Penúltimo Capítulo:Prelúdios de uma Tragédia

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Aziel olhou cheio de fúria para Apolo e então com um gesto de mãos, uma chama negra surgiu na ponta do seus dedos forte e viva, bem ameaçadora. Meu corpo enrrijeceu de pânico ao perceber que se aquilo tocasse em Apolo diretamente, seria sua morte na certa.

---Mais uma palavra cachorro e você morre..._ameaçou Aziel, sem tirar os olhos de Dinus.

De longe, eu vi Raiko se arrastar pelo chão perto do trono em meio ao sangue. Chorando e sangrando, ele foi até o pai, que já estava convulsiando pela doença que o ar impregnado de zerolk estava transmitindo aos que ainda permaneciam respirando. Meu pai se escondia atrás do trono como o covarde que ele sempre foi... Eu pude ver seus cabelos brancos quebradiços pelas frestas do trono.. Olhei para Apolo sem saber o que fazer, mas aí percebi que ele parecia tão perdido quando eu.

---Se me der essa pedra... Deixarei sua cidade em paz... Meu exército marchará para bem longe daqui _ofereceu Koh, sua mão escamosa levantando em direção a pedra.---Um bom negócio não acha?!E mais, eu posso matar aqueles dois para você ._ele apontou para mim e Apolo.--- Alguém tem que pagar pela morte do meu bichinho de estimação e sem eles, nada ficaria no seu caminho ou no meu.

Aziel sorriu convidativo, olhando para Dinus com certa curiosidade como se o instigasse a aceitar a oferta e o pior era que estava dando certo. Eu sabia que era tudo mentira, sabia que todos nós morreríamos assim que a pedra chegasse as mãos deles. Mas Dinus não parou para pensar nisso. Ele estava desesperado e tudo o que ele queria permanecer vivo... Por isso, quando ouviu a proposta de Koh, apenas sorriu, com aquela esperança doentia de que os demônios fossem mesmo cumprir a parte do acordo. Então, com dificuldade, ele estendeu a pedra de sangue, a sua mão cheia de feridas causadas pelo zerolk indo de encontro as garras sujas de Koh, que sorria ansioso por ela... Tudo estava acabado, pensei, minhas esperanças se escoando do meu peito todas de uma vez. Apolo já devia ter ordenado que Hades fugisse a essa altura, sendo honesto, era o que eu faria no lugar dele. Eu já estava me conformando com o fato de que eu morreria... Mas aí as portas da grande sala do trono se abriram de uma vez e um garoto extremamente raivoso, de cabelos pretos desgrenhados, vestindo uma armadura muito maior do que ele apareceu todo desengonçado, com as suas duas lindas asas de corvo roxas levantadas entrou com um arco na mão. Um arco grande e prateado, que não parecia comum, um arco que brilhava como se fosse feito de pura luz e fogo sagrado. Todos se viraram para vê-lo, mas antes que Koh ou Aziel pudessem ataca-lo, uma flecha feita de luz já tinha sido enterrada dentro da cabeça de Koh. Uma flecha brilhante, que se esvanesceu logo após furar o crânio do demônio... Eram lindas e mortais, como se fosse feitas de raios lunares. Koh caiu no chão gritando de dor enquanto se retorcia como a cobra ele que era e o salão ficou silencioso de repente, sem que nenhuma criatura viva ousasse dizer nada.

---Aí... Seu filho da puta.._gritou Hades furioso, armando outra flecha no arco.---Fique bem longe da minha família!!!

Então o ômega mais insensato e corajoso que eu já conheci correu, correu todo desengonçado na nossa direção disparando as suas flechas luminosas a todo momento enquanto ele gritava xingamentos que, com toda a certeza do mundo, tinha aprendido com seu alfa boca suja, o meu irmão mais velho, Apolo. Nesse momento, meu peito encheu com uma espécie de calor acolhedor e pacífico e todo o medo e desespero sumiram como se nunca tivessem existido. Era esperança, eu sabia. Me levantei mesmo em meio toda aquela dor com as forças renovadas.

Ainda podíamos vencer.

Hades PoV.

Assim que eu aterrissei próximo a sala do trono, a realidade me atingiu como um tapa na cara. Koh estava lá dentro e o primeiro sinal indicador da sua presença repugnante foi o zerolk. Mesmo com a minha magia bloqueada, ainda podia senti-lo de longe. Entrei em desespero. Apolo estava lá e Koh também, no entanto, para meu completo alívio, o meu lobo ainda estava vivo, mesmo que por pouco tempo. Eu não podia fazer nada sem minha magia. Eu era fraco sem ela, pelo menos quando se tratava de combater demônios... Eu era ômega e tinha um bebê revirando meu estômago a cada cinco minutos, as coisas simplesmente não seriam tão simples para mim. Senti o cheiro de Apolo e Lucian em todo massacre pelo corredor. Fiquei surpreso com todo aquele sangue, contudo, também contente por não precisar ter que fazer isso eu mesmo... O que faria?!O que eu faria!?!Pense!, eu surtava sem parar enquanto sentia o zerolk. O que um bruxo sem magia e grávido como eu faria contra um dos seis generais demoníacos!?Quero dizer, eu não podia simplesmente não fazer nada. Eu não queria ser um pai solteiro e passar o resto da minha longa vida de fada limpando o cocô de uma criança sozinho. Me aproximei das portas da sala e notei que não haviam sinais de luta. Vi Koh vasculhavando a sala do trono de relance como se procurasse por algo e seja o que fosse, ele queria rápido. O bom dos meus poderes terem sido bloqueados pelo príncipe Dinus era que os demônios não sentiam mais a minha presença e claro que, em meio a todo sangue, era impossível notarem meu cheiro. Minha cabeça girava tentando achar uma solução ao ponte de eu achar que ela estava prestes a explodir e mesmo assim eu não tinha ideia do que fazer. Hades... A voz de Apolo surgiu, depois de horas em silêncio. Fuja... Proteja nosso filho... Eu amo vocês... Amo muito... E por favor... Conte a ele que...

Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]Kde žijí příběhy. Začni objevovat