CHANTAGEM - SARIETTE

Od xuxufreire

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Juliette encontrará o ódio e o amor na figura de uma mulher do passado. Více

AVISO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO

TRINTA E SEIS

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Od xuxufreire

Acreditem, nem eu to acreditando que voltei depois de sei lá quanto tempo, mas espero de coração que aproveitem o capitulo.

Boa leitura!

Narradora

Para toda ação existe uma reação, certo? Não importa a situação, o nosso corpo irá reagir de alguma maneira, é com ela que conseguimos demonstrar o que estamos sentido, porém a forma como reagimos a algum acontecimento diz muito sobre a nossa personalidade. Claro que tudo é um julgamento feito por todos a nossa volta. Sua tia pode achar você insensível se não derramar nenhuma lágrima no enterro da tia avó que você mal conhecia. Seu inimigo pode achar você fraco se chorar durante uma briga. Sua mãe provavelmente vai achar muito desrespeitoso se você rir enquanto ela te dá um esporro. Novamente, nada disso deve te ofender ou te impossibilitar de mudar, mas diz muito sobre quem você é.

Suas reações também definem seu futuro; na verdade tudo define, mas suas pequenas feições e opiniões podem mudar muito seus planejamentos. Isso é perceptível através da história, se você for analisar, grandes guerreiros, cavalheiros e heróis morreram, ou foram condenados por causa de alguma reação equivocada, ou uma ação que simplesmente não foi aceita por outros.

Um coração partido é tudo o que restou. Eu ainda estou consertando todas as rachaduras. Perdi algumas peças quando. Eu o levei, o levei, levei para casa

Estática sentada sobre o sofá, Juliette ainda não conseguia acreditar nas coisas que acabara de ouvir. O paraíso no qual ela se encontrava há poucas horas atrás havia se tornado o verdadeiro inferno e o diabo era ninguém mais ninguém menos que Sarah Andrade, a mulher na qual ela estava amando, pelo menos estava até vinte minutos atrás.

Juliette realmente achou que Sarah havia mudado, que as palavras tão bonitas que saíram da boca de Sarah na noite anterior tinham sido verdadeiras, que ela se sentia culpada por tudo que fez consigo nesses últimos dias. Freire achava que tudo ia dar certo para as duas a partir daquela noite que se reencontraram, que iriam conversar como duas pessoas adultas e viverem um conto de fadas.

Nunca passou por sua cabeça que as coisas iriam tomar esse rumo, que Sarah na verdade só estava lhe usando esse tempo todo, se aproveitou do seu pior momento de fragilidade, lhe dando tudo que precisava, para agora tirar tudo de si, principalmente Cecile, como se fosse uma moeda de troca, ou pagamento de um pacto.

Nervosa, triste, com medo e desamparada, Juliette só conseguia pensar que esse era o seu fim, que iria passar os seus últimos dias de vida completamente sozinha

Sem o seu bem mais precioso. A sua filha.

Filha essa que ela acabara de descobrir ser também de Sarah da pior e mais nojenta maneira possível.

Tenho medo de tudo que sou. Minha mente parece uma terra estrangeira. O silêncio ressoa na minha cabeça. Por favor, me leve, me leve, me leve para casa.

Pegou o porta-retrato jogado no sofá, e olhou fixadamente para pequena Sarah sorridente

Tudo que Juliette acreditava ser real, era na verdade uma grande mentira. Ela não via mais motivos para seguir em frente

Foi pensando em tudo isso que uma luz surgiu na mente de Juliette, iluminando tudo e fazendo-a enxergar com clareza. Em sua cabeça o objetivo de Sarah sempre foi tirar Cecile de si. Aquele pedido bizarro no contrato de Sarah querer Cecile como garantia agora fazia total sentido. Juliette se sentia a pessoa mais burra da face da terra, nunca percebera o que estava bem diante de seus olhos.

E foi naquele momento que Juliette também percebeu que amar a Sarah era um jogo perdido, que se continuasse nessa relação só iria sair ainda mais machucada  do que já estava. Que o amor que ela sentia por Sarah não seria o suficiente para concertá-la. A melhor coisa a ser feita era deixá-la para trás. 

Eu gastei todo o amor que eu guardei. Nós sempre fomos um jogo perdido. Garoto de cidade pequena em um grande fliperama. Eu me viciei em um jogo perdido

Concordou consigo mesma que se equivocou ao dizer a loira para esquecerem o passado, como que esquece toda a humilhação que Sarah fez ela passar? Desde dez anos atrás. Lá no fundo, ela sabia que ia viver uma falsa felicidade, que tudo não passaria de uma ilusão, que mesmo tendo o melhor dia ao lado de Sarah, quando deitasse sua cabeça no travesseiro a noite sua mente lhe trairia trazendo coisas do passado para si.

Porém como deixar Sarah para trás sabendo que ela pode tirar sua filha de si a qualquer momento? 

Fugir?

Acredite, foi a primeira coisa que Juliette pensou quando ouviu Sarah dizer que queria fazer o teste de DNA no dia seguinte.

Ir para o mais longe possível dali e iniciar uma nova vida somente com sua Cecile.

Colocou sua cabeça entre as mãos e começou a chorar por tudo que estava acontecendo.

- Já está pronta? - A voz de Sarah se sobressaiu em meio ao choro de Juliette. - Rodolffo já está lá embaixo te esperando para te levar para casa. - Falou indo se servir no bar.

Juliette levantou o olhar e encarou a loira que estava lhe olhando com um pequeno sorriso cínico nos lábios.

Toda a tristeza que estava sentindo até aquele momento se transformou em uma raiva descomunal dentro de si, fazendo-a se levantar rapidamente e ir até Sarah a passos rápidos e largos e lhe acertando um tapa no meio do rosto. Com o impacto do tapa, Sarah cambaleou para trás e deixou o copo cair de sua mão, o fazendo se estilhaçar no chão.

- Sua cretina! - Juliette disse desferindo tapas atrás de tapas em Sarah, fazendo a empresária recuar até se chocar contra a parede, onde Juliette aproveitou  para agarrar seu pescoço e sufocá-la.

- O que está acon... Juliette! Pelo amor de Deus, para agora! Você vai matar a Sarah!

Uma Thaís assustada falou ao ver Sarah praticamente desacordada nas mãos de Juliette. 

Ainda tomada pela raiva, Juliette forçou ainda mais as mãos envolta do pescoço de Sarah.

- É exatamente isso que eu quero, Thaís! Eu odeio essa mulher! - Falou com raiva em meio às lagrimas. - Odeio, odeio, odeio... - Disse soltando as mãos lentamente dali e Sarah só não foi ao chão porque Thaís lhe amparou e começou a dar tapinhas no rosto dela para que não adormecesse.

Juliette, ofegante e cheia de emoções conflitantes, olhou para Sarah, cujo rosto estava pálido e assustado após o ataque. Sua mão tremia, uma mistura de adrenalina, raiva e tristeza. Thaís com a voz carregada de preocupação, implorava para que ela parasse e considerasse as consequências de suas ações.

Enquanto Sarah lutava para recuperar o fôlego, a expressão de Juliette se contorceu, uma batalha interna em curso. A ficha estava caindo, e ela percebeu que não podia permitir que sua raiva a transformasse em alguém que ela não queria ser. Com lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, ela lentamente se afastou de Sarah, o peso do momento pesando sobre ela.

- Você não vale a pena. - Murmurou Juliette, mais para si mesma do que para Sarah. Aquelas palavras ecoaram em sua mente, marcando o ponto de virada em sua determinação. Ela finalmente compreendeu que o ciclo de mágoa, traição e dor que Sarah trouxera para sua vida precisava terminar ali.

Thaís ajudou Sarah a se sentar e tomou um olhar firme em direção a Juliette, transmitindo tanto preocupação quanto alívio pelo fato de as coisas não terem escalado para algo irreversível.

- Você precisa sair daqui, se acalmar. - Sugeriu Thaís com gentileza, consciente da tempestade emocional que Juliette estava enfrentando.

As palavras de Thaís penetraram na mente de Juliette. Ela olhou para a mulher que um dia considerou amar, sentindo uma mistura de tristeza, desilusão e resignação. Virou-se e saiu da sala, cada passo afastando-a mais da vida que pensou ter construído com Sarah.

Lá fora, a noite estava escura e silenciosa. Juliette inspirou profundamente o ar fresco, buscando acalmar sua mente turbulenta. A verdade que emergiu durante aquela intensa interação a libertou de uma relação tóxica. Seus sentimentos por Sarah não desapareceriam imediatamente, mas agora ela tinha clareza sobre o que precisava fazer.

Enxugando as lágrimas com as costas da mão, Juliette voltou sua atenção para o futuro incerto. Sabia que não podia fugir para sempre e que enfrentaria o teste de DNA no dia seguinte. Mas dessa vez, ela estava determinada a se fortalecer, a lutar pelo bem-estar de Cecile e a construir um novo caminho para si mesma.

A estrada à frente seria árdua, repleta de obstáculos e desafios inesperados. No entanto, Juliette tinha agora uma força interior renovada. Com um último olhar para trás, ela tomou a decisão de enfrentar o futuro de cabeça erguida e criar um destino que refletisse sua verdadeira essência.

As estrelas brilhavam no céu noturno, lembrando-a de que, mesmo nas situações mais escuras, sempre haveria luz a guiar o caminho. E com esse pensamento, Juliette deu o primeiro passo em direção a uma jornada de autodescoberta, cura e, finalmente, liberdade.

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