Desperto de meu "sono" com uma barulho ensino em meus tímpanos, capaz de estoura-los a qualquer momento, ou pelo menos era o que parecia que iria acontecer. Um ruído alto que ecoava várias e várias vezes na cabeça, um som perturbador, capaz de tirar qualquer um de sua sanidade e causava uma sensação horrível.
Ouvindo o alto som ecoar por cada parte daquele perto quarto, senti uma dor forte na cabeça, o ruído ficava cada vez mais alto. Sentindo dores na cabeça, coloquei a mão na mesma em desespero total.
Tentando diminuir o eco que estava em minha cabeça por conta do som autossomo, tentei ao máximo tampar os ouvidos, o que não serviu de muita ajuda. O barulho era sempre o mesmo, como um alarme, fazia eu ter a sensação de que minha cabeça iria explodir e me deixava louca de desespero. De repente o alto som para de soar e a porta de ferro do quarto é aberta.
— Dormiu bem Cooper? - Anthony diz entrando.
— Eu mal consegui dormir. - Falei massageando a testa.
— Que bom. - Ele debocha. - Vamos.
— Pra onde vai me levar? - Me afasto.
— Cala a boca e só vem logo! - Faz um sinal de silêncio.
Dois homens entram no quarto e me tiram a força da cama, enquanto os dois seguravam meus braços, Anthony coloca uma venda preta em meus olhos. Tentei me debater, mas eu estava fraca demais e foi inútil. Com os olhos vendados fui arrastada para fora do quarto e levada para algum lugar.
— Pra onde estão me levando?! - Gritei nervosa.
— Melhor não gritar, se George ouvir não vai gostar nada. - Ouço Anthony rir. - Você já sabe o que acontece quando ele se irrita. - Tampa minha boca.
Me calei e de repente sinto me colocarem em uma cadeira, minhas mãos são amarradas com cordas grossas, e são apertadas ao ponto de eu sentir meus pulsos doerem. Ouço então passos adentrando ao local, era mais de uma pessoa que estava presente ali. Ouço então o som de sapatos altos se aproximando, provavelmente Mia. Sem dizer nada a pessoa apenas começa a andar em minha volta, eu podia sentir a sua presença próxima a mim.
— Se quer saber porque eu to andando em volta de você... - Mia diz com tranquilidade. - É por que eu quero matar vocês! - Encosta alguém em minha cabeça.
Assim que sinto tal objeto ser encostado em minha cabeça, sinto meu coração acelerar. Em outros momentos eu nunca teria tal reação, não é a primeira vez que apontam uma arma para mim. Mas agora era diferente, eu estava completamente vulnerável, estava com sono, fome, sobre efeito de daquela droga de comprimido e sim, eu estava com medo e sozinha! O pior era estar vendada, não saber nem sequer os movimentos de Mia, não saber absolutamente nada, estar em uma completa escuridão.
— Hoje eu sou um predador e você a minha caça Hanna Cooper... - Ela provoca, enquanto faz movimentos com a arma em minha cabeça. - Eu te rodeei, esperei o momento certo e te peguei. - Sussurra. - E quando eu acabar com você, só vão sobrar boatos, lendas, você será esquecida pra sempre!
Tentei não demonstrar nervosismo, mas por dentro meu coração estava prestes a parar, ela brincava com a arma bem perto de mim e o que mais me dava desespero era o sentimento de impotência, não poder fazer nada! Após brincar um pouco com a arma, Mia voltou a prensa-la contra minha cabeça, mas dessa vez com mais força.
— 1...2... - Ela começou a contar.
Fechei os punhos nervosa, e senti meu peito subir e dessa com o desespero que fazia a respiração ficar mais pesada e ofegante.
— 3! - Ela gritou.
Assim que a mesma gritou o número três gelei, e então ouvi o barulho do gatilho, apenas isso. Mia começou a gargalhar alto vendo meu desespero, a arma estava sem munição. Com brutalidade ela retirou a venda de meus olhos e então nos encaramos, passei meu olhar pelo local e vi pela pequena janela que o sol ainda estava nascendo. Ela continuava a rir, estava amando se sentir no controle, me ter como uma boneca em sua mãos.
A mesma encarou meus olhos seriamente, esperando que eu abaixasse meu olhar, o que eu não fiz. Retribui sua encarada com ou até mais severidade que a mesma. Minha atitude pareceu irrita-la, com força ela encaixou sua mão em meu pescoço e o apertou.
— Me disseram que você era forte. - Apertou mais. - Mas você é mais quebrada que todos nós aqui. - Cerra os dentes. - O amor te deixou fraca!
Dominic assiste tudo com um sorriso no rosto e logo vem se aproximando, com apenas um olhar sobre Mia ele faz a mesma se afastar e vem até mim.
— Quer saber por que a Mia te odeia tanto Hanna? - Acaricia meu rosto e eu me afasto com brutalidade.
— O motivo está bem ali atrás daquela porta. - Aponta para a porta e tira a mordaça de minha boca.
— Eu nunca fiz nada pra ela! - Afirmei com raiva, encarando a mesma.
— A fez sim. - Ele ri. - Acho que esqueci de te contar um pequeno detalhe sobre a minha família. Na verdade nós somos entre quatro irmãos. - Sussurra próximo ao meu ouvido. - Hanna eu lhe apresento meu irmão mais novo, Theo Floyd! - Ele anuncia.
A porta então é a aberta e assim que vejo Theo entrar arregalo em os olhos completamente sem reação, eu não estava acreditando no que estava acontecendo, mesmo sempre tendo um pé atrás com o mesmo de uns dias para cá, eu nunca imaginaria que Theo era na verdade um Floyd.
— Não pode ser... - Falei sem reação o encarando.
O mesmo parou ao lado de Anthony e George, seu olhar era baixo, ele mal conseguia me encarar, covarde. Mia estava um pouco mais afastada, mas o encarava sem parar, a mesma não tirava seus olhos de Theo.
— Me desculpa Hanna... - Ele ergue a cabeça.
— EU CONFIEI EM VOCÊ! - Gritei alto. - Achei que fosse meu amigo, que gostasse de mim, que importava e por isso tentei lhe dar uma chance! - O encarei. - Independente de qualquer coisa, achei que éramos amigos.
— Eu... - Ele tenta se explicar, mas eu o interrompo.
— E tudo isso para que? Apenas para descobrir que na verdade era você segurando a arma apontada para mim. - Falei com repulsa.
— Eu não queria te machucar, eu juro que ver você assim me destrói por dentro! - Ele afirma desesperadamente, enquanto se aproxima.
— Engraçado, você é quem está destruído, mas eu sou a única que precisa ser salva! - Transmito raiva em cada palavra.
— Está curiosa para saber qual foi o erro que Mia citou ontem Hanna? - Dominic diz. - Anthony vou te dar a honra! - Ele ri.
— Vou contar uma breve história. - Anthony diz. - A origem da nossa família vem dos caçadores, então para nós qualquer inimigo é visto como uma caça, uma presa. Vários ensinamentos foram passados de geração para geração, e um dos mais importantes tem haver com toda essa história aqui. - Fala enquanto anda, como um professor. - Sabe qual é o um dos piores erros que um caçador pode cometer Cooper?
— Anthony...! - Theo resmunga.
— Se afeiçoar pela caça! - Anthony diz em um alto tom. - Se isso acontecer o caçador perde o foco e não consegue cumprir seu real objetivo. - Faz movimentos com as mãos.
— E esse foi o erro do nosso irmãozinho. - Dominic continua, sorrindo enquanto divide seu olhar entre mim e Theo. - Ele acabou se afeiçoado por uma presa muito encantadora e quase botou tudo a perder! - Passa seu braço em volta do ombro de Theo. - Mas no final ele se lembrou do seu verdadeiro e único objetivo.
— E eu sou essa presa. - Completei.
— Exatamente! - Dominic sorri. - Agora já sabe o porque deve sentir mais medo da Mia, do que de nós. - Ri.
— Não diga...! - Encaro a mia.
— Melhor parar de olhar pra mim desse jeito! - Ela grita.
— Hanna me escuta. - Theo corre até mim. - Eu sei que você me odeia agora mas... - Disse baixo.
— Te odiar? Não, não mesmo. - O olhei com ódio. - Ódio é um sentimento e por você eu não sinto nada! - Inclinei a cabeça para frente e cerrei os dentes.
Os olhos castanhos de Theo me encararam, como uma criança desiludida ele me olhou, eu nunca havia o tratado assim, sempre fui muito gentil com o mesmo. Agora eu encarava aqueles olhos, os mesmos olhos que antes eu via tanta sinceridade e pureza, agora estavam diferentes, completamente diferentes.
Um silêncio enorme se fez, eu continuava a encarar Theo com todo o meu ódio, como se estivesse o fazendo pagar apenas com o olhar, para algumas pessoas era a pior condenação, ver a pessoa que ama lhe olhando de tal forma. Não que eu acreditasse em seus sentimentos, mas eu causava algum efeito no mesmo e com isso o faria sofrer com meu desprezo.
— O sol nasceu! - Dominic grita sorrindo. - Vamos. - Ele ordena aos seus homens.
Os homens logo saem de seus postos e vem até mim, eles me desamarram e com força me levantam pelos dois braços.
— O que vai fazer? - Theo pergunta.
— Dar uma refrescada na nossa paciente maninho, quer ir junto? - Dominic debocha.
Theo passa seu olhar em mim pela última vez e permanece calado, era um covarde, um traidor, eu não sei como um dia pensei que poderíamos ser amigos. Arrastada pelos homens, passei por Theo e sendo guiada por Dominic que andava na frente, fui levada para outro local. Subimos mais um andar e enquanto andávamos pelo corredor observei cada detalhe, aquilo era um hospital, se minhas deduções estavam certas, era um hospital psiquiátrico.
Fui arrastada para outra sala menor e sou jogada no chão, assim que me sento no mesmo e olho ao redor vejo um tanque cheio de água, no mesmo momento senti minha respiração falhar. Eu sabia bem o que iam fazer, e esse era um dos meus maiores medos, morrer afogada era horrível, e ser torturada com isso era pior ainda. Olhei para a porta e vi Mia e George entrando.
— Ele não vai vim? - Dominic se refere a Theo.
— Claro que não, ficou lá em baixo. - George responde rindo. - Ver a sua musa sendo torturada é demais pra ele. - Debochou.
— Calem a boca! - Mia diz nervosa.
A mesma caminha até mim com passos pesados, estava completamente tomada pela raiva, ou melhor, pelo ciúme. Ela me agarra pelos cabelos e começa a me puxar para trás.
— Vem logo!!! - Ela grita enquanto me puxa.
Sinto a raiva tomar conta de mim e com impulso consigo me levantar e me soltar da mesma que puxava meus cabelos. Com a adrenalina tomando conta de mim, lhe dou um chute forte em sua barriga, o que fez com que a mesma fossem para trás. Assim que vai para trás Mia acaba caindo procurar ao tanque e bate sua boca na borda do mesmo.
Assim que me viro para trás sou supreendida com um tapa de extrema força em meu rosto, que me fez perder completamente o desequilíbrio e voltar para o chão.
— EU JÁ TE AVISEI QUE AQUI VOCÊ NÃO MANDA EM PORRA NENHUMA! - George gritou. - E VAI FAZER O QUE A GENTE QUISER, ENTENDEU?! - Aperta meu rosto.
Vejo Mia se virar e sua boca estava sagrando, internamente me vi satisfeita, pelo menos por enquanto. Dominic se aproxima e me tira do chão, o mesmo sem dizer nada me arrasta até o tanque e me segura pela nuca, já com a cabeça e corpo inclinados para frente.
— Hora de nadar! - Ele diz de forma irônica.
Sem demora minha cabeça é enfiada no tanque, eu debato desesperadamente, sentindo a água invadir minhas narinas e minha respiração se tornar inexistente.
Era horrível, uma das piores sensações que senti na vida, era pior do que a arma apontada em minha cabeça. Era uma morte lenta, uma tortura. Dominic tira minha cabeça de dentro da água e eu puxo o ar o mais rápido possível, sentindo meu peito quase explodir de tanta ofegancia.
Mas aqueles poucos segundos se passaram como vento e quando vi já estava com a cabeça novamente dentro do tanque. Me debatia e lutava contra meu próprio corpo e mente, minha mente dizia que eu iria morrer, enquanto meu corpo apenas dizia para eu não parar de me mexer, nunca! Enquanto estava com a cabeça dentro d'água foi como se eu meu subconsciente estivesse se passando um filme.
Um filme desde o começo de meus dias, até hoje. Lembrei de cada momento marcante de minha vida, desde meu primeiro beijo, até os dias atuais. Olhando agora pude ver o quanto as coisas mudaram, o quanto todos mudaram e isso é inevitável. Mas mesmo com o tempo por dentro eu permanecia a mesma, por muitos conhecida como Hanna Cooper, a prodígio da família. Mas por outros apenas conhecida como Hanna, a garota que amava cavalos, cantava até não poder mais e adorava uma adrenalina.
Sou tirada novamente da água e dessa vez Dominic me solta, quase desacordada caio no chão e volto a tentar puxar o ar de meus pulmões. Me arrastei até perto do tanque e apoiei as costas no mesmo, encolhida ali eu tentava me recuperar, com o olhar indo de um lado para o outro em pânico.
— Como se sente vendo que você não é nada aqui em? - Mia provoca.
— Com uma ordem e você deixa de existir Hanna Cooper. - Anthony diz entrando no cômodo.
— ENTÃO VENHAM, ME MATEM! - Gritei com toda a força. - Eu vejo a paz da morte como uma recompensa por esse tédio! - Cerro os dentes e me inclino para a frente.
— Sua...! - George é segurada por Anthony.
— Eu vou morrer sentido o gosto da agonia e medo que eu causei em todos vocês! - Abro um sorriso cínico e fechado, olhando cada um nos olhos.
— Eu uma posição como essa e ainda é tão arrogante. - Dominic diz. - Você realmente é incrível Hanna Cooper. - Ele ri.
Com um olhar ele dar outra ordem para os homens, eles me tiram do chão com toda sua brutalidade e me arrastam para fora dali. Me levam para o andar de baixo e mais uma vez sou levada para a mesma sala, aonde fui novamente amarrada na cadeira que havia no centro e ali fiquei sozinha.
[...]
Ali sentada naquela cadeira eu fecho meus punhos, quase fincando minhas unhas em minha própria pele de tanta raiva. Com a expressão fechada eu deixava algumas lágrimas cairem, mas não eram lágrimas de tristeza ou medo, era lágrimas de raiva, a mais profunda raiva que já senti até hoje.
Eu queria fazê-los pagar, fazê-los sofrer muito, queria tê-los em minhas mãos apertar, apertar, e apertar, até esmaga-los! Ouço passos e então olho para a porta, e lá vinha Theo fazendo um esforço enorme para me encarar.
— Parabéns! - Abri um sorriso.
— Acha que eu estou feliz? - Suspirou se aproximando.
— E por que não estaria? Você venceu, cumpriu com seu objetivo. - Dei de ombros.
— Eu perdi você. - Se abaixou e passou a mão por meu rosto.
— Você nunca me teve, Theo. - Falo friamente olhando em seus olhos.
E mais uma vez aquele olhar decepção estava ali, ele me encarava e continuava com sua mão em meu rosto, não conseguia sair dali, eu o prendia com apenas meu olhar e postura. Como minha tia sempre diz " uma boa mulher sabe bem como usar as suas armas", ele estava hipnotizado, se fosse mais covarde já teria tentado me agarrar. E eu aproveitaria desse feitiço que lancei sobre Theo para fazê-lo sofrer com meu desprezo e ódio.
— Sabe de uma coisa? - Inclino a cabeça para frente, deixando nossos rostos mais próximos. - Eu espero que você nunca mais se apaixone de novo. - Sussurrei amargamente, o provocando com meus lábios quase juntos aos seus. - Eu espero que você seja você mesmo e perca seus amigos. - E olho seriamente o aterrorizando. - Eu espero que eles te abandonem por todas as merdas que você fez.
— Hanna... - Ele segura em minha mão.
— Eu espero que você seja miserável até a sua morte! - Cerro os dentes, o olhando nos olhos e me afasto.
— Espero não estar atrapalhando. - Dominic diz entrando.
Theo se levanta e passa a mão por seu cabelo, demonstrando nervosismo e frustração. Logo atrás de Dominic, Anthony entra com um aparelho de gravação que estava em cima de um carrinho, empurrando o mesmo ele o trás para perto de mim e eu o encaro confusa. Mia e George entram no cômodo também, cada um indo para o seu lado, observo que Mia imediatamente olha para Theo, que estava com as mãos no bolso da calça encarando o chão.
— O que significa isso? - Pergunto confusa.
— Quero que aceite uma única coisa, daqui você não sai viva, entendeu? - Dominic diz com tranquilidade. - Então queremos que mande um recadinho para os patéticos dos Peaky Blinders, ou melhor, os Shelby's.
— Vão se ferrar. - Revirei os olhos.
— Quer mesmo morrer sem ao menos dizer algumas últimas palavras? - Anthony provoca sorrindo.
— Vai cometer o mesmo erro duas vezes Hanna? O que fez com o seu tio não foi suficiente? - Mia diz em alto tom.
— NÃO SE ATREVA E FALAR DO MEU TIO!!! - Gritei a encarando, me debatendo na cadeira.
Todos ficaram em silêncio, Anthony posiciona o gravador bem próximo a mim e fica ao lado do botão de ligar. Eu permaneci séria nos primeiros instantes, mas a frase de Mia fez efeito em mim, um lado meu realmente achava que eu iria morrer a qualquer momento e implorava para que eu aproveitasse a chance de me despedir.
Já o outro lado era o orgulhoso, o que não aceitava perder, olhando para cima pensei muito, com os olhos cheios de lágrimas pensei que talvez realmente aquela seja minha última mensagem.
— Ta na hora. - Dominic diz. - Vamos, fala!
Anthony ligou o gravador e a luz verde se acendeu, eu permaneci em silêncio, olhando para trás e brincando com os dedos nervosa, mas logo comecei a falar.
— Então... - Suspirei e olhei para cima. - As coisas vão ficar feias! E... - Falei com dificuldade, sentindo um nó na garganta por conta da vontade de chorar. - Eu não sei o que vai acontecer, então...Eu aceitei fazer essa gravação, pra falar...Algumas coisas para umas pessoas.
Olhei novamente para baixo, respirando fundo e tentando controlar as mil coisas que estavam se passando em minha mente.
— Michael, me perdoe...por não poder te amar de volta...do jeito que você me amou! Então...tenho certeza que você vai encontrar alguém que vai te amar da maneira que você deseja! - Falei mantendo meus olhos no chão.
Enquanto isso todos escutavam com atenção, Theo ainda olhava para o chão, mas os outros permaneciam com o olhar em mim.
— Finn, você é o meu garoto! Sempre será o meu garotinho! - Cai no choro.
Com os olhos fechados eu só conseguia chorar e pensar no meu garoto, em como ele ficaria caso eu realmente não fosse mais estar aqui, nunca mais.
— Arthur e Polly, Vocês...vocês me criaram, eu amo vocês! - Sorrio em meio ao choro. - E Tommy, por favor pare de se culpar, você é e sempre foi um irmão incrível! E eu sempre vou te amar! - Suspirei.
Parei novamente de falar, e continuei a chorar, eu não sabia como ainda tinha lágrimas. Mas definitivamente eu não conseguia as controlar nesse momento, eu soluçava e em minha mente vinham milhões de lembranças.
— John! - Olhei para cima.
Assim que falei o nome de John, pude ver Theo olhar para mim com rapidez.
— A resposta é sim, eu ainda te amo, muito! - Falo um movimento positivo com a cabeça. - E se você estiver ouvindo isso...te vejo na próxima vida! - Solto um riso bobo em meio ao choro.
Theo então começou a ficar inquieto, passou as duas mãos pelos cabelos nervoso e suspirou em alto e bom som.
— Tia Charlotte, obrigada, obrigada por ser você! - Suspirei. - E bom...Ethan e Emma, eu amo vocês, vocês merecem toda a felicidade do mundo.
Assim que terminei de falar, voltei a abaixar a cabeça e Anthony desligou o gravador. Pude ver Mia indo até Ethan e colocando a mão em seu ombro, apoio que foi negado por Ethan, que com brutalidade retirou sua mão e se afastou, com passos largos e rápidos ele se retirou. Mia envergonhada e frustrada nem sequer olhou para mim.
— Belas palavras, ore para eles serem os únicos que não irão lhe esquecer. - Dominic diz sorrindo.
— Levem ela pro quarto! - George ordena.
Imediatamente sou desamarrada da cadeira e arrastada para fora dali, sou levada de volta para o pequeno quarto que se parecia com uma solitária de uma prisão. Dessa vez minhas mãos foram amarradas por uma corrente grossa, que estava presa a cama. Os homens sairam e trancarama grande porta de ferro. Tomada pela raiva e desespero eu bato com as correntes, tentando as fazer arrebentar.
— AAAA! - Grito em desespero e agonia.
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Ficaram surpresos com a verdadeira identidade do Theo? Me contem!✨
Muito obrigada pelos 60k!!! VOCÊS SÃO INCRÍVEIS!❤️🚬