𝕷𝖆𝖌𝖚𝖗 × 𝕾𝖊𝖔𝖓𝖌𝖏𝖔𝖔...

Da ATEEZ21

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Hongjoong é um calouro temperamental, Baixo e bonito. Embora ele seja um garoto caloroso, ele é homofóbico po... Altro

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capitulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
capítulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 24
capitulo 25
Capítulo 26
Capitulo 27
Capítulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capitulo 32
Capítulo 33
Capitulo 34
Capítulo 35
Capitulo 36
《 NOTAS FINAIS 》

Capitulo 9

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Da ATEEZ21

Hongjoong Pov

Yunho  estava no quarto mechendo no meu notebook, olhando ainda aquele maldito post.
Ele se virou e me encarou.
- Hongjoong. - chamou e eu o encarei. - Veja o que você fez. - ele apontou para a tela do notebook.
- O que? - indaguei.
Ele apontou novamente para a tela do notebook e eu suspirei.
- E daí? - disse tentando soar indiferente àquela situação toda.
- E daí? - me imitou. - Hongjoong, peça desculpas para aqueles dois, por favor.
- E por que eu tenho que me desculpar? - perguntei. - Eu não fiz nada de errado. Você sabe que não vai acabar tão cedo se essas trolagens não pararem.
Yunho  olhou para o notebook novamente e suspirou.
- Hongjoong, eu estou preocupado com você. - disse o mais alto . - Basta dizer "desculpe". Isso não vai ferir seu orgulho. Eu acho...
- Não quer dizer não. - o interrompi. - Melhor você ir. Quero dormir, estou com dor de cabeça.
- Sabe, vou comprar comida lá embaixo. - disse o moreno. - Você quer alguma coisa?
- Não, eu não estou com fome. - disse prestando mais atenção no meu celular do que nele.
- Bem, não sei mas como ajudar você. - desabafou. - Não pra isso, não pra aquilo, não pra nada. Você continua dizendo "não" para tudo. Eu vou te deixar em paz.
O encarei e ele balançou a cabeça, logo se levantando e saindo do quarto.
- Por que diabos eu me importo? - indagou.
Ele fechou a porta com raiva. De certa forma, Yunho  tinha razão.
Mas o que eu poderia fazer?
Ouvi a porta se abrir novamente, levantei meu olhar do chão e vi Seonghwa parado em minha frente.
Ele me olhou, hesitando entre falar ou ficar quieto.
- Você está bem? - perguntou.
- Você deve saber também. - disse.
Seonghwa apenas me encarou com uma expressão meio triste.
- Você está do lado de quem? - indaguei. - Do lado que me odeia? Ou do lado que me usa como uma desculpa para xingar os homossexuais?
Seonghwa não dizia nada, apenas deixava seu olhar cair sobre mim, como se quisesse dizer algo, mas não sabia o que ou como dizer.
- Oh, eu acho que você deve ter me odiado por insultar sua própria espécie. - disse com desdém.
Abaixei minha cabeça e suspirei pesadamente.
- Hoje eu fui tratado como um marginal. - desabafei. - Todos me olhando onde quer que eu fosse. Eu acho que é isso que eu recebo por te insultar.
Me levantei da minha cama, indicando que aquela conversa tinha acabado, mas quando passei por Seonghwa, o mesmo segurou meu braço, o encarei.
- Você será infectado com a doença da mente fechada. - avisei e o maior franziu o cenho.
- Tem algo que eu possa fazer por você? - indagou em um tom gentil.
- Você pode fazer todos nessa terra virarem héteros? Consegue? - indaguei.
Seonghwa sorriu pequeno e balançou a cabeça, indicando que não.
- Não. Porque nunca vou deixar de gostar de homens. - disse o moreno.
O olhei bem no fundo dos olhos, era frustante saber que mesmo depois de tudo que eu fiz para ele, o mesmo ainda se importava comigo.
Me soltei de seu braço e fui para o banheiro.

Seonghwa Pov

Suspirei pesadamente, Hongjoong deveria ter um bom motivo para ter agido daquele jeito.
Depois de um tempo fui para a minha outra aula.
- Alunos, entenderam a lição de hoje? - perguntou a professora. - Se tiverem alguma dúvida, me procurem depois da aula. Classe dispensada.
A professora sorriu e nós agradecemos.
Jongho me olhou e rapidamente pegou minha caneta, o encarei com um sorriso pequeno.
Ele sorriu envergonhado e me devolveu a caneta.
Terminei de anotar algumas coisas em meu livro e logo comecei a guardar minhas coisas.
- Seonghwa. - chamou Jongho. - Melhor você se mudar do campus. Por que você ainda mora com esse tipo de homem?
Suspirei e o encarei.
- Exatamente com "esse tipo", você quer dizer o que? - indaguei.
- Você sabe o que eu quero dizer. - disse o mais baixo . - Se mude. Vão te arrastar para essa confusão. É óbvio que seu companheiro de quarto é um causador de problemas.
- Por que eu tenho que me mudar? - perguntei. - Ele e eu... não temos nenhum probelma.
- É isso que eu quero saber. - disse Jongho. - Como você pode morar com ele esse tempo todo? Eu já sei desde o início que ele odeia os gays.
- Eu só lido com ele quando necessário. - disse e Jongho assentiu.
- Ele sabe que você é... - começou.
- Por que você está metendo o nariz na minha vida? - indaguei. - A prova do meio do semestre, você já se preparou?
Jongho me encarou sorrindo e assentiu.
- Ai! Isso machuca, cara. - disse o acastanhado em um tom dramático. - Não fale de provas. Me permita entrar totalmente nesse drama primeiro. Que se danem os estudos!
Sorri, peguei minha mochila e me levantei pronto para ir embora e chegar no meu dormitório.
- Huh? Onde você vai? Não vai ensaiar hoje? - indagou.
Me sentei novamente na cadeira e me aproximei de Jongho.
- Eu não sou você. - disse. - Vou voltar para o meu quarto, para estudar para os exames.
Ele sorriu e massageou meus ombros.
- Claro, Sr. "altamente responsável e esforçado." - brincou e eu ri. - Temos apenas um teste teórico. O resto é prático. Você com certeza é diligente, não é? Que ótimo estudante. Um joinha para você.
- Qual dedão? - brinquei e ele me deu o dedo do meio. - Eu vi!
- Bem, se cuida. - disse o acastanhado rindo.

Hongjoong Pov

À noite, eu estava mechendo no meu celular quieto no meu canto quando Seonghwa chegou no quarto com uma sacola em mãos.
O encarei e apenas virei para o outro lado na cama.
- Você matou aula hoje também? - indagou.
- Me deixe em paz. - disse.
- Eu falei com o Yunho. - disse o maior. - Ele disse que você matou a aula de Gen Ed.
Permaneci quieto, eu não estava com cabeça e muito menos paciência para conversar, principalmente com ele.
- Eu sei que ele pode responder a chamada por você. - disse Seonghwa. - Mas faz uma semana que falta as aulas.
- Intrometido. - disse.
- Você deve reaprender seu idioma. - aconselhou. - Intrometido e preocupado... têm significados diferentes.
- Você está preocupado comigo? - indaguei com desdém. - Eu quero rir pra caramba.
- Estão ria. - disse o moreno.
O encarei, sério que ele queria brincar de me irritar nessa altura do campeonato? Fala sério né.
- De qualquer forma, vamos jantar. - disse ele tocando meu braço.
- Não estou com fome. - disse.
- Hongjoong, levante-se e coma alguma coisa. - disse voltando a me puxar para fora da cama.
- Eu disse para você ficar longe de mim! - gritei o empurrando. - Não te pedi para comprar meu jantar. E nunca lhe pedi para ser gentil comigo. Seu merda!
Seonghwa jogou sua mochila do chão e me segurou fortemente pelos ombros.
- O que você está fazendo Seonghwa? - indaguei. - Me solta! Seonghwa, me solta.
Seonghwa me encarou e deitou sua cabeça em meu ombro e escondeu seu rosto em meu pescoço.
- Coma alguma coisa, por favor. - pediu. - Eu não me importo se você me vê como gay ou qualquer outra coisa que você odeie. Mas coma alguma coisa, por favor. Eu estou te implorando.
Fechei meus olhos e respirei fundo.
- Você está implorando a um babaca como eu? - indaguei e ele me olhou bem no fundo dos olhos.
- Eu sei que não é culpa sua. - disse o moreno.
- Mas a universidade inteira me estigmatizou como culpado. - retruquei.
- Não me importo com o que as pessoas dizem. - disse ele. - Para mim, você é inocente.
- Mesmo que eu odeie os gays? - indaguei franzindo o cenho. - Mesmo que eu te odeie.
- Sim. - disse Seonghwa assentindo. - Mesmo que você me odeie.
Olhamos um no fundo dos olhos do outro, ele não estava mentindo.
- Hongjoong, você pode me dizer o que está pensando. - disse ele. - Eu sempre vou te ouvir. Eu estou do seu lado.
Abaixei os olhos e suspirei.
- Por favor, Hongjoong. - pediu e eu o encarei. - Você pode me dizer.
Meus olhos começaram a lacrimejar e um nó começou a se formar em minha garganta.
- Quando eu tinha onze anos, um canalha fez uma coisa comigo. - comecei. - Ele era telhadista no resort do meu pai. Eu o via todos os dias, ele me disse que ele conhecia um campo de futebol. Então, eu o segui. Então, ele me nocauteou. - engoli um seco. - Eu era muito pequeno, não tinha como eu revidar.
Seonghwa saiu de cima de mim e se sentou ao meu lado, e segurou minha mão.
- Ele amarrou minhas mãos. - disse e o maior as acariciou. - Não importava o quanto eu implorasse, ele não me soltou. A lembrança ainda é vívida. Aquele lugar era tão imundo. - o encarei. - Você me fez gozar, né? - ele engoliu em seco. - Mas eu, que odeio gays... fiz aquilo com um homem quando eu tinha onze anos.
A esse ponto eu já estava chorando e não conseguia falar direito, o nó em minha garganta aumentava a cada palavra dolorosa que eu dizia.
- Foi horrível, eu estava com nojo. - desabafei. - Sofrendo e sufocado. As lágrimas escorriam pelos meus olhos. - respirei pesadamente. - Ele também me apalpou... e me despiu!
Seonghwa me puxou para um abraço apertado e reconfortante, do qual eu não sentia vontade nenhuma de sair.
Seus braços fortes me traziam uma sensação de conforto.
- Já chega, Hongjoong. - pediu fazendo um carinho em minhas costas e eu comecei a chorar mais ainda,
Ouvi um choro da parte dele também, ele se importava tanto assim comigo?
- Você não precisa mais falar. - disse o mais velho. - Me desculpe.
- Por que você está se desculpando? - indaguei retribuindo seu abraço com força. - Eu te odeio, eu odeio pessoas iguais a você.
- Tudo bem me odiar. - disse Seonghwa e nós dois nos apertamos ainda mais naquele abraço.

C' San  Pov

Eu estava com o ouvido grudado na parede tentando escutar mas uma das várias brigas de Seonghwa e Hongjoong.
- Quando você vai parar de meter o nariz nos assuntos deles? - perguntou Wooyoung.
- Eu estou preocupado. - retruquei. - Agora, acho que os ouvi discutindo. Mas eles se acalmaram. Wooyoung, estou preocupado com o Hongjoong. Essa maldita fofoca se espalhou por todo o campus. Virou o assunto da cidade.
- Então... o que você acha? - indagou o maior . - Você concorda com o Hongjoong?
- Eu não sei. - desabafei. - Mas eu não sou contra a homossexualidade. E acredito que o Hongjoong não é esse tipo de pessoa. É verdade que ele tem boca suja e é direto, mas ele tem suas razões.
Wooyoung apenas me encarou e assentiu, ele me conhecia extremamente bem para saber que eu não pararia de falar tão cedo.
- Melhor... eu ir até o quarto dele e perguntar pessoalmente? - indaguei.
- Antes de se preocupar com as pessoas ao lado, você não deveria se preocupar com você primeiro? - indagou com as mãos na cintura. - Quantos F já tirou neste semestre?
- Qual é, estudar não é grande coisa. - resmunguei. - Mas bisbilhotar...
Ri e Wooyoung sorriu para mim.
- Quero dizer... cuidar dos calouros é mais importante. - disse voltando a colocar meu ouvido na parede.
- Chega, hora de estudar. - disse Wooyoung colocando alguns papéis meus em minha cama. - E pare de se preocupar com eles.
Encarei os papéis, depois Wooyoung, depois os papéis novamente, e depois para ele de novo e coloquei meu ouvido na parede.
- Mesmo que não se importe com você mesmo, eu ainda me importo com você. - sussurrou.
- O que? - indaguei.
- Vai passar quanto tempo assim? - perguntou.
- Fique quieto! - pedi e ele me olhou com um pouco de raiva.
Eu só queria saber como Seonghwa e Hongjoong estavam, nada de mais.

Mama's Pov

Eu estava sentada em um dos bancos da universidade mechendo em meu celular quando o moreno que sempre me acompanhava chegou perto de mim e se sentou ao meu lado.
- Mama! - gritou assim que me viu. - Veja isso. As coisas estão saindo do controle por sua causa.
- Ei, como pode colocar a culpa toda em mim? Você estava muito entusiasmado para fazer isso também. - retruquei. - Você me incentivou a fazer e agora está colocando a culpa em mim.
- Mama, sério, se não é nossa culpa, estão de quem é a culpa? - indagou.
- Daquele cara. Se ele não nos insultasse, eu não teria feito. - disse com raiva.
- Me deixa ver. - disse ele olhando meu celular e o seu logo começou a tocar. - Professor ligando, Mama.
- Ah, merda. Atende. - disse nervosa.
Ele atendeu o celular e logo que terminou me encarou com um pouco de medo.
- Cadela, estamos ferrados. - disse ele. - O diretor quer nos ver.
- Puta merda, eu sabia! - disse. - Quem diabos compartilhou nossa história na página da universidade?
Ficamos tentando descobrir quem foi o babaca que nos ferrou e logo depois fomos para a sala do diretor.

Hongjoong Pov

Assim que o diretor terminou a conversa, me liberou junto com aqueles dois que eu ainda não suportava.
- O que fazemos Mama? - indagou o garoto moreno. - Precisamos acabar com essa briga esta semana, ou estaremos em um grande problema.
- Espera. - disse a tal Mama e eu parei onde estava. - Não vai pedir desculpas?
- E vocês? - perguntei os encarando. - Já pensaram em se desculpar comigo?
- Por que precisamos nos desculpar? - perguntou o moreno.
- Se não tivessem postado a minha foto, não teriam sido repreendidos. - disse com desdém. - Além disso, eu poderia ter chamado a polícia. Mas vocês têm sorte, eu penso antes de agir.
- Seu boca suja! - disse Mama tentando ir para cima de mim, mas o moreno a segurou.
- Mama, pare com isso. - pediu. - Já temos problemas o bastante. Eu quero pôr um fim nisso.
Me virei pronto para ir embora, porém dei de cara com Seongwha, ele carregava uma expressão séria no rosto.
- Seonghwa, o que você está fazendo aqui? - indaguei.
- Com licença, quero falar com vocês. - disse Seonghwa para os outros atrás de mim. - Hongjoong, vá na frente. Eu tenho algo para conversar com eles.
"Até você está do lado deles.", pensei.
Segui o conselho dele um pouco relutante e voltei para o dormitório, ainda curioso para saber o que ele iria fazer.
Um pouco mais tarde Seonghwa voltou para o nosso quarto e eu vi que aquela publicação sobre mim não estava mais na página, eles tinham apagado.
- O que você disse a eles? - indaguei andando até Seonghwa.

Seongwha Pov

Flashback on

- Sobre o que quer falar? - perguntou a garota de cabelos castanhos.
- Eu preciso que escutem o que estou prestes a dizer. - disse. - Eu sou gay.
- Eu meio que percebi. - disse a garota. - Mas como você se envolveu com ele, quando ele tem nojo de gays efeminados? Ou tudo bem pra ele os gays masculinos?
- Não. - disse balançando a cabeça em negativa. - Hongjoong... ele odeia todos os tipos de gays. - eles fecharam a cara. - E um gay como eu, tem que viver com um cara que odeia os gays como ele.
- Oh, como você pode viver com ele? Vocês dois não brigam? - perguntou o garoto.
- Quase arrancamos a cabeça um do outro. Mas se tentar entender ele, vai acabar descobrindo que ele é um cara legal. - desabafei e sorri pequeno. - Mesmo que ele seja preconceituoso, e às vezes um idiota. Mas se conhecer ele de verdade, verá que ele é um cara bem legal.
Eles permaneceram em silêncio, mas eu não desisti.
Eu não queria mais ver o Hongjoong passando por aquela situação toda, ele já havia sofrido o suficiente.
- Mas eu vim falar com vocês, não porque eu quero que simpatizem com ele. - disse pondo as mãos nos bolsos da minha calça. - O motivo real é... - respirei fundo. - Que eu gosto dele.
- Oh meu Deus, você gosta daquele idiota? - perguntou o moreno surpreso.
- Sim gosto. - disse. - E eu admito, eu dei em cima dele.
- Tão escandaloso! Parece um romance BL. - disse a garota sorrindo e eu suspirei.
- Talvez ele odeie os gays por minha causa. - disse meio cabisbaixo. - Eu sabia que ele não gosta de mim. E, no entanto, continuei me aproximando dele. - eles assentiram, indicando que estavam me entendendo. - Isso é porque... eu não consigo segurar meus sentimentos.
Eles suspiraram e assentiram novamente.
- As reações dele não foram tão violentas, no entanto. Mas é por minha causa. - admiti. - Aquele dia... você tocou nele, não foi? - apontei para o moreno.
- Sim, eu toquei nele um pouco. Mas não achei que ele ficaria zangado. - admitiu o mais alto . - Ele é amigo do Yunho . Então eu pensei que ele também não se importaria.
- Se não tivesse tocado do mesmo modo que eu, ele não teria insultado vocês. - disse suspirando cansado. - Então, se querem culpar alguém, culpem a mim, não ele.
- Mas... quem que nos insultou foi ele, não você. - disse a garota. - Por que está defendendo ele?
- Mas se eu fui a causa dos insultos, então ele não fez nada de errado, certo? - indaguei. - Concordam comigo? Quando as pessoas odeiam alguém ou algo, elas não querem se aproximar delas. Mas você o tocou, e o incomodaram pelas fotos. Como ele está errado por ficar bravo? E nunca perguntaram a ele por que ele odeia ou tem medo dos gays.
Eles continuavam em silêncio, digerindo tudo o que eu estava dizendo.
- Se uma foto sua fosse publicada e as pessoas criticam você sem saber a verdade, como você se sentiria? - indaguei.
- Você está dizendo que a culpa é nossa? - perguntou a acastanhada.
- Não estou culpando ninguém. - disse. - Talvez vocês não achassem que as coisas chegariam tão longe. E em nome do hongjoong, me desculpem. - pedi. - Porque isso tudo é culpa minha, não dele. Eu estou te implorando.
Eles seguraram meus braços gentilmente, indicando que eu não precisava fazer aquilo.
- Eu estou te implorando. - disse. - Nesse momento, o Hongjoong está sofrendo o suficiente com isso. - mordi meu lábio inferior. - Eu não suporto ver o homem que eu gosto sofrer. Eu estou te implorando, por favor.
- Vamos por um fim nisso. - disse o moreno.
- Ok, eu vou. - disse a acastanhada.
O garoto sorriu e eu me senti um pouco mais aliviado.

Flashback off

Hongjoong Pov

- Parece que você não acredita em mim. - disse Seonghwa.
- Depois de dizer toda essa loucura, você espera que eu acredite em você? - indaguei. - Você disse a eles que gostava de mim e colocou a mão em mim. E eles acreditaram em você. É isso?
Seongwha murmurou um "sim" e eu suspirei.
- Como se isso ajudasse minha situação. - disse com desdém.
- Minha vez de te perguntar. - disse Seonghwa. - Por que você não denunciou à polícia? Um cara que não tolera nada como você deve querer dar o troco.
Mordi meu lábio inferior e olhei para o chão.
- Porque naquela época meu pai entrou com uma queixa. - expliquei. - E a mídia descobriu. Você pode não saber, mas eu saí na primeira página. Sabe como me chamaram? "O garoto chamado H". - balançei a cabeça com um sorriso pequeno. - Houve muita comoção. De repente, todos estavam preocupados com o garoto traumatizado, por causa de um artigo na primeira página.
Seongwha suspirou pesadamente e endireitou sua postura.
- Por causa desse artigo, os vizinhos descobriram o que aconteceu comigo. - disse com raiva. - Passei meses sem sair de casa, porque eu não queria que as pessoas me perguntassem... "como você está?", "pobre garoto", "oh, querido, poderia ter sido pior". - resmunguei. - Coitado, o cacete. Talvez se seus filhos sofressem como eu sofri, eles parariam de se intrometer nos meus assuntos.
Respirei fundo, eu precisava mesmo colocar tudo aquilo para fora, precisava muito.
- Aquela experiência horrível noticiada pela mídia, eu conheço muito bem. - afirmei. - Seria igual desta vez também. Se eu apresentasse queixa, eu poderia ter satisfação. Conseguir ver eles sofrerem com suas tolices. E depois? - indaguei. - Vou ser arrastado para outra confusão. Eu já vi o bastante, eu já estou ficando louco.
Respirei fundo e frustrado, cocei minha nuca e suspirei.
- Por que minha vida gira em torno das pessoas? - perguntei.
- Hongjoong. - chamou Seonghwa e eu o encarei. - Eu preciso te dizer uma coisa.
O encarei nervoso, pronto lá vem mais uma.
- Quando eu disse a eles que eu gosto de você... - começou.
- O que tem? - indaguei.
- Eu quis dizer que... - ele me olhou bem no fundo dos olhos, e foi ai que eu entendi onde ele queria chegar. - Você ouviu certo. Eu acho que eu gosto de você.
Como é que ele solta uma dessas assim do nada?! Seonghwa literalmente jogou a merda toda no ventilador.
Eu não tinha ideia onde enfiar a minha cara ou para onde olhar, eu nem sabia o que dizer. Seongwha havia me pego de surpresa.
Olhei para o maior e ele pegou seu celular e seus fones e logo sua atenção em mim se foi.
Me deitei em minha cama e virei de costas para ele.
Depois de um tempo Seongwha e eu fomos para as nossas aulas e logo que as minhas acabaram fui almoçar.
- Ei, Hongjoong. - disse Yunho  batendo na mesa em que eu estava. - Seonghwa realmente gosta de você?
Acabei cuspindo água nele e me engasguei, o mais alto  limpou o rosto com uma expressão mal humorada.
- O que diabos você disse? - indaguei tossindo. - Eu quase engasguei.
- Eu preciso limpar meu rosto. - disse Yunho  se sentando ao meu lado e limpando o rosto com um guardanapo. - Não mude de assunto, soube por aqueles dois.
- O que você ouviu? - perguntei.
- Eles disseram que estavam dispostos a ferir o orgulho deles e suprimir os rumores sobre você. - explicou o maior . - Não porque eles estavam com medo de que você fosse à polícia ou processasse eles. Mas porque o Seonghwa implorou que eles perdoassem você.
Olhei confuso para Yunho e ele deu um sorriso dsicreto.
- Ele disse que foi culpa dele por estar muito apaixonado por você. - disse o moreno. - Por isso odeia os gays e descontou neles.
- Como diabos isso tem a ver com eles? - perguntei.
- Sim, exatamente como eu penso. - disse Yunho . - Como? Eles insistiram que o Seonghwa realmente gosta de você. Mas porque ele investiu pesado em você. Não é de admirar que um cara hétero como você ficasse com nojo e descontasse neles.
Olhei para o meu copo e Yunho  continuou a falar.
- No final, o Seonghwa... disse que foi tudo culpa dele. - explicou. - Então, se eles quisessem descarregar a raiva deles, que fosse nele. E se ele realmente gostar de você? Como ele pode gostar de você?
O encarei com um biquinho de raiva, mas o mais alto  não parou.
- Um idiota que tem agido como uma criança de três anos, expulsando ele do quarto. - alfinetou e eu ameacei bater nele. - Relaxa, amigo. - ele riu.
- Você está aqui para me encher? - perguntei.
- Não, só estou perguntando. - explicou. - Então... vocês fizeram aquilo?
- Você quer um soco? - indaguei o olhando com raiva.
- Impulsivo. - xingou. - Que cruel reviravolta do destino o Seonghwa se apaixonar por você.
Nos encaramos e Yunho  riu.
- Eu vou comprar o almoço. Eu estou faminto. - disse ele se levantando da mesa.
Será que o ele tinha razão? Será que o Seonghwa gostava mesmo de mim?

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