My sin, my salvation - Destiel

Descrença

P.O.V Dean

O dia amanheceu dublado e cinza, assim como os sentimentos que se alastravam em meu interior. Talvez se não tivéssemos nos mudado, nada disso estaria acontecendo agora. Com os pensamentos a mil, me levantei para segui com a minha vida amaldiçoada. Depois de um rápido banho, desci as escadas rumo a cozinha.

- Oh... bom dia Dean, eu já ia acordá-lo. - Sam diz simples.

- Dia Sammy. - Resmunguei.

- Você vai a igreja hoje? - Sam me pergunta.

- Como se "não", fosse uma resposta aceitável. - Rebati.

- Eu faço isso por ela Dean, você sabe que a mãe era bem religiosa. - Disse.

- E olha o que ela ganhou com isso. - Falei exasperado.

- Não comece com isso de novo, foi um acidente Dean. - Sam falou.

- Que seja, vamos logo. - Falei.

- Ótimo. - Sam falou apenas.

Depois de prontos, saímos rumo a pequena igreja. Tempo depois nós chegamos.

- Não vai assistir a missa, Dean? - Sam perguntou.

- Não, você sabe que eu não gosto dessas coisas. - Falei.

- Ok - Sam disse e entrou na igreja.

Passado uma hora, eu já estava totalmente entediado.

- Dean, a missa foi ótima, e tem um padre novo. - Sam fala se aproximando.

- Que notícia maravilhosa, Sammy. - Zombei.

- Vamos acender as velas logo, seu idiota. - Sam falou emburrado.

- Enfim, falou algo que preste. - Falei.

Entramos na igreja e fomos até o espaço reservado para acender as velas. Em silêncio, começamos a rezar pela alma de nossa mãe. Tentei ser forte, mas as primeiras lágrimas traiçoeiras, caíram sem permissão. As enxuguei e logo voltei a me concentrar, até que ouvi alguns passos se aproximando.

- Posso ajudá-los em algo? - Um jovem homem perguntou.

- Oh não padre, estamos bem. - Sam falou.

- Sim padre, nós esta... - Não completei a frase, assim que pus os olhos no padre.

- Algum problema filho? - Perguntou.

- Não, não... você deve ser o padre novo. - Falei.

- Sim, sou Castiel Novak. - O padre se apresentou.

- Eu sou Dean, Dean Winchester. - Falei.

- Oh, são filhos da falecida Mary Winchester. - Falou.

- As notícias correm soltas por aqui. - Falei.

- É uma cidade pequena, é normal acontecer isso. - Disse.

- Sim, tem razão padre. - Falei.

- Eu sinto muito pela mãe de vocês. - Falou baixo.

- Obrigado, estamos seguindo em frente. - Agradeci.

- Faz pouco tempo que ela faleceu? - Perguntou.

- Hoje faz 7 dias. - Sam respondeu.

- Oh, é... - Tentou falar.

- Tudo bem, estamos bem padre. - Falei.

- Eu não vi você na missa hoje, somente seu irmão. - O padre questionou.

- É porque não acredito muito nessas coisas de fé padre, sem ofensa. - Respondi.

- Não me ofende, mas seria bom pra você nesse momento. - Falou.

- Acho que não seria. - Rebati.

- Porque não? - Questionou.

- Porque Deus não salvou minha mãe. - Gritei.

- Mas... - O interrompi.

- Não, eu não quero saber, eu não acredito em Deus e você padre, não vai fazer eu acreditar. - Falei exaltado.

- Dean! - Sam reclamou.

- Vamos embora Sammy, ou vou deixar você ir caminhando. - Rosnei.

- Me desculpe padre, eu... - Sam falou.

- Tudo bem, vá com ele. Ele parece transtornado. - Ouvi ele falar.

- E ele está, nesses dias. - Sam respondeu.

- Eu notei. - Falou o padre.

- Até mais padre. - Sam se despediu.

- Até filho. - Respondeu.

Sam se despede e vem até mim.

- Dean... - O interrompi.

- Sem uma palavra, Sam. - Falei.

- Ok - Ele se cala por fim.

Entramos no carro e voltamos pra casa.