Um Amor Em Meio Ao Caos

Da Rebeca_norberto

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É capaz encontrar paz em meio ao caos? Julie encontrou calmaria em John e vice versa e juntos se sentiram mai... Altro

*Nota da autora*
Epígrafe
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 42
Epilogo

Capítulo 41

26 10 4
Da Rebeca_norberto

John

Meu pai havia passado de todos os limites.

Suborno?

Claro que eu sabia do que ele era capaz, mas ele nunca interferiu tanto na minha vida como estava fazendo naqueles tempos, tudo por causa de um maldito sobrenome, que se quer eu me orgulhava de carrega-lo.

As semanas seguintes foram péssimas, não conseguia pensar em nada, nem me concentrar no trabalho e o pior foi o sumiço de Dália.

A dias que não recebia respostas e seu celular dava fora de área.

Me esforcei para não pensar no pior.

— Seu pai realmente está empenhando em te deixar longe dela. — Tyler comentou jogado em meu sofá.

— E o pior é ele usar uma criança que sofreu uma perda tão grande para te atingir. — Átila acrescentou.

— Vou lutar pela guarda da minha irmã, mas o meu pai é capaz de manipular ela e tenho medo de perder.

— Você tem a psicóloga dela a seu favor. — Tyler falou mexendo na câmera fotográfica que estava em suas mãos.

— Brilhante. — Como não havia pensado naquilo antes?

— Bom saber que Tyler tem cérebro. — Tyler o xingou enquanto riamos. — Antes que me esqueça, quando vai entregar o carro de Julie? — Átila havia me ligado já fazia semanas, avisando que o carro estaria pronto, mas foram tantos acontecimentos que eu, se quer pude dar a devida atenção ao assunto.

— Quero entregar em um momento especial. — Já tinha tudo em mente, só precisava estar mais relaxado para fazer o momento valer a pena.

— Você quem sabe então, minha parte já fiz. — Assenti e ele mudou de assunto.

Depois que resolvi algumas situações da empresa e a mantive estável, decidi procurar a psicóloga da Mel, mas ela foi mais rápida e me ligou naquela semana marcando uma reunião.

Sabia que não era um bom sinal, mas talvez fosse a oportunidade de acabar com isso de uma vez por todas.

— Sr. Salt. — Ela deu-me abertura.

Estava em um terninho elegante e graças ao salto estava um pouco mais alta do que eu, o corpo era robusto e ela não aparentava ter mais que trinta e cinco anos, sua aparência estava bastante conservada e o corte Chanel de seu cabelo ajudava a deixa-la com a aparência jovial, quando comecei a levar a minha irmã até ela, ela sempre estava com um coque que a envelhecia.

— Por favor, Sra. Bates, apenas John. — Ela assentiu.

— Entre, John. — E assim eu fiz.

Me sentei na poltrona em frente a sua mesa e ele se sentou na minha frente.

— Acredito que já saiba o que está acontecendo. — Ela assentiu.

— Fiquei sabendo da situação, isso está afetando-a de uma forma que chega a ser preocupante. — Ela apertou os lábios. — Te procurei porquê da última vez que ela veio, havia alguns hematomas em sua pele, em locais um pouco escondidos, mas que por descuido do seu modo de se movimentar e sentar, acabei vendo, ela também falou muito pouco, como se estivesse escondendo algo, na verdade, a semanas que ela não tem falado quase nada, fica encarando os dedos até o fim da sessão, sem muita troca de olhares. — Meu coração queria sair do peito. — Ela deixou escapar que não tinha mais cuidadora, mas sem nenhum detalhe.

— Sra. Bates, essas informações podem ser muito úteis. — Um misto de raiva com esperança tomou conta de mim. — Então é bem possível que ela esteja sofrendo agressão?

— Eu te oriento a buscar o conselho tutelar, talvez a visita de uma assistente social te traga resposta mais precisas.

— Obrigada, Sra. Bates. — Ela sorriu.

***

Julie ficou nervosa com a notícia, andava de um lado para o outro, na sala estreita do seu apartamento.

— O que aquela doce menina pode fazer para que ele batesse nela?

— Como se precisasse de motivo para que ele seja um monstro. — Ela parou e me olhou com cenho franzido.

— Como pode estar assim? — Cruzou os braços. — Ela está sozinha, sofrendo.

— Eu sei, meu amor, mas eu tenho esperança de que isso vai acabar logo, logo. — Sorri para ela. — Vem aqui. — Chamei com o dedo indicador e ela se aproximou se sentando em meu colo. — Está difícil me acostumar te ver de calça jeans, parece outra pessoa. — Sorriu.

— É novo para mim também. — Puxei ela para o meu peito e ficamos ali, abraçados.

— Amanhã mesmo vou resolver isso e em breve teremos ela aqui conosco. — Mexia em seus fios, enquanto ela acariciava meu peitoral por cima da camisa.

Beijei o topo de sua cabeça e ficamos ali abraçados em silencio, até que ela adormecesse.

Fiquei me perguntando.

Desde quando eu havia passado a ama-la tanto?

É, eu já a amava e a queria ali, do meu lado, não só para os momentos ruins, mas para todos os momentos, dividir alegrias, uma casa, uma cama e uma vida.

Diante a todo caos ela era a minha calmaria.

***

Fiz a denúncia no dia seguinte, pela manhã, antes mesmo de ir ao escritório.

Foi então que tudo começou a entrar no eixo.

Foi ali que o mundo do meu pai, começou a desabar e eu não precisava presenciar para saber ou sentir o desespero que ele poderia estar sentindo.

Em muito pouco tempo, seu precioso nome, juntamente com a sua cara falsa e deslavada, saiu nos jornais e em letras grandes e maiúsculas: JACK SALT, AGREDIU A FILHA DE DOZE ANOS!

Foi triste, mas memorável e merecido.

Não seria algo que se resolveria da noite para o dia, mas estava tão confiante.

Ver a minha irmã foi um momento que sentir meus músculos relaxarem pela primeira vez em muito tempo, sentir o seu abraço e a sua voz doce, mesmo acompanhada dos soluços, sentir que podia respirar outra vez.

Ganhei a guarda provisória dela.

A Mel estava muito afetava psicologicamente, emocionalmente, ficar distante do que naquele momento, era a única pessoa que ela poderia chamar de família, pioraria o caso.

A Sra. Bates ajudou para que isso fosse possível.

Dália foi ameaçada, o meu pai a afastou da minha irmã e avisou que ela seria demitida caso se aproximasse dela e me informasse sobre qualquer coisa.

Me pediu desculpas umas mil vezes, mesmo eu deixando claro que entendia sua posição.

A mãe dela era uma senhora e ela era quem sustentava a casa, entendia ela, faria tudo pela a minha mãe também.

A minha irmã não falou sobre o que aconteceu de início, mas depois resolveu nos contar.

— Ele chegou bêbado, eu estava chorando no meu quarto, ele abriu a porta e viu o porta-retratos que eu segurava com a nossa foto. — Julie estava do seu lado na mesa acariciando seus fios, enquanto eu estava na sua frente. — Ele puxou da minha mão e jogou no chão, gritou para que parasse de chorar, Dália entrou no quarto, tentou me proteger, mas ele a tirou e me bateu mesmo assim, depois disso quase não vi Dália e ele avisou que se eu falasse alguma coisa para a Sra. Bates, seria pior. — Ela abraçou Julie.

— Sinto muito que tenha passado por isso, mas acabou. — Falei, ela me olhou com os olhos marejados e sorriu.

— Estou feliz por isso.

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