Lost - Supercorp

Capítulo IV

Lutessa Lena III |Point of view

Kara resolveu tudo em apenas três meses, Argos está como nunca esteve antes.

Hoje nós voltaremos para a Terra, ela me informou ontem que o meu genitor já estava vivendo entre os humanos, não que isso fizesse diferença para mim.

- Pronta pra ir para casa? – A loira me perguntou.

- Estou, mas aqui parece mais a minha casa que a Terra. – falei triste.

- Quer ficar aqui? – Kara me perguntou séria.

- Se fosse um planeta inteiro...

- Acho que posso resolver isso. – ela me cortou empolgada.

- Como? – Achando que ela enlouqueceu.

- Meu pai vasculhou parte do universo procurando um planeta inabitado para evacuar Krypton. – ela explicou.

- E o que lhe da certeza de que agora vai ser diferente? – questionei cética.

- Eu sou a equação que falta. – Kara disse confiante. – Confie em mim.

- Confio em você, Kara. – falei séria. – Mas e o nosso povo? Trazer Krypton de volta é uma boa escolha?

- Não vamos trazer Krypton de volta! – ela disse séria. – Vamos evoluir Argos e a nossa monarquia.

- Kara é um planeta, tem segurança, estrutura e muitas outras coisas. – eu pontuei séria e ela sorriu.

- Sua criação humana está limitando a sua visão, Princesa. – Kara disse me repreendendo. – Nós somos colonizadores.

Assenti calada, pois ela deve saber o que faz. Me retirei para os meus aposentos pensativa.

O que seria de mim se eu tivesse tido uma criação kryptoniana?

Essa é uma pergunta que eu nunca vou saber a resposta, depois de um tempo bateram na minha porta.

- Lena? – Kara me chamou e eu fiquei quieta. – Princesa, me perdoe. Eu sou elitista e indelicada...

- Pode entrar. – falei.

Kara entrou no quarto sem jeito e eu indiquei a poltrona em frente a cama.

- Você é fruto da sua criação. – eu disse. – Mas eu levantei boas questões.

- Eu sei e pode ter certeza que levarei todas elas em conta. – Kara falou. – Me perdoe pela indelicadeza.

- Está perdoada.

Ela abriu um sorriso lindo e eu senti meu rosto esquentar.

- Se vamos seguir com um relacionamento, tenho que aprender a ser menos imperialista. – ela falou. – Você vai se tornar a minha rainha e terá voz e comando assim como eu.

- Temos que achar o equilíbrio. – respondi. – Mas tem mesmo a possibilidade de acharmos um planeta para nós?

- Sim, eu pedi para o Kelex procurar em outras galáxias. – ela falou. – E com um sol pouca coisa mais velho que o da Terra.

- Um sol laranja?

- Sim, menos amarelo, pois não quero que tenhamos poderes. – ela explicou.

- Então vamos criar uma pulseira de radiação do sol amarelo para você. – falei séria. – Assim ficarei mais tranquila.

- Vou providenciar. – Kara me tranquilizou.

- Então vamos ficar?

- Se você quiser, sim. – ela respondeu. – E então?