— O que você está esperando? — Liam questiona. Ele não usa o mesmo tom de antes, ele não está falando para o círculo ouvir. Ele soa sério demais. — Faça. —
— Por que eu devo? Eu acho que você pode começar. — Zayn diz. Ele sabe que só está enrolando. Ele coloca as mãos no bolso do moletom, é como um sinal para mostrar que ele realmente não pretende começar isso, ele só espera que Liam tenha compreendido da melhor forma.
— Eu não fui desafiado. Então é você quem deve fazer isso, uma vez que você foi. — Liam diz. — Não faça disso um drama. —
Zayn sabe que Liam tem um ponto, mas, bem, é sua última tacada; ele quer contra argumentar até que Liam desista.
Ele realmente gostaria que isso fosse mais fácil para ele quanto é para os outros, então ele só beijaria Liam por uns segundos e aquilo estaria feito. Simples e rápido. Mas é quando ele percebe que o drama está meio que com ele desde que ele nasceu, e ele pode ser um cara chato às vezes. A última vez que Zayn beijou alguém foi há cerca de dois anos e meio, em uma aventura de verão com a sua turma do colegial, o que acabou em coisas a mais, que Zayn é um pouco arrependido de ter sequer cogitado que daria certo com ele. Ele quer acabar com isso logo, mas ele tem uma leve impressão que acabará tão ruim quanto a última vez.
— A axiomática foi formulada por Peano, matemático italiano. Implica-se que números naturais podem ser obtidos através da soma ou multiplicação, nas quais possuem propriedades, sendo uma delas a ordem dos fatores não altera o seu produto. — Zayn insiste. — Isto significa que acabaremos em uma mesma coisa, o que não torna o caso de eu ter sido desafiado um obstáculo para que você possa começar. —
Liam o olha, atentamente. É rápido quando ele beija Zayn, desistindo de responder qualquer coisa que ele esperasse ou não ouvir. Ele teve contato com Zayn há menos de dez minutos, mas ele já o considera duplamente insuportável desde quando o considerou durante a aula em que o viu pela primeira vez.
Zayn fica estático com a aproximação de Liam. Ele só consegue tirar suas mãos de dentro dos bolsos de seu moletom e fechá-las ao lado de seu corpo.
É como se ele estivesse pronto para acertar um murro em Liam, mas não é o que ele acaba fazendo.
Liam sente o traiçoeiro desejo de o trazer para mais perto, o que o faz puxar o capuz de Zayn tão discretamente que ele não pode sentir, mas ele sente quando a mão de Liam para em sua nuca. Ele não aperta, ele não move os dedos, apenas estando parada onde ela está é suficiente para Liam.
— Apenas vamos cronometrar quando ele retribuir. — Leonardo diz. — É uma regra. Por dez segundos. —
Zayn está com raiva, mas ele faz. Ele quer, mais uma vez, acabar logo com aquilo. Ele retribui o beijo e suas mãos suam na mesma intensidade.
Ele inclina a cabeça ao que Liam passa a língua em seu lábio inferior, como se ele estivesse tentando descobrir o gosto do que Zayn bebeu durante a noite. Zayn quer mordê-la, fazê-lo se afastar dele, mas ele apenas permite que Liam controle o beijo como ele quer. Zayn não sabe bem o gosto do álcool, mas ele imagina que não seja este. Liam tem o gosto de um coquetel e algo como melão.
Ele pode quase esquecer com quem está lidando. Eventualmente, quando Zayn retribui inteiramente, Liam pensa que está tudo bem se ele colocar a mão sobre a cintura de Zayn, mas não está.
Zayn lembra-se da cena de Liam no refeitório mais cedo. Ele está o envolvendo, exatamente como fez com a garota com quem ele estava. É exatamente como ele faz com as garotas com quem ele costuma ficar. E Zayn está longe de ser alguém com quem Liam tem um pouco de intimidade.
Este pensamento faz com que Zayn o empurre.
— Não me toque! — ele diz, a respiração célere. Ele limpa a boca com a superfície da mão. — Não faça essa merda de novo. Não sendo um grande idiota. —
Ele odeia o garoto, evidentemente, mas ele não pode negar que Liam tem um beijo bom. Fere menos sua dignidade quando ele supõe que ele é apenas bom nisto, e não que ele gostou de experimentar.
Porque ele definitivamente não gostou. Liam ainda é um completo imbecil.
Ele dá as costas para Liam, saindo dali o mais rápido que ele pode. Ele toca no ombro de Harry antes disso, o que faz ele sair no mesmo instante que Zayn.
— Uma observação interessante é que você conseguiu mantê-lo por vinte e dois segundos. — Leonardo diz, mostrando o cronômetro para Liam, que continua parado.
— O que diabos acabou de acontecer aqui? — Louis pergunta.
Alguns minutos depois, quando Zayn e Harry estão de volta para o dormitório de fato, eles continuam em silêncio, o que é muito parecido com os corredores do local, porque ninguém quer dormir tão cedo.
— Nós podemos conversar sobre tudo amanhã? — Zayn pergunta, erguendo a cabeça e se encostando na parede que constitui a entrada do quarto.
— Sim. A qualquer hora. — Harry diz. — Me desculpe. Nós realmente não deveríamos ter concordado com isso. Eu deveria ter insistido até o fim para que voltássemos, é óbvio que nada funciona bem com aqueles caras. —
— Ei, você não é culpado. Está tudo bem. Foi apenas uma brincadeira boba. — Zayn diz, tentando amenizar o que ele sabe que foi uma grande confusão.
Ele abre a porta do quarto, imediatamente chutando um par do sapato para longe enquanto fica em suas meias. Harry só observa, parado.
— Eu estou cansado, você se importa? — Zayn continua.
— Não. Nos vemos amanhã. — Harry fala. — Tranque a porta assim que eu estiver fora. —
Quando ele deixa o quarto, Zayn senta em sua cama por um minuto. Ele tira o moletom e empurra o próprio rosto contra o travesseiro. É difícil não fazê-lo quando sua consciência está pesada, o relembrando de ter cometido um grande erro. Ou o quão confuso foi tudo o que acabou de acontecer. Ele passa mais tempo do que alguns minutos pensando sobre, o que o faz se mover muito sobre a cama.
— Você ainda não trancou a porta. — ele ouve a voz de Harry do outro lado. Ele levanta, lento demais, e faz o que ele pede.
— Tudo bem. — Zayn diz, quase rindo. — Está trancada. —
— Eu sei que você costuma esquecer. — ele diz. — Não pense muito, apenas durma. —
Zayn concorda, voltando para a cama.
ŞİMDİ OKUDUĞUN
inde i rummet ziam
RomantizmLiam acompanha o retorno do período acadêmico dentro da Universidade de Aarhus. Há, no entanto, um rapaz peculiar em sua turma.
Peano
En başından başla