O príncipe fantasma

Quase chegando

-Sua mãe tem razão,filha-ajuntou o pai- Ouvi fizer que já morreu muita gente naquele rio.
Marissol não abriu a boca.Simplesmente escolheu os ombros como se dissesse que não tinha nada com isso.
A perua correu pela estrada de asfalto e,a certa altura, embicou por uma estrada de terra vermelha que deixava um poeirão para trás. Flores-de-são-joão abriam aqui e ali,agarradas aos arbustos e oferecendo um belíssimo espetáculo alaranjado.A estrada serpenteava pela frente. Agora apareciam ligeiros morros arredondados. Depois,passaram por uma ponte de madeira roliça,e a perua produziu um ruído choco. Pouco mais adiante,viram vestígios de construções que o pai explicou ser de uma antiga ponte de cimento. Havia outras ruínas pelas imediações. O ar por ali era diferente,dava uma idéia de desolação e declínio
-Que sensação esquisita!--- musmutou Eliete sentindo um arrepio
-Vai passar quando você ver a casa da fazenda-respondeu Élvio.-Aquilo nem é casa,é um verdadeiro palácio de contos de fada.