem fugir porque só vai piorar tudo. Inclusive para mim. Não deixe o Josh fazer nenhuma besteira. Vou sair do trabalho daqui a pouco e espero vocês em casa. Até mais.

Kelly desligou o celular. Tyler e Josh se olharam. O rapaz de cabelo colorido possuía lágrimas em seus olhos, fazendo o moreno sentir um aperto em seu peito.

- Eu sabia que o dia de ontem ia acabar. E de um jeito horrível.

- Amor... a assistente social não vai te levar embora.

- Não hoje. Mas e amanhã? E depois de amanhã? Eu não tenho controle nenhum sobre a porra da minha vida!

Josh joga no chão o vasinho que segurava. Tyler se agacha e o recolhe.

- Eu sou um fracassado! Eu me odeio.

- Josh! Nunca mais repita isso. Você não tem culpa nenhuma do que está acontecendo. Seja mais gentil com você mesmo. Poxa, ontem você estava tão feliz e esperançoso. Tenta se apegar a esses sentimentos.

- Sentimentos que não duram muito tempo?

- Sim. Você já passou por tanta coisa e continua resistindo. Continua sorrindo. Continua sendo essa pessoa formidável. Ultimamente, sempre acontece alguma coisa praticamente mágica e te salva do pior. Vamos acreditar nessa mágica novamente, amor. Quem sabe a assistente veja que você está bem na minha casa e te permite continuar lá. Quem sabe alguma coisa aconteça... E independentemente do que aconteça, vamos continuar juntos e fazer tudo ser o menos pior possível.

Tyler entregou o girassol nas mãos do garoto que estava chorando.

- Vamos levar essa flor para sua mãe?

- Tyler...

- Vamos, Josh.

- Okay.

- Lembre-se que os sentimentos ruins não podem te enxergar...

- ...enquanto eu estiver usando amarelo - Dun sorriu tentando se conformar com aquela frase que, naquele momento, parecia tão boba.

- Então vamos ignorar esses problemas. Depois pensamos neles.

Usando as mangas de sua blusa xadrez, Tyler secou as lágrimas de seu namorado. Os dois foram até o hospital de mãos dadas, tentando ignorar suas angústias.

- Oi mãe.

- Oi Laura - Tyler disse sorridente.

- Mãe, finalmente eu te trouxe uma flor. Tinha agonia de flores porque me remetem a... morte. E eu não queria ter nada que remetesse isso. Mas você gostava... gosta bastante de flores. E gosta de amarelo.

Dun passava os dedos de sua mãe delicadamente no girassol.

- Está sentindo? É um girassol. Você ama girassol. - O garoto sorria. - Usando amarelo, os sentimentos ruins não enxergam a gente. Lembra que você falava isso?

A sala permaneceu em silêncio por minutos.

- Mãe, eu preciso tanto de você. Queria tanto que você acordasse e preenchesse esse vazio. Eu não sei por quanto tempo mais vou poder te visitar com frequência.

O garoto faz uma pausa, respirando profundamente.

- Talvez hoje seja nossa despedida. Talvez seja amanhã ou depois. Uma hora eu descubro. Apenas se lembre que eu te amo muito. Que eu vou te amar e sentir sua falta todos os dias, mãe.

Josh sente um frio na barriga e Tyler arregala os olhos. Um médico entra na sala. Laura estava reagindo, mas ninguém sabia se era bom ou mau sinal. A frequência de seu coração havia aumentado.

- Doutor, o que está acontecendo com minha mãe?! - Josh perguntava desesperado.

O médico se aproximou da paciente, vendo o que poderia fazer para controlar a situação.

- Mãe! Não morre, mãe! Por favor.

Os batimentos cardíacos de Laura estavam se estabilizando, mas a preocupação continuava.

Dentro de um abraço forte de Tyler, o garoto de cabelo amarelo derramava suas lágrimas, tentando entender o que estava acontecendo. Tentando se acalmar. Tentando encontrar algum conforto entre tantas incertezas.

Como se não bastasse todas as surpresas diárias que presenciava, naquele momento, algo surpreendeu o garoto. Aquilo o fez chorar mais intensamente do que já tinha feito em toda sua vida. Havia tanto sentimento dentro de si, que não conseguia distinguir nada. E para quê tentar entender aquilo que não se pode descrever?

Durante anos, Josh tentou se preparar para aquela situação. Mas sentiu suas pernas enfraquecerem e sua reação desaparecer ao vivenciar tal cena.

- Filho - dizia uma confusa, saudosa e doce voz.

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