Capítulo 2

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Helena narrando:

Subo pro meu quarto pisando duro.
- Eu odeio vocês. Grito para eles escutarem.

Toc toc

- O que foi? - Falo na maior grosseria, pois penso que é minha mãe

- Oi Lena, tudo bem? - Aquela voz docinha fala fazendo surgir um peso na minha consciência

- Oi Sofi, desculpa a grosseria. - Falo quase implorando

- O que aconteceu? - Ela se preocupa muito comigo e eu com ela

- Nada princesa. - Minto na cara dura, não queria que ela ficasse com raiva dos nossos pais.

- Posso ficar aqui com você. - Ela pergunta subindo na cama

- Claro meu amor. - A abraço e beijo sua testa.

Minha irmã sempre vem dormir comigo a tarde.

Deito com Sofia e ligo o ar condicionado.

05:40 da tarde minha mãe bate na porta.

- Filha, seu pai quer conversar com você. - O que ele quer falar comigo não importa, ele não tinha o direito de falar comigo daquele jeito

- Eu não quero falar com ele. - Falo voltando a me deitar

- Por favor Lena, vem comigo, deixa Sofia dormindo. - Eu não quero nem ouvir a voz dele imagina vê-lo

- Não vou! - Falo quase que gritando de ódio, mas não quero acordar Sofia.

- Eu não estou mais pedindo Helena, eu estou mandando. - Minha mãe nunca tinha falado isso comigo, ela deve tá muito p da vida.

- Tá bom

Saio do meu quarto e vou para o escritório, conversar com meu pai.

Bati na porta e meu pai logo respondeu.

- Entre Helena - Fala num tom sério, e eu cago e ando pro seu tom de voz.

- O que o você quer? - Falo num tom que nem eu mesma reconheço.

- Olha como fala comigo menina. - Ele fala sério e grosso.

- Você vai fazer o que? Vai me bater? - Falo num tom de deboche.

-  É o que eu tenho vontade de fazer. - Fala se levantando.

Dou alguns passos para trás

- Me bate, me bate que você nunca mais vai ouvir falar o meu nome. - Falo firme e o mesmo se senta.

- Você vai se casar daqui um mês Helena! - Ele fala sério, me fazendo o encarar

- Como é que é? Eu não vou me casar nem por um decreto, você tá me escutando, você não manda na minha vida, você não tem o direito de dizer o que eu faço ou eu deixo de fazer, sou maior de idade, quem manda na minha vida sou eu. - Grito com todas as forças que eu tenho

- Eu não te perguntei se você quer se casar, eu estou te afirmando que você vai se casar. Eu sou o seu pai e eu escolho o melhor pra você. E se você fizer qualquer coisa, qualquer coisa Helena pra atrapalhar esse casamento, você vai morar debaixo da ponte, você está me entendendo? - Ele grita comigo e uma lágrima rola pelo meu rosto.

- Eu não vou ficar desabrigada, eu tenho amigos, não sou igual você que vai morrer sozinho. - Fala já não aguentando tudo.

- Eu vou te mando pra outro país sem um centavo furado pra comprar nem uma bala. Eu te deixo morrer de fome, de frio. Não brinque comigo Helena. - Ele fala me olhando sério, não parece estar brincando.

- Eu vou transformar a vida desse idiota em um inferno. - Ele vai se arrepender da hora que ele aceitou se casar

- O que você vai fazer depois do casamento não me interessa, eu só não quero mais o seu nome estampado nós jornais de fofocas por brigas e confusões. - Eu odeio a minha família, eu odeio esse cara, eu odeio tudo isso.

- Eu te odeio com todas as minhas forças. - Grito e saio do escritório

Subo pro meu quarto e tranco a porta.

- Filha, podemos conversar. - Minha mãe fala do outro lado da porta.

- Não - Falo me deitando na cama e deixando as lágrimas caírem.

- Por favor Helena, eu quero que você entenda tudo isso que esta acontecendo. - Ela fala e um sorriso irônico surge em meus lábios

- Tem mais alguma coisa pra mim entender, eu te odeio, odeio aquele homem que se diz meu pai, odeio tudo.

- Eu vou te deixar descansar e colocar sua cabeça em ordem, só saiba que te amamos. - Ela fala baixo, quase que não se dava pra ouvir

- Só saiba que eu odeio vocês. - Grito e caio na cama exausta.

Depois de uns quinze minutos só chorando que nem uma desesperada resolvo me levantar.

Tomo um banho para colocar meus pensamentos em ordem.

Coloco um short de dormir um uma blusinha larga.

11:00 da noite eu fui dormir com fome e com sede, mas não queria ver a cara de ninguém, ou não responderia por mim.

02:40 da manhã eu acordei com a minha barriga roncando, uma hora dessas ninguém ainda deve estar acordado, desço as escadas bem devagar e ataco a geladeira. Eu não sou de ferro, e muito menos o meu estômago.

Casamento ForçadoWhere stories live. Discover now