Capítulo 12

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Ariane

A vida muitas vezes é injusta, podemos observar isso no dia a dia, ao andar pelas ruas e observar tantas pessoas e animaizinhos sem um lar de amor, carinho e comida. Eu não podia reclamar de muita coisa, eu tenho um lar, eu tenho comida no meu prato, tenho o amor da minha irmã e isso já o suficiente para eu ser feliz, mas meu coração insiste em ficar raivoso por contas dessas regras estúpidas da máfia e por viver em um mundo tão machista. Encaro meus pés no chão, acabei de acordar mais minha alma ainda não despertou, estou sentada criando a coragem para encarar mais um dia.

- Força Ariane, você tem tudo para ser feliz! - digo para mim mesma como se fosse uma oração que renovará minha fé.

Vou para o banheiro, faço minhas higienes, coloco um short jeans com uma camisa branca, deixo meus cabelos soltos e saiu do quarto indo em direção a sala de café da manhã.

- Bom dia minha irmã! - Amana me encontra no corredor e me abraça.

- Bom dia! Que humor é esse? - pergunto desconfiada, a essa hora da manhã eu não me reconheço como gente, mas sim como um robo no automático.

- Sinto que hoje será um ótimo dia!

- Mas como? Não podemos sair dessa prisão. - reviro meus olhos. - ou você quer sair escondida? Tô dentro! - coloco meu sorriso mais maléfico e a encaro.

- Não! Lógico que não penso em sair escondido, não agora pelo menos. - ela sorri e nois duas nos sentamos uma do lado da outra na mesa de café, começo a me servir de bolo e chá.

- Então o que te faz pensar que teremos um ótimo dia? - pergunto enchendo minha boca de bolo.

- É só um pensamento positivo tá legal? É bom ter um de vez enquando... - a cutuco com o cotovelo arrancando um sorriso de Amana.

- Você pode ser a mais velha, mas eu sou a mais brava, fale direito comigo! - tento soar como séria e falho miseravelmente, nois duas sorrimos e continuamos a comer aproveitando a companhia uma da outra, sempre é assim, encaro o perfil de Amana e de repente sinto um aperto no peito, minha irmã vai se casar, eu não terei mais sua companhia todos os dias, eu não estou preparada para essa separação.

- Você está me olhando como se eu fosse morrer! - Nana me encara sorrindo.

- Só estou pensando em como vai ser quando você não estiver mais aqui. - meus olhos enchem de lágrimas.

- Não pense isso minha irmã. - ela me dá um abraço de lado. - eu te amo e sempre vou te ligar e vir de visitar, não darei tempo para você sentir saudade!

- É bom mesmo! - beijo sua bochecha e seguro o choro.

Terminado o café da manhã eu e Amana fomos para a biblioteca, estamos terminando de ler uma série de romance da escritora Julia Quinn, amamos tudo que ela escreve.

- Eu queria um Anthony para mim! - Amana diz sonhadora.

- Eu prefiro o Colin, mil vezes melhor!- digo sorrindo. De repente a porta da biblioteca se abre e eu a encaro assustada, ninguém nunca interrompeu esse horário de leitura nosso. Me acalmo quando vejo papa.

- Meninas, me acompanhem! - ele diz e volta a caminhar para fora da biblioteca, Amana me encara e eu a encaro de volta. O que ele quer conosco? Essa é a pergunta que nossos olhos querem fazer uma para outra. Fechamos nosso livro e acompanhamos papa.

Meu coração para quando vejo Dante sentado na poltrona do escritório de papa, ao seu lado está Enrico que encara Amana como se ela fosse um pedaço de carne e ele um leão faminto, me sinto melhor quando vejo Aslam ao lado de papa.

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