Amantes na noite (Lovers at night)

Capítulo 87

- Vou acertar primeiro suas mãos de bicha que valem milhões! - Jack falava tentando controlar o riso.

- Ei! Olha preconceito! Mas eu gosto mesmo é de mulher! Eu criaria sua filha tranquilamente, com uma mãe dessas!

- Só por cima do meu cadáver!

- É melhor casar com o cunhado que com um estranho para maltratar sua filha!

- Frank! Pare! Merda! Vocês nunca vão crescer? A vida inteira nessa picuinha? - Harold parecia irritado.

- Relaxa pai! Sabe que eu amo estressar esse fedelho! - Ele se aproximou de Jack que estava tenso, e deu-lhe um abraço apertado. - Feliz demais por você! Graças à Deus encontrou alguém que te aguente!

Jack riu. Frank realmente não tem jeito!

- Meus bebês! São tão lindos! - Os olhos de Janeth brilhavam.

- Eu sou mais bonito porque puxei a minha mãe! Uma rainha!

- Sou suspeita para falar, mas ninguém ganha a beleza do meu marido! - Intrometi-me na conversa.

Eles fizeram carinha surpresa e feliz. Dei um beijo no meu lindo esposo.

- Lindo! Essas covinhas matam qualquer uma do coração! - Suspirei.

- Vishe! Casou e ficou cega!

Nenhuma conversa é levada a sério com Frank. Todos riram, May entrou:

- O jantar está servido! - May anunciou

Nós nos encaminhamos para a sala de jantar, ricamente decorada. Os detalhes dourados reinavam no ambiente, era nítido que Janeth já estava modificando o ambiente tão masculino.

Sentaram-se à mesa, o sr Parker a cabeceira, Janeth ao lado dele, Frank ao lado da mãe, Jack do outro lado do pai e eu ao lado dele.

Jantamos animadamente, tirando as provocações de Frank, tudo ocorria na completa paz. No término do mesmo Harold falou o motivo do jantar em família.

- Bom, eu estou muito feliz de ter minha família completa reunida mais uma vez, agora com a minha nora e daqui a alguns meses com a nossa netinha! - Ele sorriu para nós. Fiquei muito feliz com seu carinho.

- Quando Angel foi embora, - O que eu tinha haver com que ele ia falar? Não entendi mais nada, fiquei branca como um papel. - Todos sabem como Jack ficou, não é preciso relembrar. - Frank quis fazer uma piada e foi cortado pelo pai.

- Eu quis levar uma palavra de conforto e fui duramente criticado por ele. - pai e filho se encaravam. - Ele me fez refletir que o verdadeiro amor, não deve ser orgulhoso, e sim generoso e compreensivo, perdoar e nunca desistir! - Ele fez uma pausa.

- Aquelas palavras foram muito fortes para mim. O meu filho caçula, que era o mais descreditado no amor, me dando uma lição de moral. Eu fiquei moralmente abalado com tudo o que ele me falou. Mas com o tempo eu percebi que ele estava coberto de razão.

Pai e filho se encaravam, Jack segurava forte na minha mão.

- E eu decidi deixar o orgulho de lado e pedir perdão para a única mulher que amei. - Ele colocou as mãos em Janeth.

- Perdão? - Jack não acreditava.

- Sim, eu vi minha mulher se distanciando de mim, e eu não fiz nada para evitar. E quando ela foi embora, meu orgulho estava tão ferido, que eu a proibi que ela visse os filhos.

- O que? - Os irmãos falaram juntos.

- Sim, eu estava magoado, e queria feri-la e não percebi que o pior mal que eu fiz foi em vocês! E eu me sinto muito envergonhado por isso! - Ele baixou a cabeça. Janeth limpava as lágrimas discretamente.