1.6 Nós precisamos conversar

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- Boa tarde! - Cumprimento, me sentando ao meu lugar. - Desculpem por fazê-los esperarem.

- Não esperávamos menos. - Um deles diz, e eu suspiro.

- Bem, como sabemos, o intuito desta reunião é resolver a questão do marketing do clube. Nossos lucros estão bem abaixo do esperado, ainda. E precisamos tomar uma decisão cabível para que isso seja solucionado. Pensei em fazer uma central de marketing para que o clube volte a ser conhecido como antes.

- Você quis dizer antes do seu marido estragar tudo, né!? - O dono de uma das empresas farmacêuticas sócias diz, com ironia.

- Não. O clube perdeu movimento pela forma como era conduzido.

- Por favor, senhorita Reinhart. Todos sabemos que Skeet controlava super bem o clube.

- Se controlasse, não estaríamos aqui tendo está reunião, não acha!? - Debato cruzando as pernas.

- Não precisa ficar na defensiva, Reinhart. Só estamos comentando.

- De fato.

- Mas é claro que a senhorita não sabe exatamente o que está fazendo com o clube, não? Quer dizer, você era uma das prostitutas daqui. - O dono de um dos cassinos de Vegas diz, ironicamente.

- Exatamente, eu era. E olha só onde cheguei, né!? Então podemos concluir que se eu não fosse boa o suficiente para meu cargo eu não estaria aqui, agora.

- Boa o suficiente? Puf quem nós garante que você chegou por mérito próprio?

- O que está querendo insinuar, senhor Smith?

- O Skeet é facilmente manipulado pelo poder que vocês, mulheres, tem no meio das pernas. Não duvido que este tenha sido o motivo para a senhorita estar aqui, agora. Foi uma troca.

- Como é? - Pergunto, incrédula.

- Isso mesmo. - Ele diz, arqueando as suas sobrancelhas negras. - Skeet ama um rabo de saia, não é atoa que tornou Marisol a gerente.

- Mas convenhamos, Marisol é o rabo de saia, né. Que mulher espetacular.

- Já chega! - Digo me levantando. - Eu vim aqui para resolvermos a questão do marketing, e não para ficar ouvindo comentários extremamente machistas e nojentos.

- Não se empolga muito, Reinhart. Até porque, sem nós, este clube não é nada.

- Exato. Nós somos o marketing deste clube.

- Estão errados. O clube só melhorou depois que eu comecei a direcioná-lo. Antes disso, ele estava a beira da falência.

- Do que está falando? Você é mulher.

- E qual o problema disso, senhor Smith?

- Mulheres não nasceram para isso. Nem sei o que a senhorita está fazendo aqui, na verdade. Deveria estar se preparando para dançar naquela barra.

- Exatamente. Administração é serviço para homens, chame seu marido e deixe que os homens cuidem disso, neném.

- Serviço para homens? - Altero meu tom de voz, e o elevo. - Se esse fosse um serviço para homens, Skeet não teria me vendido este clube. E, sim, eu era uma funcionária, mas pela minha dedicação e força de querer cheguei até aqui, sozinha. Se para os senhores isso não é suficiente, pois bem, sabem onde fica a porta.

Dito isso, pego meu notebook em cima da mesa e saio. Não consigo ficar nem mais um minuto neste local tóxico e preconceituoso.

Quando chego em minha minha sala, sinto que vou explodir de tanto ódio. Por Deus, como Marisol aguentava esses comentários nojentos desses sócios mais nojentos ainda?

De qualquer forma, sinto que a última chance que eu tinha de salvar meu clube foi por água abaixo, já que esses eram os sócios mais importantes que o clube tinha.

Após dispensar o resto de meus compromissos pendentes do dia, pego minha bolsa e me dirijo ao trânsito de minha cidade, mais uma vez, afim de chegar em minha casa.

Tudo o que eu quero agora é um banho quente e o abraço de meu Cole. Ele ainda não respondeu minhas mensagens, nem retornou minha ligação. Será que ainda está dormindo?

Como ja passa da hora do almoço, decido passar em algum lugar para comprar uma marmita, afinal estou com fome e suponho que Cole não deve ter feito comida em casa.

Suspiro quando viro a esquina de casa, meus nervos estão a flor da pele e só Deus sabe quanto tempo mais vou aguentar assim, estou ficando doente de tanto estresse que ando passando.

Já no elevador, com minha bolsa e as sacolas de marmita na mão, me olho no reflexo do piso de porcelana e percebo que estou acabando comigo mesma, me afundando sozinha.

Preciso de um tempo para mim, para descansar minha cabeça e renovar minhas energias. Só assim poderei ficar de bem comigo mesma e com a vida.

- Cole!? - Chamo o nome do homem da minha vida assim que adentro o apartamento.

Quando olho para a sala, vejo Cole com uma expressão fechada. Assim que nossos olhares se encontram, ele praticamente salta do sofá.

Ao seu lado está.. Melanie? Não é possível. Ela segura minha filha nos braços, e sinto minha espinha congelar ao ver essa cena.

- Lili! - A voz de Cole me acorda de meus pensamentos. - Nós precisamos conversar.


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Desculpem pelos seis dias sumida seguidos, terminei meu relacionamento de 1 ano e está doendo de uma forma absurda.

Estou me reerguendo aos poucos e escrevendo no ritmo que estou conseguindo.

Espero que possam entender.

BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ