Livro 3- Xeque-mate

Začít od začátku
                                    

— Não vamos viajar mais? Tio Thomas estava conversando com a mamãe esses dias, mas eles não decidiram uma data ainda.

— Bom... depende da sua mãe. Ela não anda bem. — contei a ela.

— Eu percebi. O que aconteceu?

—Coisas dela.

— Está maluca mesmo, esses dias o motorista foi buscar ela em uma academia de tiro. — tentei não me mostrar estar surpreso.

Violet não havia me dito que estava indo a academia de tiro. Estava novamente fazendo coisas escondido...

— É... — a cobri. — Já, já ela melhora. — garanti a ela lhe dando um beijo na testa. — Boa noite.

— Boa noite pai.

Segui até a porta e apaguei a luz do seu quarto. Fui em direção a meu quarto, mas Violet não estava lá. Escutei sua voz e segui para encontrá-la. Olhei para Violet que estava esparramada no sofá do escritório apenas com um roupão de seda, tomando um pouco de vinho. Estava ficando maluca pelo que havia acontecido recentemente, mesmo após ter passado uma semana.

— Isso, Violet Susan Brandon Hale. Pode marcar para a semana toda, uma hora, após as três horas da tarde. Quero que prive o local e não dê informações a ninguém sobre isso. — tomou mais um pouco do vinho. — Ok, muito obrigado. Isso é sigilo. Ok, Boa noite. — desligou o telefone.

Bati na porta do escritório e a mesma me olhou, se arrumou no sofá e sorriu, aparentemente para tentar disfarçar algo.

— Eu sei que não está nada bem. — me aproximei dela e me sentei ao seu lado. — Sabe que não precisa mentir para mim, lhe conheço muito bem. — Olhei para o seu telefone antes dela esconder.

Estava marcando horário para a academia de tiro, mas não resolvi questionar nada. Uma hora ou outra ela teria que contar.

— Eu não afirmei e neguei nada. — se defendeu. — Claro que eu vou estar preocupada. Olha o que ela já fez comigo, imagine o quanto mal pode fazer a outras pessoas. E olha que eu ainda era filha. — suspirou. — Sabe o que ela me disse antes de me tirar do porta malas e me jogar na mata? — neguei. — " Isso é só o pagamento da metade do preço do que fez comigo"

— E o que fez a ela? — Passei o braço em seu ombro.

— Eu não sei. — encostou a cabeça em meu ombro. — Não é só a inveja dela por mim que a motiva a querer fazer algo. Com certeza tem algo há mais... — Colocou a taça no braço do sofá. — Tem algo há mais e é esse algo que faz parte da outra metade que estou pagando agora. —Se levantou e começou a andar vagarosamente de um lado para o outro.

Olhei para ela que apesar de estar com a cabeça cheia estava até bastante calma. Talvez por causa do vinho que estava tomando. Eu odiava quando ela consumia bebida alcóolica para se manter calma.

— Não se lembra de nada que fez a ela? — negou. — Nem que seja algo que fez sem nenhuma intenção, mas que a chateou? — novamente negou. — Desde quando se lembra que ela te odeia tanto?

— Hum... Depois que completei 5 anos, tudo ficou estranho. Foi nesse momento para frente quando meu pai conseguiu a empresa. — respirou fundo.

— Por que não o pergunta? — sugeri. — Talvez ele saiba.

— E acha que vai querer me contar? Se me escondeu todos esses anos sobre a Maria e a Kendy. — questionou. —Deve ser algo muito sério pra ela ter se revoltado dessa forma.

— E o que aconteceu depois que você sumiu? O que seu pai fez?

— Se separou dela.

— Bom... isso não ajuda a descobrir nada.. — concordou. — E um pouco antes de você sumir? O que ele fez?

Vivendo estações : Primavera ® - Volume 3 #wattys2020 Wattys 2020Kde žijí příběhy. Začni objevovat