- Obrigado. - Agradeço e eles saiem e eu fecho a porta.
Eu sei que a Ayla foi irresponsável, mas quem jogou aqueles fogos foi mais ainda, pois não fez algo apenas para prejudicar a si mesmo, mas fez algo que afeta todos ao seu redor.
Tomo café e em seguida, tomo um banho. Fiz tudo muito rápido pois queria ir logo ver a Ayla no hospital, mesmo sabendo que minha visita não seria bem vinda. Mas mesmo assim, eu quero estar lá.
- Oi? - Digo assim que atendo a ligação do seu Marcelo. - Já estava de saida, vou pra ir.
- Não Henrique, quero que fique ai na fazenda.
- O que está acontecendo? A Ayla.. Ela piorou?
- Não!- Disse imediatamente. - Apenas está nervosa querendo tirar a bandagem que cobri seus olhos. Ainda estamos esperando o sinal do doutor para quando for a hora de tirar.
- Mas porque não posso ficar aí?
- Porque preciso que fique aí Henrique, entendido? - Suspirei chateado. - Preciso que cuide da fazenda enquanto estou fora.
- Tudo bem então.
- Henrique.. Depois te ligo. - Ele desligou.
Jogo o celular no sofá e me encosto na parede irritado, eu queria tanto ver a Ayla, mas se o seu Marcelo irá precisar de mim aqui, então vou ser obrigado a ficar.
Passo a amanhã toda fazendo meu trabalho, nada que não faça parte da minha rotina. Quando já estava ficando tarde, a fome já está batendo e decido almoçar. Deixo o cavalo com o Mário, e quando estava saindo do celeiro o irmão da Sofia aparece.
- Henrique ne?- Ele disse com um sorriso, apenas assinto. - Eu queria saber como a Ayla está, a Sofia tinha me dito que ela poderia ficar....
- Cega? Sim. - Completei e sentir dor em minhas palavras.
- Mas não quer dizer que ela fique, quer dizer,... que dia vai ter a confirmação?
- Como ela sofreu um traumatismo na cabeça afetou a região do olhos, ela teve que passar por uma cirurgia e só vai poder fazer os testes quando cicatrizar.
- Que horrível cara, queria visita-la mas acho que não é uma boa hora. - Ele disse balançando a cabeça. - Mas obrigada, e ela vai ficar bem, ela é muito forte.
- É sim. - Confirmei e ele sorriu e foi embora.
- Henrique... Henrique... - Me virei e vir o Mário com um olhar repreendedor em minha direção.
- O que foi?
- Se seu Marcelo descobrir, vocês são praticamente irmãos Henrique!
- Do que está falando?- Perguntei, mas eu já estava entendendo tudo.
- Você sabe, só tenha cuidado. Você sabe muito bem como aquela garota é. - Disse finalizando a conversa, pega a inchada e sai me deixando sozinho.
Todos dizem a mesma coisa e meu subconsciente grita dizendo que a Ayla é problema. Mas eu disse que ela seria um desafio que irei conseguir vencer no final, e se caso ela fique cega, eu vou estar ao seu lado e seguirei assim pelo resto de nossas vidas.
Depois que tomei uma banho fui almoçar e encontrei a Duda na mesa, ela estava com o uniforme da escola e com um semblante triste, me aproximei e dei um beijo em seu cabelo e sentei ao seu lado.
- Foi horrível hoje na escola. Todos dizendo que minha irmã é perdedora, que ela devia ter morrido que só assim pararia de humilhar os outros.
- Ei Duda. - Viro seu rosto em minha direção, ela ja chorava. - A opinião deles não importam, a gente conhece a verdadeira Ayla.
- Sim, ela é daquela maneira. Mas dentro existe uma Ayla maravilhosa Henrique. - Disse defendendo a irmã e eu a puxo para meus braços colando sua cabeça em meu peito.
- Henrique. - Maria me chama e a olho. - Telefone pra você, é o senhor Marcelo.
Meu olhar se cruza com o da Duda e encontro um olhar apreensivo, levanto da cadeira com um certo receio e vou até o telefone e levo lentamente até a orelha.
- Oi.
- Henrique vai ser agora, o médico decidiu tirar a bandagem da superfície dos olhos dela.
- Como a Ayla está?
- Sorridente, e ouvi uma pequena discussão de manhã cedo. - Ouvir seu suspiro. - A Ayla brigou com a enfermeira, essa garota não toma jeito.
Balançei a cabeça negativamente e os olhares da Maria e da Duda estão vidrados ansiosamente em minha direção ouvindo atentamente a conversa.
- Henrique o médico acabou de entrar na sala, vou ter que ir lá. Te mando notícias.
- Tudo bem.- Disse e desliguei.
A Duda gesticulou com a mão para eu falar logo, alternei meu olhar para a Maria, a mesma estava com um terço na mão.
- Vai ser agora que irão saber se a Ayla ira ficar cega ou não. - Falei.
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Beijos, até em breve♡
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